terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

CARTA BANDEIRA BRANCA EM JEITO DE POEMA PROSA

Tanto tempo se passou depois da última vez que nos desencontramos. Agradeço na mesma toda a inspiração e o que daí tirei para me observar melhor. Bem sei que tudo o que passou não passou dum grande equivoco. De fantasias atrás de fantasias, fruto de carências várias e também de algumas expectativas e também preconceitos.Os preconceitos, a partida, não são necessariamente pejorativos em relação a algo ou a alguém. Confesso que por momentos acreditei que me entendias quando disseste que me entendias. Só depois entendi que eu estava num lugar de fantasia. E como fantasia eu era adorada e odiada. A liberdade alheia pode sempre causar fascínio e repúdio, principalmente quando se trata dum homem para com uma mulher. Mas também acontece de mulher com mulher. Assim como de homem com homem e outros géneros assumidos.

Está tudo bem. O tempo é sábio. A chuva e o sol ajudam a limpar e a sarar os arranhões. Agora libera-nos. Libera-nos e liberta-te do medo, da tristeza, da raiva, da possessividade. A charada foi resolvida; o brilho duma mulher ofusca-te. Encante-te e ofusca-te. Ao invés de respirar, focar e confiar competes. Um dia, assim desejo, entenderás que não é por aí. Que a mentira, a perseguição, a auto sabotagem não levam a lugar nenhum além da própria mentira que revela tristeza e um pedido distorcido de amor. Quem poderá saciar esse pedido? Ninguém. Conhecimento não é o mesmo que sabedoria. Auto conhecimento é sabedoria e isso é um estudo e uma pesquisa duma vida inteirinha. Mas acredita! Só assim podemos brilhar dentro da consciência dos nossos limites e sombras.

Estás perdoado de modo igualitário, mas agora libera-nos. A porta está aberta mesmo atrás de ti. Segue o teu caminho mais leve! Assim seja. Assim é!

VITÓRIA A QUEM CONFIA NO CAMINHO VERMELHO, O DO CORAÇÃO.

A Piu
Br, 26/02/2019


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

UTOPIA DO ZECA: GENTE IGUAL POR DENTRO, GENTE IGUAL POR FORA

Naquela dia o professor de português chegou na aula e avisou: " No próximo dia não virei, pois vou ao funeral do Zeca." Não me lembro se ele perguntou se alguém não sabia quem era o Zeca, mas falou da sua admiração por ele. Eu, nos meus treze anos com discos do Zeca em casa antes mesmo de vir ao mundo e leitora assídua do Quino, pensei: " É dos nossos!". Sim, é dos nossos! Porque existem ainda " os outros" que falam a mesma língua, a mesma nacionalidade mas alimentam outros pensamentos e sentimentos. Este professor, duma escola pública que eu frequentava há dois anos, depois de frequentar uma privada durante seis anos era dos nossos, contrariamente aos fundadores da escola privada ou particular, como se queira chamar. Os pensamentos e sentimentos desses fundadores da privada eram e são ótimos para irem diretamente para a privada/ sanita e dar uma bela descarga. Retornados de Moçambique com aquele falatório que tinham tudo e perderam tudo e a criadagem que tinham?! Ai que infortúnio os "pretos"- passo a expressão- já não serem mais nossos criados! Ufa! Como nunca tive criados nem tenciono ter e uma das minhas avós o foi digo UFA! MIL VEZES UFA! É preciso muita colherada de óleo de fígado de bacalhau para enfrentar uma mentalidade dessas!

Imagino que para muitos portugueses terem que sair às pressas dos países lusófonos cuja independência adquiriu contornos de guerra civil tenha sido muito duro e em muitos casos injusto. Mas as transições também são assim... Pagam os justos pelos pecadores - e o que é pecado para uma alma libertadora e/ou libertária? É subjugar outro ser humano. Ao limite humilhar.

José Afonso, além de anti fascista foi anti imperialista, logo anti colonialista. Foi a sua canção Grandola Vila Morena que deu o mote na rádio para que o Movimento das Forças Armadas avançassem e dessem fim a uma guerra de 12 anos com as ex colónias africanas, 48 anos de ditadura e quase 500 anos de colonialismo 25 DE ABRIL SEMPRE! FASCISMO NUNCA MAIS! VIVA A LIBERDADE E VIVA QUEM LUTOU POR ELA!

