terça-feira, 25 de outubro de 2016

A QUASE VERDADEIRA HISTÓRIA DE LILITE ( série: Tantra vida para viver)

Estátua babilônica em terracota atribuída a Lilite de 1.500-2000a.C

Dizem as más línguas que Lilite chegava para chatear. Aliás, antes de chegar já partira há muito. Dissera um tchauzinho para o Adão. Foi logo avisando de antemão: "Oh meu amigo! Isto não é assim como tu pensas! Somos feitos do mesmo pó e tu pensas que és mais que eu! Olha-me este! Se tu tens asas eu também tenho. E se me as tentas cortar eu bato asas e vou. Não preciso de viver debaixo das tuas! Fala lá com o teu pai e com a tua mãe para te oferecerem um espelho agora pelo Natal para te enxergares. Ou pensas que só por me elogiares aqui e ali e te esqueceres da minha existência está tudo certo? Nããã! As coisas não funcionam assim. Ou é de igual para igual ou então Hello goodbye pim pam pum!"

Vai daí o Adão recebeu no sapatinho da chaminé um espelho, mas ao invés de expandir a consciência passou a ser ainda mais narcísico. Só se via a ele mesmo e cada vez admirava-se mais por isso. No outro sapatinho, que seus pais reservaram para ele, estava também uma boneca criada à sua imagem e semelhança, não tinha era barba nem os genitais eram iguais. Mas eram igualzinhos um ao outro que até pareciam irmãos. O seu nome era Treva

Entretanto, lá andava Lilite nas suas andanças, rasgando os céus, sentindo o vento bater nas faces rosadas. O olhar era brilhante de felicidade. Treva sentiu inveja e começou a espalhar que Lilite vinhas das trevas e que cobria com as suas asas a luz do sol da sua felicidade. Lilite ficou tão estonteada com tal injustiça que cantou do cimo duma árvore:

"Se vens da costela de Adão 
não tem problema, não
não invejes o meu voar
que voar é amar

tu também és capaz
não precisas dum rapaz
para te autorizar
o que podes fazer só ou em par

para voares com o teu rapaz
que seja igualitário e em paz

a difamação não leva a lugar nenhum, não
escuta bem o teu coração
e voa, voa, voa
sempre na boa"

Quem quiser acreditar nesta quase verdadeira história que acredite. Quem acredita na Lilite dificilmente sofre de meningite.

Ana Piu
Brasil, 25.10.2016







segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CONSTRUA A SUA CENA REPLETA DE CORPO, JOGO, LUZ (interior e resplandescente) E CORMICIDADE PÓ ÉTICA


Vai começar a tão esperada, desejada, prometida, ansiada aula regular. Ajudem a divulgar, por obséquio gentil. Muito obrigadinho, gratidão, haux haux, agraciada
Ana Piu
Brasil, 24.10.2016

CONSTRUA A SUA CENA REPLETA DE CORPO, JOGO, LUZ (interior e resplandescente) E CORMICIDADE PÓ ÉTICA


Vai começar a tão esperada, desejada, prometida, ansiada aula regular. Ajudem a divulgar, por obséquio gentil. Muito obrigadinho, gratidão, haux haux, agraciada
Ana Piu
Brasil, 24.10.2016

NOTICIAS DO MEU PAÍS


- 'Atão' 'companhêra' Juju! Como vão as coisas por aí?
- Sabes que este país é um osso duro de roer.
- Sim, 'compahêra'... O neo liberalismo é um osso duro de roer, mas aí até a dentadura cai.
- Mas agora as pessoas estão mais despertas, conscientes.
- Que bom! Fico feliz. Achas então que estão mais despertas e conscientes, logo mais pró ativas?
- Pró ativas já é pedir muito!
- Ah tá! O melhor é fazer uma dieta de papinhas de farinha Predilecta. É bom para avó, para a neta e para o atleta. A pessoa fica sem dentes, mas não perde a ginastica de rir. Porque rir é liberta dor.
Ana Piu
Brasil, 24.10.2016

