sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SERÁ QUE SOMOS ASSIM TÃO LIVRES?

'Ah visitei a sua terra! Que linda! Estive em Portugal e em Espanha. Não tive tanto sucesso com as portuguesas. Mas as espanholas!.... Olé! As portuguesas parecem que querem mais uma amizade profunda e parece que temem o pecado". Pois... Pois, pois... Uma longa e profunda reflexão para nos reduzirmos a esterótipos e a leituras de ocasião. Antes de tudo e qualquer coisa pergunto: Depois da tal da revolução sexual lá nos idos anos 60 as mulheres e os homens, e outros géneros assumidos, libertaram-se sexualmente assim tão significativamente? Qual a diferença entre pornografia e erotismo? Qual a diferença entre sensualidade e antropofagia sexual e emocional?
Como portuguesa entendo que possamos ser até um pouquinho menos destemidas, mas como filha do anti fascismo com algum 'culto' ao anti clerical ;) também observo o quanto é degradante a banalização do erotismo (?) ao ponto de "nos olharmos e abordarmos" uns aos outros como se fossemos monstros das bolachas. Olhem que comer tudo e todos sem critério é gula e faz mal ao estômago, pois a digestão pode não ser fácil! Coisificarmos nos uns aos outros não rima assim tanto com liberdade. E bora lá pensar juntos: As energias trocam-se. E estar com alguém que troca energias muitas vezes carregadas ou levianas deliberadamente. melhor encontrar o seu cantinho e estar de boa com os seus dedinhos, as suas fantasias e afins. Mais vale só que acompanhado desacompanhado ou ao limite mal acompanhado.
Enfim... Por ora é isso neste primeiro dia de quadra carnavalicia.
A Piu
Brasil, 24/02/2017
imagem: Inês de Medeiros (atriz portuguesa) no papel de Anais Nin no filme "Henry and June"

Foto de Ana Piu.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

ZECA SEMPRE NA MEMÓRIA! FASCISMO NUNCA MAIS!

No dia 23 de Fevereiro de 1987 o meu professor de português avisou com os olhos tristes que iria faltar na aula seguinte, pois iria homenagear uma última vez o Grande José Afonso. Um homem que acreditou e deu o seu melhor para uma sociedade mais justa. Foi muito maior que as mesquinhezes partidárias e como pensador e ativista, muitas das causas que ele defendeu se hoje estivesse vivo lamentaria. Nomeadamente os oportunismos do governozeco oportunista angolano que se mantém no poder. Durante o fascismo português (1932-1974) foi proibido de exercer a profissão de professor. Pois é, existem momentos assim em que os governos são obscurantistas. Há que estarmos atent@s!
Claro que aos 13 anos eu já conhecia o Zeca. Mesmo antes de nascer lá estavam em casa as 'Cantigas de Maio' junto com os outros vinis. Um disco de 1971 com as suas devidas manobras poéticas para driblar a censura. Mas a "Grândola vila morena" era cerejinha em cima do bolo.
Virem-me dizer, nos dias que escorrem, que todos os homens são machistas e isto e aquilo eu só me pergunto que referencias e relações estabelecem. Este, por exemplo, como outros muitos, foram homens solidários que defenderam os direitos de mulheres, negros e pobres. E isso não é subversivo... E se isso para muitos é subversivo , algo está muito errado nos conceitos de cidadania. E para quem lê e não conhece nem Portugal nem todos os portugueses, há a resistência anti fascista e anti colonialista. Embora não conste nos manuais escolares. Já a geração de Abril, aquela que alega que fez a revolução e que a geração seguinte ( a minha) é rasca (rasa), terá de rever uma série de posturas em relação à sua forma déspota de exigir liberdade e democracia.Um pouco mais de doçura e escuta não faz mal e só faz muito bem.
A Piu
Brasil, 23/02/2017
Grândola Vila Morena
Zeca Afonso


Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português. É também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, apesar de nunca ter utilizado este nome artístico.




terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O AMOR NÃO É UMA GRIFE


A própria pergunta já contém, em parte, algumas respostas. Uma questão de cada um fazer um exame de consciência. Vamos de antemão considerar que a Mentira é uma violência e a Verdade é a nossa essência, a nossa consciência que é Amor. Existe a Mentira, a Verdade e ainda existem os diferentes pontos de vista. Quem é historiador saberá que a história é escrita em cima de factos históricos segundo perspectivas, tendências, interpretações, omissões e enaltecimentos. Geralmente é o ponto de vista do "vencedor" que se sobrepõe. Quem estudou na escola o ponto de vista do oprimido e da sua resistência? Eu não... Tive de procurar pelos meus próprios meios. Quanto muito aprendemos ao de leve que existem umas vítimas e uns carrascos. Mas quase sempre num ponto de vista dicotomico. De um lado os bons e do outro os maus. Sim, a mentira histórica naturaliza a mentira quotidiana, a difamação, a desonestidade na cara podre ainda capaz dum sorriso cheio de dentes e uma voz macia de caninos afiados. Essas são algumas das consequências duma mentira histórica. A lei dos sem lei. A lei do salve-se quem puder, em que a ética não é estética.
Sem banalizaçoes: só o Amor, assim como a paz, pode-nos salvar.
A Piu
Brasil. 17/02/2017
Foto tirada no auditório do instituto das artes, unicamp.

Foto de Ana Piu.Foto de Ana Piu.

A ESPIRITUALIDADE É SENSUAL

Tudo o que vibra é vida, logo é movimento. Movimento é música.
Se tudo o que contém vibração é corpo, tudo é movimento 
Existe o corpo subtil, subjetivo, assim como o amor telepático. Também há o amor apático, que muitos chamam de platónico. Já o amor psicopático não é amor, é doença. E o amor é o seu antídoto. O amor incondicional vibra na plenitude. Cura das maleitas do mundo, esse grande corpo, feito de milhares e milhões de corpos, de vibrações e imobilidade. A imobilidade é o princípio da maia bela das vibrações, pois abre espaço para uma dança cósmica, sensual e espiritual. A espiritualidade é sensual. O cosmos não está na moda, porque ele É o que sempre foi. Vibrante e imóvel, independentemente dos corpos estonteados ou conectados. Levianos ou leves, indisponiveis ou disponíveis para se entregarem a essa grande aventura que é amar.
Vibrar é tocar com a ponta do nariz aquela estrela que brilha no céu, mas que já não está lá. Há quem chame a isso de amor platónico, assim como amor incondicional. Vibrar plenamente é entregarmos -nos a um abraço sincero e honesto.
Vivam as boas vibrações! Good vibration, entre o pessoal que vibra com o reggae e o ska, esses estilos musicais que nos fazem acreditar ainda na Humanidade.
A Piu
Br. 02.2017
Foto: auditório do Instituto das Artes da Unicamp


Foto de Ana Piu.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

ENGAJAMENTO COMIGO E COM O O'OUTRO', QUE TAMBÉM SOMOS NÓS

O passado funde-se com o futuro que indica o presente. Quando chegamos em território alheio é como chegar na casa de alguém. Não deixarmos de sermos quem somos, mas antes de tudo sermos humildes. Em quatro minutos Ailton Krenak sintetiza o que é o jeito de pensar e agir e indígena e o jeito do "branco" de se relacionar consigo mesmo e com o 'outro". Hoje fala-se tanto em sustentabilidade, então já é mais que tempo escutar com ouvidos de profundidade a voz do povo que já cá vivia antes mesmo da ganancia, da lógica do lucro, da difamação e da mentira. Todos nós somos mais, muito mais. Assim sendo, temos o dever de estarmos ainda mais vigilantes em relação aos nossos pequenos e mesquinhos vícios relacionais. Sociais, vá! Para sermos mais abrangentes e não personalistas. Cada um de nós tem de fazer a sua parte, independentemente dos governos que nos querem impingir ao nível nacional e internacional.
A Piu
Brasil. 17.02.2017
Fotos tiradas no Instituto das Artes, unicamp

Foto de Ana Piu.Foto de Ana Piu.

DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE ARTE, EDUCAÇÃO, DE MULHERS E HOMENS?

Se formos assim a olhar de longe e de perto com olhos de pensar, todos os momentos são hostis e propícios à arte. Não há cá mimimi nem mémémé. Primeiro que tudo, isto é, primeiramente ;) fazer da nossa vida uma obra de obra é a missão. E como qualquer obra de arte, esta requer criatividade, imaginação. Todos os tempos são tempos de arte, principalmente quando nos tiram o tapete debaixo dos pés. Nem sempre é fácil aguentar o embate, mas quem cai também se levanta. Os demasiado acomodados farão obras de arte carentes de visceralidade. Ao limite são meros sujeitos de entretenimento ou de erudição caduca, obsoleta. Nada quase contra, mas dá um pouco de tédio, fome nostálgica de poesia e irreverência.
Laçaram as mulheres para educa-las.
.. tá quase certo. De facto, muitos homens por aí temem o que é selvagem. Porque ser selvagem é voltar a casa, à nossa natureza, instinto, intuição. Isso dá medo a muitos porque significa liberdade. E assumirmos a nossa liberdade, autonomia dá trabalho, pois requer escuta, observação, auto conhecimento. Pessoalmente, ando ainda com menos disponibilidade mental para aqueles papinhos furados que todos os homens são machistas... eu conheço homens que não são ou estão dispostos a se desenvencilhar de padrões patriarcais. Desses eu faço questão de ser amiga e parceira uma vida inteirinha. Tenho uns tantos. Por outro lado tenho me cruzado com algumas mulheres, que se auto afirmam feministas, mas comportam-se aqui e ali como umas grandessíssimas machistas. Desvalorizam a outra mulher, seja amiga ou não, para se valorizarem. Nesse caso aí há que beber muito chá e água para manter a postura educada e ter compaixão suficiente para entender as inseguranças alheias. Quem não as tem? A nossa maior hostilidade somos nós mesm@s. Ah poizé!
A Piu
Br. 16.02.2017
Foto tirada no auditório do instituto das artes da unicamp.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O RESPEITO É MUITO LINDO E NÃO CUSTA DINHEIRO série: acerca das relações interpessoais e de trabalho

Assumirmo-nos no mercado de trabalho é uma labuta, principalmente num momento de grande défice de emprego e em que o respeito pela força de trabalho e o seu respectivo valor tem se vindo a deteriorar ainda mais. Numa lógica do descartável em que " no teu lugar pode estar outro" fortalecer a alteridade é não só urgente como faz muito bem saúde, seja esta física. como mental e emocional. Aliás, o emocional é a base de tudo que depois se manifesta no corpo e na alma. Podemos levantar bandeiras, sair para a rua aos gritos de punho erguido ou batendo panelas. Podemos defender transcendências ou em nome duma suposta boa causa sermos mesquinhos e só pensarmos nos nossos interesses particulares.
Quantos de nós aguenta anos e anos aquela relação de autoritarismo no ambiente de trabalho, tal qual lógica militar: hoje sou o oprimido, amanhã sou o opressor? E essa opressão vem do trato, da desconsideração pela outro. E podemos aqui dar vários exemplos que não estão diretamente associados a patrão e empregado e sim entre colegas que disputam entre si um lugarzinho ao sol e um alvará de ficar bem na fotografia, sem levantar muita poeira e ainda ganhar um bónus de empregado do mês. Muitas pessoas amigas tem me relatado situações que preferem prescindir do seu emprego do que se submeterem uma vida, muitas vezes inteira, a assédio moral. Vou dar um exemplo duma amiga, com a devida permissão. Ela trabalhava no Equador, até há bem pouco tempo, com uma chefe que foi ex militante de um movimento guerrilheiro no Equador, durante os anos 80. Ora a dita senhora, de prováveis nobres causas contra a exploração e opressão, trata os seus "subalternos" com autoritarismo. Temos aqui um caso flagrante que independentemente de sermos homens, mulheres ou outro género e dançarmos para a direita ou para a esquerda se não estamos no eixo com a consciência afinada somos iguazinhos ou até piores aqueles que criticamos e supostamente combatemos.
Se formos conviver com os povos da floresta se não soubermos assegurar o nosso alimento em muitos casos definhamos. É a nossa capacidade de sobrevivência que define a nossa identidade. Na nossa sociedade é o trabalho que nos dignifica e alguém que despreza isso desconsidera o valor pleno da vida e da dignidade de tratarmos bem e fazermos questão de sermos bem tratados. É o minimo, independentemente dos cifrões e outras questões igualmente importantes para criarmos uma sociedade emocionalmente mais sustentável.
A Piu
Br.08.02.2017

