sábado, 19 de janeiro de 2019

ON THE ROAD

A imagem pode conter: 1 pessoa, a sorrir

É uma casa Portuguesa com certeza!
Direto de Portugal para o V FESTA.

Naquela manhã havia um buraco no céu. Muitos diziam que o buraco era uma manobra desastrada de um guindaste gigantesco ou feito até mesmo por pássaros de bico quadrado, outros ainda diziam que tinham sido trapezistas trapalhões que tinham rasgado o céu, ou que era a fumaça ferrugenta das fábricas. Os seres fantásticos não queriam ser vistos, e tudo fizeram para costurar o céu, será que conseguiriam?

ON THE ROAD

Para sobreviver aos ventos de mudança no mais íntimo da sua essência com um olhar cósmico na geração índigo da nova era, Bell Trana compartilha momentos inesquecíveis que farão as delícias dos miúdos e graúdos. Bolinhas de sabão, malabarismo, clarinete e danças ancestrais excêntricas. Para continuar a viver da arte e celebrar o encontro com o seu querido público, Bell Trana não desiste de ser e estar do seu jeito maneira, com a sua humanidade delirante.

HAMAR COM UMOR



" Quando você se amar e se sentir forte e se souber poderosa
ninguém mais vai poder te oferecer menos que isso ou porque eles sentirão
a tua imensidão ou porque você já não vai deixar qualquer um entrar - somos reflexos - " - Isadora Não Entende Nada In: Mandala Lunar 2018
Rir faz muito bem à saúde. Até está comprovado cientificamente! Se os cientista afirmam que o riso é sagrado, escutemos então os cientistas! Dizem por aí que provoca a liberação das ditas endorfinas. Alivia corações mais ansiosos, relaxando o corpo e a mente. Rir é muito bom. Bom mesmo! Para que uma relação, seja ela de amizade, amorosa e até profissional, tenha aquela garantia que pode ser bem sucedida a curto, médio, longo prazo uma boa dose de humor para relativizar certas pedrinhas no sapato de entendimentos ou entendimentos por entender é o melhor remédio.
Mas também há o humor tóxico, aquele que minimiza, humilha, despreza o outro ou a outra. Normalmente esse humor tem como base o preconceito e a ignorância. Rir do que que se desconhece ou se acha conhecer, mas superficialmente, para desmerecer o objeto de riso é ignorância e também arrogância. As duas normalmente andam juntinhas. Mas há quem ignore e seja humilde em assumir que desconhece. Aí já estamos falando dum caminho de auto conhecimento e a nossa força, o nosso potencial está em nos conhecermos a nós mesmas e mesmos e assim amarmo-nos. Se não nos amarmos como podemos amar terceiros e esperar que nos amem com plenitude?
Deste jeito maneira o arquétipo d@ palhaç@ está em abrir o coração e rir com irreverência para que caminhe no mundo com leveza e mais sabedoria para um mundo mais pacifista.
Vitorios@s são aquelas e aqueles que hamam com umor!!!
A Piu
Brasil, 16/01/2017
A imagem pode conter: texto


sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Diário de bordo


Na terça passada o MASP ( museu de arte de São Paulo) estava de portas abertas com entrada livre. Aqui no meu ponto de vista assim deveria ser ou pelo menos com preços mais populares, para o pessoal também valorizar a arte. Porque nem só do pão e da cervejinha vive o homem. A arte tem uma bela duma função social, educativa. Por isso não entendo (  ) porque haja quem veja os "excêntricos" com um olhar revirado... Será que é porque lhes ensinaram que ser criativo não é confiável, pois assim o ser vivente ganha um olhar crítico, nascendo asas no dorso?
Essa onda de perseguir os homossexuais também saiu cá uma a esta altura do campeonato. Pelos aninhos que já levo no dorso, essa mesma região onde a probabilidade de asas crescerem é efetiva, quem se horroriza com alguém com toda e qualquer orientação sexual precisa urgentemente de olhar para os seus recalques. Porque quem está inteiro com as suas escolhas não precisa de julgar as escolhas alheias, talvez as escolhas alheias demonstrem para alguns e algumas a falta de coragem em assumir quem são. Pois não deixa de ser bizarro que a homossexualidade fira a virilidade e sensibilidades de terceiros. Porquê? Qual o problema? Pergunta ao Freud ou ao Jung e tudo está bem e quando estamos bem com nós mesm@s. Enfim. Cada um sabe de si.
Agora fui um bocado pirosa, brequinha em tirar uma foto junto a um Van " Grog", poderia ter tirado junto da Tarsila do Amaral. Ou nem tirar so para dizer que estive lá.  Mas fico sempre muito emocionada com o Vincente, assim como com as bailarinas do Degas que estão lá atrás.Mas a arte afro indígena brasileira também tem mil preciosidades.   Beijos. Ah! Cada um que cuide dos seus beijos, porque os beijos são para se dar com ou sem a boca pintada!
A Piu
Br, 11/01/2018


segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

PORQUE É QUE ELEGER UMA COISA E UM COISO PODE SER AUSPICIOSO

' A Democracia é o pior de todos os sistemas
Com excepção de todos os outros (...)