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

TANTRA VIDA PARA VIVER

O continente americano acolhe entre as raízes das suas árvores segredos ancestrais e sabedorias que muitas vezes tem sido desprezadas e queimadas com o desmatamento fruto da cobiça, da ganância e da ignorância. Assim acontece com África também. Só para ficarmos nestes dois continentes que todos aqueles que se expressam em português sabem, pelo menos espera-se que assim seja, tem sido alvo desses sentimentos e práticas: cobiça, ganância e ignorância. Esses sentimentos e práticas como todos nós sabemos, ou deveríamos saber, são promovidos ao longo de séculos por instituições hierárquicas, no caso religiosas. Sim, é uma redundância afirmar que uma instituição é hierárquica. E todos nós sabemos, ou deveríamos saber, que atrás do poder há sempre ou quase sempre uma doutrina religiosa. Porquê? Porque é a espiritualidade que pega. Todos nós precisamos dela. É isso que nos nutre por dentro. Mesmo um ateu precisa de estar conectado consigo mesmo. Religado com a sua essência. Porém, contudo, no entanto, todavia quem tem sede de poder, é ávido de protagonismo usa dessa necessidade de transcendência dos demais para  exercer o seu poder, manipulando, apropriando-se ou tentando-se apropriar da essência, do Amor, da Energia Vital, dos sonhos e utopias. Depois, ainda há os regimes e as ideologias que proibem a espiritualidade e religiosidade das pessoas. Granda cena! Granda maluquice!

Assim vai o mundo com instituições religiosas que continuam a pôr e a dispôr de decisões mundiais. Ah pois Oh pois! Oh pois dei! Opus Dei e outros fundamentalismos sinistros. Enfim, mas vamos ao micro. Não é invasivo alguém querer nos converter, evangelizar? Não é invasivo nós queremos impingir as nossas verdades? Verdades que para nós servem, mas ao querer impôr aos outros algo dessa verdade soa errado. Quem nunca presenciou alguém que acredita numa doutrina e desdenha de doutrinas alheias? Que espiritualidade é essa que não aceita a diversidade? Que discernimento e visão clara tem sobre a vida? Que iluminação é essa? Não entendo. Aliás, entendo que a arrogância é um karma, assim como o autoritarismo.

Há séculos e séculos andamos aí com esse karma às costas. O que é um karma se não reprodução dum comportamento, dum padrão de comportamento que não pulsa paz e sim opressão? Olhar de frente esses padrões, além de requerer coragem, é estritamente necessário para nos tornarmos mais leves. Livrarmo-nos do que não nos faz caminhar com amorosidade.

Resumindo e concluindo, em suma, ninguém é mais que ninguém e honrarmos a presença uns dos outros é fundamental. Só morremos quando a última pessoa que se lembrar de nós morrer ou se esquecer de nós. Podemos morrer muitas vezes e renascer ao longo da nossa existência. Esse é o grande desafio desta nossa passagem por estas bandas planetárias.Se voltamos ao cosmos cada um acredita no que quiser. Eu acredito que sim. Porque nada acaba nunca, só muda de lugar. Somos energia. Umas vezes materializada, outras não. E assim vamos bailando entre estrelas cadentes e a grande mãe terra que devemos respeitar. Quem não respeita as mulheres não respeita a sua própria mãe. Não respeitar o sagrado feminino que é poder da criação, da criatividade que todos nós trazemos dentro de nós é não nos respeitarmos a nós mesmos. Todos nós trazemos dentro de nós o sagrado feminino, que é a energia criativa, sejamos homens, mulheres e outros géneros com os quais os seres se identificam. Tantra tanta vida para viver.