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O AMOR COMO PARADIGMA




O que para uns óbvio para outros nem tanto. O respeito ao outro, à vida, à morte, à alegria, à dor, ao luto e à palavra dada naquele compromisso verbal, mas não formalizado com um qualquer selinho branco e um rabisco ao qual se denomina de assinatura.
O paradigma está aí, como sempre esteve: o Amor. Mas a força bruta, a cobiça, a ganância, a inveja, o inaceitável são mais teimosos que as coisas teimosas.
Por estes dias faleceu a esposa do ex presidente do Brasil, o Lula. Deu um fanico à Dona Marisa. Pudera! Ninguém é de ferro, nem mesmo esses aí de armadura que estão na foto. Parece que não, mas há um coração lá dentro que bate e também devem ter família, mas são pagos para esfrangalhar o tal do paradigma, que o Amor.
Todos nós já fomos bebezinhos. Isso é uma certeza das duas únicas que há na vida. A outra é que todos nós vamos morrer um dia. Uns com a consciência mais leve que outros e outros ainda sem nunca acessar à sua consciência. Será? Acho que sim... Basta armarem-se de uma série de justificativas para a sua ignorância. Mas o que me faz espécie, estranheza na mioleira, é alguém comemorar o luto pela senhora Marisa. é de muito mau gosto. Demonstra formação falha. Falo da formação ética, daquela que se aprende desde o berço com alguém seja a família como o ambiente envolvente.Não da formação que dá titulos, porque essa... muitas vezes carece de uma e alguma ética nas relações interpessoais. Mas não é de estranhar... Quem comemora será mais ou menos assim: é favor da força policial como politica de higienização e ao limite foram os mesmos que torturaram e fizeram desaparecer cidaãos entre 1964 e 1985 e até um pouquinho mais até ao final os anos 80, no Brasil.
Respeitar a morte da Dona Marisa e o luto do Lula não é uma questão partidária e sim um posicionamento ético, logo politico. Sim, todas as nossas escolhas são politicas, independentemente das ideologias partidárias. O que comemos, o que vestimos, como nos relacionamos se com ou não com gentileza, se com ou não com sentido de justiça de que somos todos iguais independentemente das classes sociais, religiões e afins.
Também somos, claro!, a música que ouvimos! Outro dia estava a tentar ouvir Sérgio Godinho no you tube, mas estava bloqueado . Comecei a pirar na batatinha. Claro! Um rapaz compositor e músico português que foi detido em terras brasileiras por alegarem que levava " chá de cidreira" na mala ;) Todos nós, ou quase todos, na Tugolândia sabemos que era por uma questão politica. O que é que faz um gajo no Brasil no inicio dos anos 80 que canta " A paz, o pão, habitação, saúde, educação! Só haverá liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir"?
Mas hoje conheci um música do Caetano que é " Um comunista". Interessante. Todos nós sabemos, ou deveríamos saber que o governo do PT não é comunista. Só para dar um pequeno exemplo foram eles que democratizaram o cartão de crédito. Já o regime comunista enquanto autoritário e totalitarista não é flor que se cheire. Mas muitos abraçaram uma causa que por boa fé acharam que seria uma utopia linda de se viver. Mas a sede do poder e o ego são lixados! Enfim... O texto já vai longo. E cada um que procure as suas fontes de informação e reflita. Se não o quiser fazer está no seu pleno direito. Mas é nosso dever escutar a batida do nosso coração. Aí está a grande revolução! A meditação! Quando sentimos o nosso coração e permitimos que a nossa consciência se expanda damos valor à vida à morte, à alegria, à dor, ao luto e à palavra dada naquele compromisso verbal, mas não formalizado com um qualquer selinho branco e um rabisco ao qual se denomina de assinatura.