Olhem, nem sabem o gozo que me dá escrever isto no Brasil a esta altura do campeonato! É aquele bom bom desembrulhado religiosamente para saborear em cada palavra e gesto equivocado acerca de alguns colocarem todos os portugueses e portuguesas no mesmo saco pejorativo. QUE SACO! ;) <3

Beijos e abraços igualitários, fraternos e libertadores!!!!!
ZECA SEMPRE NA MEMÓRIA E NO CORAÇÃO!

A Piu
Brasil, 25/02/2019




CRÓNICAS SOBRE CASOS CRÓNICOS DE ZOMBETERIA E COMO ESTA SE PODE CURAR

Zombava de tudo e todos. Uma coisa impressionante. Não se sabe ao certo se teria consciência da sua inconveniência e até mesmo superficialidade. Zombava porque sim, talvez porque tivesse o hábito de se achar melhor que os demais ao zombar. Uma postura piadista que enjoava, porque não era nem desconstrutiva, muito menos construtiva. Talvez nem fosse com uma intenção destrutiva, era somente por puro prazer de escarnecer e meter o nariz onde não era chamado.

Gostava também de adotar um postura sonsa, de sensível pelo " outro", pelo outro exótico, mas de preferência que não tivesse muito contato. Porque aí já requeria uma certa sensibilidade para se colocar efetivamente num lugar empático de "em que posso servir/ ajudar" ao invés de " o que posso ganhar com isto". Por vezes o ganhar era somente fazer aquele pequeno brilharete nas redes sociais dum pequeno artigo que leu, ou somente leu o titulo, sobre grandes causas sociais e da situação preclitante do país. Depois lá vinham as brincadeiras de gosto duvidoso, que os mais desatentos poderiam eventualmente se rir. Zombava de tudo, ou pelo menos de quase tudo. Por vezes zombava duma forma camufladamente homofóbica, pobrefóbica, feminofóbica questionando a sexualidade dos seres alheios à sua convivência. Mas com a sua seriedade, honesta, de bom chefe de família fazia questão de alardear que era casado e muito bem casado para que não houvesse dúvidas da retidão. Só que a retidão ia por água abaixo quando zombava dum irmão, independentemente se este pisou na bola ou não, zombava de outro irmão,porque queria estar sempre na linha da frente da opinião zombeteira e por vezes sonsa para ficar bem na fotografia.

Opinava sobre tudo, se não sobre tudo, quase tudo. Um dia deu-se conta de tal absurdo quando alguém lhe disse com estas palavras que acima redigo. " Será? Será que sou um chato inconveniente e que no fundo escarneço de mim próprio ao escarnecer dos meus próprio irmãos?" Ficou neste dilema dias a fio. Quase entrou em crise existencial. Mas como tinha a sua vida para levar para a frente, mais o seu núcleo familiar para cuidar conclui: " Eu vou é cuidar da minha vida e deixar a dos outros em paz. Vou liberar aqueles que zombo e desejar verdadeiramente que os mesmo sejam felizes. Ah! E quanto às opiniões sobre tudo e todos vou-me silenciar mais, observar e escutar com a devida atenção para sair desta superficialidade que me impede também de ser ainda mais feliz porque calmo. Vou deixar de macaquear com a minha vida e com a vida alheia e isso já é um grande contributo para a Humanidade e todos os seres vivos e viventes!"

A Piu
Bolhão Geralden's 25/02/2019






quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

A BARBARIEDADE DE RESIGNIFICAR

Aqui há uns dias atrás, coisa de pouco tempo, uma amiga da Argentina responde-me ela assim:
" Bárbaro!!". Isto para me dizer: " Ótimo!". Eu já conhecia a expressão e adoro!!! Fez-se luz. Um rasgão de luz como um grito de guerra de paz : UÁÁÁÁÁÁÁ ACHTUNG UÁÁÁÁÁ!!!!!"