Ana Piu
Brasil, 21.10.2016



TANTRA VIDA PARA VIVER

O continente americano acolhe entre as raízes das suas árvores segredos ancestrais e sabedorias que muitas vezes tem sido desprezadas e queimadas com o desmatamento fruto da cobiça, da ganância e da ignorância. Assim acontece com África também. Só para ficarmos nestes dois continentes que todos aqueles que se expressam em português sabem, pelo menos espera-se que assim seja, tem sido alvo desses sentimentos e práticas: cobiça, ganância e ignorância. Esses sentimentos e práticas como todos nós sabemos, ou deveríamos saber, são promovidos ao longo de séculos por instituições hierárquicas, no caso religiosas. Sim, é uma redundância afirmar que uma instituição é hierárquica. E todos nós sabemos, ou deveríamos saber, que atrás do poder há sempre ou quase sempre uma doutrina religiosa. Porquê? Porque é a espiritualidade que pega. Todos nós precisamos dela. É isso que nos nutre por dentro. Mesmo um ateu precisa de estar conectado consigo mesmo. Religado com a sua essência. Porém, contudo, no entanto, todavia quem tem sede de poder, é ávido de protagonismo usa dessa necessidade de transcendência dos demais para  exercer o seu poder, manipulando, apropriando-se ou tentando-se apropriar da essência, do Amor, da Energia Vital, dos sonhos e utopias.

Assim vai o mundo com instituições religiosas que continuam a pôr e a dispôr de decisões mundiais. Ah pois Oh pois! Oh pois dei! Opus Dei e outros fundamentalismos sinistros. Enfim, mas vamos ao micro. Não é invasivo alguém querer nos converter, evangelizar? Não é invasivo nós queremos impingir as nossas verdades? Verdades que para nós servem, mas ao querer impôr aos outros algo dessa verdade soa errado. Quem nunca presenciou alguém que acredita numa doutrina e desdenha de doutrinas alheias? Que espiritualidade é essa que não aceita a diversidade? Que discernimento e visão clara tem sobre a vida? Que iluminação é essa? Não entendo. Aliás, entendo que a arrogância é um karma, assim como o autoritarismo.

Há séculos e séculos andamos aí com esse karma às costas. O que é um karma se não reprodução dum comportamento, dum padrão de comportamento que não pulsa paz e sim opressão? Olhar de frente esses padrões, além de requerer coragem, é estritamente necessário para nos tornarmos mais leves. Livrarmo-nos do que não nos faz caminhar com amorosidade.

Resumindo e concluindo, em suma, ninguém é mais que ninguém e honrarmos a presença uns dos outros é fundamental. Só morremos quando a última pessoa que se lembrar de nós morrer ou se esquecer de nós. Podemos morrer muitas vezes e renascer ao longo da nossa existência. Esse é o grande desafio desta nossa passagem por estas bandas planetárias.Se voltamos ao cosmos cada um acredita no que quiser. Eu acredito que sim. Porque nada acaba nunca, só muda de lugar. Somos energia. Umas vezes materializada, outras não. E assim vamos bailando entre estrelas cadentes e a grande mãe terra que devemos respeitar. Quem não respeita as mulheres não respeita a sua própria mãe. Não respeitar o sagrado feminino que é poder da criação, da criatividade que todos nós trazemos dentro de nós é não nos respeitarmos a nós mesmos. Todos nós trazemos dentro de nós o sagrado feminino, que é a energia criativa, sejamos homens, mulheres e outros géneros com os quais os seres se identificam. Tantra tanta vida para viver.

Ana Piu
Brasil, 21.10.2016



quinta-feira, 20 de outubro de 2016

JÁ É TEMPO DE SACUDIR AS TEIAS DE ARANHA

Olhem, desde já começo por manifestar o meu assombro com essa onda evangélica que anda por aí. Com todo o respeito pela diversidade e livre pensamento e crença. A questão é que esse pessoal aí, pá, chega a ser tão ou mais castrante e hipócrita que a água benta lá da "santa terrinha" de onde eu venho. Pois é, para todos os efeitos venho da "santa terrinha", embora a minha costela esteja mais nas searas onde se tentou fazer a reforma agrária, assim como no bairro da Mouraria em Lisboa e arredores. Para todos os efeitos a "santa terrinha" é no norte de Portugal. E nós os do sul somos chamados de mouros. Vai-se lá saber porquê. ihihih

Pessoal, já é tempo de lidarmos com o nosso corpo, a nossa alma, o nosso espirito, o nosso libido duma forma leve, madura, brincalhona, profunda. Se não parece que a Humanidade não sai da fase do "ai que vergonha um pipi, uma bananinha!" e vira uma coisa entre o pornográfico e o pudico. Não é lá muito saudável. Ou é?

