Romanoff chicoteou o ar com uma gargalhada. Fez-se vento. Um remoinho, um furacão. Romanoff já antes vira aquilo. "Passageiro. Tudo é passageiro nesta vida. A vida é passageira. Tudo acaba por seguir o rumo que tiver que seguir," pensou. Romanoff de pele curtida deixava que memórias escorregassem pelas suas rugas de expressão. Riu até às lágrimas. Olhou atenciosamente para as suas tatuagens e esperou que o vento chicoteado pela sua gargalhada acalmasse. Ficaria ali, resistindo ao frio deixando-se engolir pelo sol. Romanoff de pele curtida e tatuada gotejando o suor do viver.
A piU
Br, 21.10.2013
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