E isto porquê? Porque na escola sempre aprendi que os Bárbaros vieram por aí baixo, lá desde a terra do gelo e da neve e do Odin e dos vikings e da cerveja de cevada à temperatura ambiente e invadiram a Península Ibéria. Ora, como eles além de cabeludos não rezavam as mesmas coisas e tinham outros hábitos, eles eram ' o outro '. Mas fico aqui a pensar com os meus botões se eu não venho dos suevos e dos visigodos. Dos mouros e dos judeus venho sim e talvez dos franceses napoleónicos e outros tantos que passaram e se fixaram na península.

De facto, nunca se fala das bárbaras. será que elas vieram também por aí a fora ou os cabeludos cruzaram com as donzelas e damas que ali estavam, naquele enclave entre o céu, o mar e a terra? A questão é essa também... A história , normalmente, é contada dum ponto de vista onde o que pauta é a disputa, o confronto, o apego, a guerra, os impérios à força. E se começarmos a olhar para a História e a contar a História do ponto de vista da amorosidade, da empatia, da compaixão, da energia vital, da libido sem submissão? ISSO NÃO É BÁRBARO?

Bom, para todos os efeitos andamos misturados, logo irmãos. Faz algum sentido irmãos guerrearem, disputarem com apego seja o que for? Um irmão querer controlar o outro irmão, os seus sentimentos e o fluxo da vida? Estarei a ser romântica? Pode ser!!! Porque não? A vida é muito mais abundante do que nós pensamos! Só que por medo e outras frequências a pessoa vai e entra na máscara do poder achando que pode controlar tudo e todos. Pura ilusão! Pode-se controlar o amor, a paixão de alguém por outro alguém? Se sim é um disparate! Porque a vida é muito mais sábia do que as nossas carências. Nem obrigar alguém de quem nos sentimos atraid@s e até mesmo enamorad@s podemos obrigar a seja o que for, principalmente sentir o que sentimos. Se o sentimento for mútuo, MARAVILHA! GENIAL! BRUTAL! - genial são os parisiense que falam como sinónimo de bárbaro. Vai-se lá saber porquê! ;) ; Já brutal é o que alguns portugueses, principalmente lisboetas, falam. Também vai-se lá saber porquê. ;) ;)

Enfim, fica a proposta: bora amar bárbaramente onde o auto cuidado e o cuidado mútuo seja brutalmente genial?

UÁÁÁÁÁÁÁ ACHTUNG UÁÁÁÁÁ!!!!!"

A Piu
Bolhão Geralden's 21/02/2019

tirei esta imagem da net. Não sei o que é RPG, mas para o efeito deve significar Rumando Pacificamente é Gostoso. 




Bárbaros” era a denominação dada aos povos de origem germânica que invadiram a Península Ibérica durante os séculos IV e V. A palavra “bárbaros” deriva do romano “bárbaroi” = estrangeiro, e designava qualquer um que não compartilhasse da cultura e da língua romanas. ( https://www.infoescola.com/historia/barbaros/ )

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

UM BURACO NO CÉU - TEATRO BALBUINAS

Fotos gentilmente cedidas pela organização da V FESTA Aracuai MG Janeiro de 2019
criação, realização e interpretação: Ana Piu
Figurino, cenário: Ana Piu e Denise Valarini
construção de máscaras, bonecas e teatro de papel: Denise Valarini

Naquela manhã havia um enorme buraco no céu. Estava ficando maior, muito maior. 

A velha mais velha de todas as velhas guardava um segredo que todos sabiam, mas que alguns não se lembravam ou esqueceram de não e esqueceram para lembrar. 

A velha mais velhas que as outras velhas, mas não tão velha como a mais velha de todas as velhas tentou encontrar uma solução para aquele desastre ecológico. 

Pediu ajuda a uma pessoa.

Pediu ajuda a várias, porque somente juntas poderiam encontrar uma solução. Encontrariam ou teriam de escutar o silêncio da velha mais velha que todas as velhas?