Todas essas dificuldades de nos entregarmos ao amor, ao desejo que é o combustível para a nossa consciência se expandir tem a ver com castrações seculares, milenares até para que haja sempre alguém que controla, que decide, que pune. Porque a liberdade é assustadora para quem tem sede de poder.

Quem não acredita no amor ou que possa ser amado, desejado para lá das aparências e do superficial é porque padece de falta de amor próprio. Falta de confiança em si mesmo. Quem nunca sofreu dessa maleita? Ninguém precisa de responder para fora, mas é importante respondermos dentro de nós. Ao olharmos essas sombras de frente o coração começa a se abrir e a rior-se dos auto boicotes. Umas vezes lá vai o coraçanito a medo, timidamente, outras surpreso e alegre por ter encontrado a porta da gaiola aberta. Essa gaiola que trazemos dentro de nós, não fossemos os principais carrascos de nós mesmos.

Ana Piu
Brasil, 20.10.2016

Dentro de nós existe um centro. Um triângulo, uma espiral que umas vezes está entupida, outras expandida.  Lembrar quem somos é lembrar que somos feitos de água, ar, terra e luz.

Sim, reverenciar a vida com coluna dançante. O intelecto também é cá magano! Pensa que é melhor que a intuição. Tem a mania.

MULHERES MACHISTAS?


Existem mulheres machistas? Claro que existem! Existe de tudo nesta vida! Também existem mulheres que acham que não são machistas mas assumem atitudes machistas achando que estão a defender os direitos das mulheres. Uma atitude, uma visão machista é um fruto duma sociedade patriarcal. Num país com uma história recente de colonizado isso é assombrantemente mais visível. Não quer dizer que nos países que nos últimos séculos estiveram no papel de colonizadores não se viva essa lógica patriarcal, mas há coisa que já passaram à história. Outras estão mais camufladas. Mas num espaço de 40 a 50 anos tem havido mudança foi significativa na emancipação da mulher, logo do homem também.
Com brevidade vamos fazer aqui um apanhado de atitudes machistas que as mulheres reproduzem consciente ou inconscientemente:
1. Uma mulher machista é uma mulher que joga o jogo da competição, que é uma lógica patriarcal mercantilista. Ela compara-se sistematicamente com as outras mulheres, na sua inteligência, beleza exterior, na sua capacidade de seduzir, no seu sucesso. No fundo há uma insegurança latente que a leva a essa futilidade. Uma frustração escondida atrás duma máscara de poderosa.
2. Diabolizar constantemente os homens, mas dando uma de gostosona, é machista. CLARO! Ela é a gostosona que pousa nas redes sociais com boquinhas televisivas e peitaças de silicone ou a dar ares disso. Sempre com a mão no quadril. Claro! Ihihih Depois fala e diz: "Ai ozomens que se babam diante de mim! Que coisa chata!" Parece que aí uma bipolaridade de comportamento. Muitos nem se babam, mas estas acreditam nisso. Porque são as gostosonas desejadas por tudo e por todos.
3. Diabolizar os homens e as mulheres, criando intriga e dúvida, é também machista. Pois é numa lógica de querer levar vantagem sobre algo e/ou alguém. E isso é o quê? Uma lógica de lucro. Seja este material ou emocional. De status e outras coisas que tais.
Enfim, há toda uma série de conceitos e atitudes que urge revermos. A sensualidade, a sedução, a admiração são saudáveis. Faz parte de nós! Mas parece que o moralismo promovido por instituições, sejam estas ideológicas e/ou religiosas, é mais forte que a leveza do ser e a sua transparência. Bora mudar o paradigma, então! Não compactuar com mentira e relações de poder fajutas. BORA SERMOS NÓS MESM@s, COM AS NOSSAS MANCADAS. MAS NÓS MESM@S. Granda desafio, ããããã?
Ana Piu
Brasil, 20.10.2016



De mãe para filha. De avó para neta.

Se eu me amo. Eu amo-te. Se eu amo-te. Eu amo-me.