Ana Piu
Brasil, 07.02.2017


Foto de Art - White / Black.
Bogotá, Colômbia - um demonstrador abraça um policial da tropa de choque durante um protesto de estudantes contra os planos do governo para reformar o ensino superior.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

ACERCA DO MAR DE POSSIBILIDADES, AMIZADES E LEALDADES


Hoje é dia de Yemanjá, rainha do mar. Também descobri que é dia dos amigos. Informou uma postagem do face. No domingo fez cinco anos que atravessamos o mar. Ao sabor da maresia, enfrentando marés e tempestades, banhamos-mos nas águas mornas da mata atlântica e intimamente confirmo: “Desde os 7 anos que sei nadar, mas ainda estou a aprender a não me afogar.” Ter amigos é muito bom. É um voto de confiança e lealdade. E o que é essa coisa da lealdade? É o mesmo que fidelidade? A fidelidade é bater a pala a tudo, quer estejamos de acordo ou não. Já a lealdade dum amigo é quando não nos esquecemos uns dos outros, para os momentos de maré alta assim como de maré baixa. Como canta o Godinho: “ Aprende a nadar companheiro que a maré se vai levantar! Que a liberdade se vai levantar! MARÉ ALTA! MARÉ ALTA!” Amizade leal é aquela que se manifesta na felicidade da maré alta como na vulnerabilidade da maré baixa. É uma dádiva da vida vivermos momentos de resiliência e vulnerabilidade!!! Estou muito grata a esses momentos, pois fica muito mais claro quem se dispõe a abraçar e a ser solidário e quem acha que pode espezinhar porque acha que está num patamar superior a um ser que considera um Zé Ninguém, seja lá o que isso significar. Ser amigo é ficarmos incondicionalmente felizes com as felicidades e conquistas alheias. Isso é ser amigo. Sem comparações não competitividades. Quem é competente nos vários campos da vida não necessita de competir. Estou muito grata a todos os amigos que tenho mantido relação ao longo de décadas como os mais recentes que me têm dado a oportunidade de olhar para dentro e ao redor. Transcrevo aqui o que um deles hoje escreveu na sua página:
DESTROÇANDO A AUTOPIEDADE E ASSUMINDO AS RÉDEAS DA SUA VIDA

"Pare de sentir pena de você mesmo. Esse é o pior sentimento que você pode ter energeticamente falando.
Os xamãs do México antigo arrancaram a máscara da autoimportância e o rosto que encontraram por baixo da máscara foi o da autopiedade. A autoimportância deriva da autopiedade.
Autoimportância é autopiedade disfarçada de alguma outra coisa.
Quando você sente pena de você mesmo, você automaticamente se coloca numa posição em que você se sente especial. Você acha que pelo fato da sua vida ser cheia de problemas, pelo fato de você estar passando por dificuldades e estar aguentando tudo, você merece que tudo dê certo para você.
Você se sente no direito de exigir que o universo lhe recompense de alguma forma, já que você está aguentando tantas tribulações. Você se coloca sempre no papel de vítima dos acontecimentos e da vida. (…) Desloque seu ponto de aglutinação para o lugar da não-piedade.
Viva a vida como uma aventura e um desafio.
Só assim você vive de fato o caminho do guerreiro." (Vinícius Renzulli)
Para finalizar acrescento: juntos somos mais, fazendo de nós mesmos boas companhias para os demais. Em suma good vibrations atraem good vibrations. Buenuns vibraçiuns em latim contemporâneo.
Ana Piu
Brasil, 02/02/2017


ilustração: Inês d'Espiney