Havia ainda um outro segredo, mas esse fica para quem vier assistir a este espetáculo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A GUERRA DOS SEXOS ACABOU


" Cheguei pra conquistar o mundo
Você seduz e vai bem fundo
A vida é assim e nunca é demais
O que mamãe falou não vale mais nada
Não vale nada
Você é feita de feitiço
Joguei e vou pagar por isso
A vida é assim e nunca é demais
O que mamãe falou não vale mais nada
Não vale nada
Pega brinca, leva que é de graça
Fica linda que o amor não passa
Vem com tudo em cima que eu vou com você '

Guerra dos Sexos
The Fevers
Composição: Augusto Cesar 

Esta era a música de abertura da novela da Globo nos idos anos 80; mais propriamente em 1984. Quatro anos depois da partida de John Lenon e dois da de Elis Regina. Dois marcos históricos, pelo menos a Ocidente. No caso do Lenon tambéma Oriente, pois além de andar pela Ásia, India é um figura como o Chaplin. Quem não o conhece? Mas a Elis, além de ter sido a artista brasileira que mais ganhou financeiramente no Brasil, era mundialmente conhecida. Principalmente em alguns meios jazzisticos. A personificação da voz do povo encorpada numa mulher. O Lenon também era carismático, assim como a sua companheira, por acaso oriental. É desse casal que vamos falar. Yoko Ono foi e é artista plástica vanguardista, cineasta, cantora e compositora renomada muito antes de conhecer o Lenon,mas ficou popularmente conhecida pelas massas após iniciar o seu romance com o ídolo da época: John Lenon. Mas reza a lenda e os factos é que  " Com a repercussão de suas obras, Yoko é convidada em 1966 a realizar uma exposição individual. Nesta exposição, foi exposta a obra Ceiling Painting, uma instalação na qual uma escada conduz o observador até um vidro no teto, onde há uma lupa presa para que se leia a pequena inscrição "Yes!". O músico John Lennon, então membro da banda The Beatles, estava presente à exposição, e seu encantamento com a obra despertou interesse pela produção artística de Ono." ( wikipedia)


Isto para chegar onde? Que a guerra primeiro acaba dentro de nós. A paz inicia-se quando trilhamos o nosso próprio caminho, dentro do propósito que escolhemos e isso nos dá auto estima, logo autonomia. A paz com o outro e com o mundo começa  e caminha quando a admiração é mútua. Aí começa o diálogo e a cooperação. Apesar das diversas polêmicas acerca da influência de Yoko Ono sob o Lenon, o que pauta essa paixão é a  humildade. Pelo menos a falta de prepotência e competição, que além de desleal é medíocre, que muitos homens prestam-se a fazer com as mulheres e suas companheiras.

Além de Lenon ser sete anos mais novo, a idade não é um posto mas a maturidade é nível de entendimento que ou nos prestamos a alcançar, ele admirava essa mulher como mulher, como artista e pensadora. E isso é um grande passo para o fim da guerra dos sexos.

A Piu
Brasil, 18/02/2019
Yoko conduziu John por caminhos que talvez ele não tivesse trilhado sem ela. Nas exposições, nos filmes experimentais. Mas Lennon também levou Ono para os rocks e baladas do seu universo. O disco duplo “Sometime in New York City”, de 1972, confirma. É panfletário e ingênuo, mas irresistível. Flagra o casal em seu momento de mais intensa militância política em Nova York. Gritando contra as injustiças, a guerra. Sonhando com um mundo melhor. “A guerra acabou, se você quiser”, dizem os versos da canção natalina que ouvimos até hoje. http://blogs.jornaldaparaiba.com.br/silvioosias/2017/02/18/o-lennon-que-o-mundo-conhece-deve-muito-yoko-ono/

DIALÉCTICAS CIRCULARES

Expirar o desnecessário, pirações. Inspirar inspirações. Receber positividade, afastar negatividade. E assim a vida sorri. V
BÁRBARO!!! - como se diz na Argentina.
V
A Piu
Bolhão Geralden's 18/02/2019

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

O QUE FAZ FALTA É ESTAR COM A MALTA

* Malta é um grupo de pessoas. Pode querer dizer "nós", "a gente", "eles", "a turma", "a galera", etc. 


OS NUMBROS DE BELL TRANA D'TALL roteiro e interpretação de Ana Piu fotos gentilmente cedidas por Lucas Martins, V FESTA Aracuai MG Janeiro de 2019



Juntos somos mais! Todos diferentes e todos iguais.

Protagonistas da nossa própria história vibramos no amor, enchutando para longe o medo

Quem vem lá? 

Mais um esforço!

Quase!

E vai!

Agora é!

É isso aí! Sinta-se em casa!