CARTA ABERTA AO JOÃO RICARDO


Hoje, deste lado do oceano que alguns dizem que é o novo mundo mas é ancestral mais que demais, comecei o dia pensando com o os meus botanitos um texto que consiste numa lista de características de algumas mulheres machistas. Mas o estado de saúde comprometido do querido colega amigo e meu encenador em dois trabalhos fez-me voltar aqui, a este texto que agora escrevo. Vou chamar carta aberta, não pelo João Ricardo ser uma figura pública, que também é, mas porque nutro uma imensa admiração e carinho por esse ator de teatro, tv e cinema, palhaço, bufão, encenador. Nestes quase cinco anos que me encontro em terras tropicais várias pessoas queridas partiram: o compositor e pianista Bernardo Sassetti, os palhaços hospitalares do Operação Nariz Vermelho: Beatriz Quintella, Zé Ramalho e a Maria Zamora, o incrível ator de andas/ pernas de pau com quem tive o prazer de atuar por essa Europa Jean Pierre e a minha avó ( não é famosa a não ser no nosso meio familiar, mas a pessoa mais querida que apesar da idade avançada ainda estou a digerir a sua ida para outro plano). Essas partidas não me deixaram de abalar... Tenho percebido, que tenho andado a bater mal embora aceitando o que a vida nos traz. Isto é, morrendo por dentro e renascendo. Pois a única certeza que temos é que um dia morremos. Então, nos intervalos aproveitemos para renascer com mais alegria e vitalidade. E tu João Ricardo, espero que recuperes logo e que todos nós te possamos homenagear em vida e quem sabe ainda nos encontrarmos para nos rirmos juntos, como sempre fizemos.
Abraço do fundo do coração aqui da Piu
Brasil, 201.10.2016
Adaptada pela escritora Hélia Correia para um público infantil e juvenil, esta peça intemporal de Shakespeare, encenada por João Ricardo, remete para um mundo onírico e maravilhoso de fadas, reis e raínhas e pretende promover a aproximação de crianças e jovens ao teatro, bem como fomentar a apetência, através da expressão teatral, pela mitologia clássica.

tradução e versão infantil Hélia Correia
encenação João Ricardo
cenografia Rui Francisco
figurinos Maria Gonzaga
desenho de luz Bruno Gaspar
produção executiva Cultur Project
interpretação Ana Piu, Ana Rocha, André Amálio, Edmundo Rosa, Filipe Valentim, Francisco Brás, João Gualdino, João Pedreiro, Lavínia Moreira, Lília Matos, Maria Gil, Paula Só, Pedro Gil, Rita Martins, Sara Gonçalves
visitar: http://www.teatro-dmaria.pt/pt/calendario/sonho-de-uma-noite-de-verao-2-2/
 — em Teatro Nacional D. Maria II 

sábado, 15 de outubro de 2016

'BOBALHIÇE POÉTICA" oficina de palhaçaria com Ana Piu




Ser e não ser. Ser e não ter. Ter e não ser. Não ser e ter. Não ser e ter. Ser e ter o ser. Simplesmente ser. Onde está a questão? Cada um com o seu nariz, mas juntos somos mais.
'Moral' da história: RIR DE NÓS MESMOS É LIBERTADOR

OFICINA 'BOBALHIÇE POÉTICA"- Nesta oficina será cutucado o palhaço que está dentro de nós, que não é mais nem menos liberdade e espontaneidade, e o prazer do jogo teatral, que não é mais nem menos que brincar junto. Consigo mesmo e com os outros.

INSCRIÇÕES: piunina@gmail.com
INVESTIMENTO: R$ 70 (setenta reais)
MATERIAL: roupa preta confortável e nariz vermelho

COMO LEVAR O CAVALO SELVAGEM QUE HÁ DENTRO DE NÓS


Dentro de nós temos um cavalo selvagem que quer correr em todas as direções. Nós, que somos o cavalo selvagem e ao mesmo tempo os cavaleiros, temos o dever de segurar as rédeas. Segurar as rédeas não significa estrangular o cavalo que se quer livre. As rédeas servem para direcionar o cavalo para que este seja livre no seu caminho, sem que nos faça cair e nos dê uma travadinha. Resumindo e concluindo, o cavalo é a nossa espontaneidade e liberdade. Nós devemos levar essa dádiva da natureza com intuição, sensibilidade e todas aquelas inteligências que só se aprendem na prática. O resto é conversa para boi dormir.
obs: esta história do cavalo foi passado pelo querido professor de palhaçaria hospitalar Sergio Claramunt. Eu só dei uma floriadinha. Sergio, o mesmo que defende que para ser melhor palhaço é necessário ser melhor pessoa. Eu acrescento, melhor qualquer atividade melhor pessoa. Eta desafio para uma vida inteirinha de cavalgadas suaves e malucas!
Ana Piu
Brasil, 14.10.2016

MITOS URBANOS E RURAIS


Essa miúdita aí sou eu no Woodstock. Lá atrás é o meu pai que escapou à guerra do ultramar. Quem tirou a foto foi a minha mãe. O meu irmão tá a tocar a flauta, harmónica e guitarra para nós.
Ana Piu
Br, 15.10.2016

O NAMORO ENTRE O GATO E O PÁSSARO, O PÁSSARO E O GATO

O gato sempre encontrava o pássaro pousado no parapeito daquela porta do celeiro. Ou seria o pássaro que encontrava o gato? Se o gato desejava ter asas para voar, o pássaro desejava ter os olhos atraentes do gato e a destreza de pular de telhado em telhado. Aproximaram-se. O pássaro não temia ser pego e devorado, pois sabia intimamente que o gato queria voar. O gato também intuía que o pássaro não bicaria nos olhos, quanto muito umas cutucadas no pescoço para este não adormecer para si mesmo Com o tempo entraram num acordo: correr mundo juntos, cada um com as suas valências.
Ana Piu
Br, 15.10.2016


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A MINHA SOMBRA É A MINHA SOMBRA, A TUA SOMBRA É A TUA SOMBRA. A LUZ É NOSSA


" Você não precisa absorver a negatividade das pessoas ao seu redor. Você não precisa participar das confusões alheias. As pessoas são como são e as escolhas delas são delas. Aprenda a ser filtro. Não esponja."
( daquelas frases que se leem no face)

Quem nunca comprou as dores d@ outr@ e armou-se em Joana D'Arc? EU JÁ!
Quem nunca deu umas mancadas por ter degustado daquela bebida dionísiacas feita de uvas? EU JÁ!
Quem nunca comprou as dores dos outr@s, porque defende a força do nosso trabalho como modo de dignificação, sobre o efeito ou fora do efeito dionísico e deu mancada? EU JÁ!
Quem nunca tomou as sombras dos outr@s para si em vez de olhar de frente as próprias sombras para se fazer luz dentro de si? EU JÁ!

Cada um que encare a sua própria sombra, aproximando-se e distanciado-se do que não faz bem, e que trate de ser esponja de positividade. Acho que é isso, por ora. Quem se perde também se acha. Acha-se com humildade, convenhamos.

Ana Piu
Br, 07.10.2016
«Para onde vão as nossas palavras quando deixamos de dizer o que sentimos» ? (Ilda Campari)
Nem tudo cabe nas palavras. Tem o dizível e o indizível. O amor vem da finura da intuição. A intuição é um músculo que se exercita. É a voz do coração. Nem todas as palavras aparecem no dicionário. Nem todas as construções frásicas traduzem a voz do coração. Mas quando começamo a confiar mais na intuição, nessa voz, o Amor acontece. Assim como os jogos de palavras e o jogo entre a vida e o sonho. Porque viver é sonhar. Sonhar é viver. Logo, Amar não tem nada a ver com ego. O ego é muito egoísta para amar. Quer competir com a intuição. O Amor é algo muito, mas muito maior. Imensurável para caber numa palavra ou numa frase ou num texto.
Ana Piu
Br, 7.10.2016



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

MINHA MAFALDA, ÉS A MINHA HEROÍNA

Há quem diga que as meninas bem comportadas vão para o céu. As outras vão para toda a parte. E assim acontece o mesmo com o silêncio. Há o silêncio interior e há o silenciamento. Já o último, só as meninas muito bem comportadinhas é que obedecem e nem fazem perguntas como a querida amiga Mafalda. Em relação ao silêncio interior que é o equivalente a paz interior... Esse nunca aprendemos na escola, pelo menos a maioria de nós,mas nunca é tarde.
Ana Piu
Br, 6.10.2016