E VIVA O ENCONTRO!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

OS FEITIÇOS DO AMOR

Vitorios@s são aquel@S que confiam na respiração, coração e intuição.

Este titulo do filme de Peter Greenway : " O cozinheiro o ladrão sua esposa e seu amante " fez-me pensar em vários títulos para o texto de hoje para tentar pegar leve um assunto que é osso duro de roer. Então aí vai: " A feiticeira, o vilão, sua esposa e seu amante "; " A menina moça mulher, a madrasta, o banacheirão, sua esposa e seu amante" . Na indecisão fica então " OS FEITIÇOS DO AMOR" e as duas hipóteses com subtítulos.

Ora vamos então lá a esse desafio de pegar leve o que pode ser pesado porque algumas vezes por equivoco de conceitos e preconceitos defendemos umas coisas e caímos ao limite numas roubadas.

Do que falamos quando falamos de amor livre. Não será uma redundância? Se é amor é livre! Amor é relaxar o coração e permitir receber o que já está aí. A isso se chama vibrar na energia da abundância. Mas para isso teremos que reprogramar a nossa mente, dar aquela faxinada na nossa memória celular que nos coloca num lugar de baixa auto estima e que a escassez é um facto e que a felicidade é grandiosa de mais para nós a merecermos. Pois é, a maioria de nós passa uma vida inteirinha e mais umas gerações seguintes nesta frequência, muita vezes sem se dar conta. Quando se dá conta é um passo para expandir a consciência e zás! fazermos diferente. Temos poderes alquímicos que nem imaginamos para nos superarmos e amar na plenitude. Mas isso requer praticar o silenciamento da mente e tomar consciência da nossa respiração para assim abrir espaço ao amor e evitar cair em grandes roubadas. A isso se chama auto conhecimento.

Quer queiramos, quer não nós somos reflexo das nossas relações. Outra redundância!!! Aquele velho ditado: " Diz-me com quem andas dir-te-ei quem és!". Porém, todavia, contudo altero aqui o provérbio: " Se me mostras com quem andas, mostras-me como estás!"

Ainda está para chegar o dia, o glorioso dia que eu conheça pessoalmente um exemplo duma história de poliamor em que nenhuma das partes não se sentisse desconfortável, ferida mais tarde ou mais cedo. Não sei se é da natureza humana o apego, a inveja, a possessividade, o ciúme. Tenho algumas dúvidas, pois tudo se trabalha e quando esvaziamos a mente esta alinha-se com o coração e entendemos que tudo está no seu devido lugar como uma dança. E também pergunto se amar com profundidade e intimidade várias pessoas ao mesmo tempo é de boinha. Há tempo para isso tudo de verdade? A verdade é que muitas vezes aquelas mentirinhas para si mesm@ e para os demais é como areia para os olhos. " Ah! Eu tenho muito amor para dar! Ah! Estou com a pessoa mais ou menos, por isso estou livre!" Eh pá!... Também vamos crescer um pouquinho mais!

Muitas vezes confunde-se poliamor, estar com muit@s parceir@s, com afago do ego com base na carência e também na vaidade. E isso toca-nos a todos, mulheres, homens, e todos os gêneros assumidos. Então, precisamos de estarmos mais atent@s a nos sabermos posicionar duma forma integra ao invés de culpar, ao limite de caluniar e difamar aqueles que consideramos vilões quando os nossos desejos não foram satisfeitos. Então, do amor livre passa a assédio, abuso. Hmmmmm. Vamos ser coerentes.

 Os vilões existem, vilões e vilãs que abusam, mal tratam mas estarmos cientes de que antes de tudo é urgente olhar para dentro é um grande passo para irmos irradicando as relações abusivas do qual somos alvo e/ou até mesmo protagonistas.

Ah! Outra coisa que quase me esquecia de escrever e foi isso que me motivou à criação deste texto: quando queremos ficar com o parceiro da amiga, da colega, da outra mina deixando a mesma numa situação de desconforto não estaremos também a ser abusivas? Mina que respeita a outra mina é mana. Mina que desrespeita a outra mina é o quê? Antes de tudo é insegura e carece de amor próprio.

Se confiarmos na dança da vida as disputas tornam-se vãs, porque tudo o que é para ser já é. O que não é para ser ou já foi deixa ir com desapego e tranquilidade!

VITÓRIA AO AMOR!!!!

A Piu
Br, 13/02/2019


CAMINHO DO CORAÇÃO

Aqui está uma pequena amostra do que a Humanidade pode também ser e estar. Juntos somos mais na re existência!!!!
Está com vergonha de agarrar com as suas mãos o caminho do coração!!! " Corage", não custa nada!!!! Uma questão de concentração! 
Belll Trana d Talll encontra a tribo da geraçao indigo. EUREKA! exclama intimamente.

No inicio era o preto e branco. Depois era o encontro com a geração indigo. Depois do depois resgatamos a nossa criança interior para assim seguir o caminho do coração, o caminho do meio, o caminho vermelho segundo alguns ameríndios. 

OS NUMBROS DE BELL TRANA D'TALL roteiro e interpretação de Ana Piu 


fotos gentilmente cedidas por Lucas Martins, V FESTA Aracuai MG Janeiro de 2019

Belll Trana d Talll desce *as profundezas do seu ser, lá onde se aninha a sua sombra e luz.

Será que os meus novos amigos farão a diferença diante desta maluqueira tragicosmicomica toda? Haja esperança!!!! ' indaga Bell Trana




segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

SOU UMA MULHER


dedico esta publicação à Adriana, Mohini, que foi ela quem me enviou o vídeo com muita amorosidade e coragem. Que todas as nossas feridas sejam curadas, mulheres, homens e todos os gêneros, para que sejamos livres para amar e para o prazer duma forma saudável, leve e profunda.
Ah! E curta a página AR DULCE - um projeto de palhaçaria feminina sobre relações abusivas https://www.facebook.com/AR-DULCE-AR-
Palhaças: Maffalda dos Reis: Geni Viegas; Bell Trana d' Talll: Ana Piu
Direção artística: Leonardo Tonon
Assessoria artística: Adelvane Neia
Apoio técnico e figurinos: Frankelin Louback



ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE " A VIAGEM DE MARIA DA LUZ '

De olhos pousados no horizonte imaginava o que estava para lá do lá do lá, muito depois da janela do seu quarto.

Na praia tentava esticar as pernas e o pescoço ao máximo para conseguir avistar os animais da savana africana, como o pai lhe sugeria quando perguntava o que estava para lá do lá do lá, muito depois da última onda da rebentação. Nunca viu nenhuma girafa, tampouco um elefante nessas tentativas em vão.

Um dia, muitos anos mais tarde, subiu até ao Atlas. Maquinhos brincavam no topo das árvores cobertas de neve. Cá em baixo o deserto.

" Para quê casarem se se descasam logo a seguir?", indagava a avó finalizando com um ahhh entre a reprovação e a resignação. E a menina fez caso a essa pergunta e quase quase respondia, se é que não respondeu: " Ventos de mudança, minha vóvuska! "

Maria da Luz, do alto do Atlas comprometeu-se a fazer essa travessia pelo deserto para  se casar consigo mesma. " Vóvuska! Como podemos estar com alguém, independentemente dos casórios que se inventaram sabe-se lá porquê, se não estamos primeiro com nós mesmas?" E assim foi e assim é. Maria da Luz viajam dias e noites, meses nos anos a fio em objetos voadores um tanto ou quanto identificados pelos mais atentos. Porque isso do amor e do amor próprio é preciso estar muito atento com asas de plenitude! Voar são para os que têm fôlego para se tornarem leves.

E assim Maria tornou-se Maria da Luz, viajando à velocidade das batidas dum coração vigoroso. Assim foi, assim é e assim será sempre no aqui agora.

A Piu
Bolhão Geralden's
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foto: mínima cena 2018 ( créditos: Luis Hozmi )
Centro Cultural Sesiminas Uberaba.

VITORIA AO AMOR E À CLAREZA DE SENTIMENTOS

Pensamento do dia: existem @s Palhaço@s que seguem o caminho do coração para um mundo emocionalmente mais ecológico e sustentável e existem @s zombateir@s que são uma espécie de vampirinhos emocionais de intenções duvidosas e que fazem rir @s mais desatent@s. Uma espécie de nívelamento por baixo. ViVe o genuíno!
A Piu
Bolhão Geralden's