Mas encha-se de justiça o fosso
E erga-se a liberdade ao meio
Que só de intenções
Está o inferno cheio

Não há justiça sem liberdade
E o vice-versa é também verdade
E essa é a luta, no fundo
Pelos direitos humanos no mundo "

Sérgio Godinho- compositor e poeta português


É óbvio que entre um coiso que ainda gosta de brincar bisnagas e vestir-se de azulinho azeitona para enfrentar os inimigos que mesmo cria e um ex ministro da Educação e que é professor universitário o segundo seria uma escolha mesmo assim mais acertada, pelo menos não tão assombrante com o que revela de mais profundo essa escolha num coiso. Além de, pessoalmente, ter uma admiração pela literatura e cinema libanês, conhecer um pouco a trajetória do descente de libanês o senhor menino Haddad é no fundo dignificar um tanto o povo brasileiro. MAS! PORÉM! Porque é que o povo brasileiro, não todo mas uma parte considerável escolheu quem escolheu? A leitura que aqui faço é uma leitura, logo haverão outras leituras e o dia´logo entre leituras denomina-se exercício da democracia. Podemos ter leituras, visões do mundo e da realidade diferente mas a escuta e o respeito à vida do próximo deveria ser óbvia. Mas o que é óbvio para uns não é para outros.

Poderia gravar um pequeno vídeo falando de tudo isto, mas também considero que o hábito de leitura só faz bem e não faz mal, pois proporciona um tempo de reflexão que o imediato também nos deixa de vez em quando na superficialidade. E esse é um dos motivos, se não o principal, da eleição de populistas com ideias anti populares. A pessoa passa uma vida inteirinha sem pensar, muito menos falar de política e um dia é lhe dada a obrigação de votar, se não votar é penalizada... Enfim. Daí veem-lhe os bofes todos à goela. Desilusões nas utopias, alguns, outros por puro desconhecimento e falta de curiosidade em se informar dignamente indo atrás de noticias fake e outros ainda que sempre trouxeram no coração sentimentos sinistros, sombrios, de desamor. Uma coisa estranha. São os tempos que vivemos há uns bons pares de séculos, só que agora ou vai ou racha. Já é tempo de todos nós revermos as nossas crenças limitantes, os nossos padrões de comportamentos uns com os outros. E banir cada um de nós os Adolfinhos que habitam cá dentro, quer admitamos ou não.

Também conheço muito pessoal que se diz de esquerda com uma dificuldade em ser solidário e empático, preferindo puxar o tapete para ser o centro das atenções , que é também o principal motivo de toda esta confusão de valores. E quase para finalizar, como ex ministro da educação e professor universitário  duma das principais universidades do Brasil - a USP- Haddad saberá melhor que ninguém como é o meio acadêmico, com raras excepções. É um meio competitivo, elitista, numa lógica autoritária em que muitos alunos caem em depressão ou até mesmo cometem suicídio pautado por relações, muitas vezes de desrespeito e bulling acadêmico entre alunos e entre alunos e professores ou entre orientadores e orientados. Uma coisa ( !!... ) assombrante que leva a pensar que conhecimento sem sabedoria é um conhecimento tosco que conduz ao descalabro. Que é o que estamos a viver. Mas como nada é linear, esta é uma grande oportunidade de darmos o nosso melhor e deixar de reproduzir aquilo que tanto criticamos, seja em ambiente familiar como profissional.


Ana Piu
Brasil, 07/01/2018



VIVAM OS HOMENS QUE HONRAM AS MULHERES E AS MULHERES QUE HONRAM OS HOMENS E AS MULHERES E ASSIM SEMPRE EM MOVIMENTO CONTINUO!

" Precisamos tomar consciência de nossos úteros. O útero é nosso segundo coração, nosso coração arcaico, ligado às nossas entranhas e ao coração da Terra, É nosso centro de poder, a parir dele podemos nos alinhar para tomar decisões e nos apropriar de nossas vidas. (...) Em nosso útero podemos guardar memórias de nossas vidas ( como de relacionamentos passados, abusos vividos), memórias de nossas antepassadas ou mesmo memórias do inconsciente coletivo.
Também podemos guardar informações a nível celular e energético de nossos parceiros sexuais por anos. Algumas tradições espirituais dizem que retemos essa informação por pelo menos 3 anos ( alguns dizem 7, outros ainda 9). Por isso precisamos ter muita consciência sobre quais pessoas decidimos abrir nosso campo energético e trocar nossos fluídos. É importante seguirmos o caminho da sexualidade sagrada e consciente que implica profundo respeito e entrega entre parceiros durante o ato sexual, para que o amor e o prazer possa fluir. Precisamos de limpar o nosso condicionamento em relação ao sexo ( hoje tão pautado pela pornografia que normatiza uma sexualidade focada na violência, no esvaziamento emocional e na performance falocêntrica) e abrirmos nossos corpos e almas para o outro, com profundo amor e respeito durante essa troca energética tão profunda.

in: Mandala lunar 2019, texto " Útero, matriz sagrada" de Naíla Andrade Sakar


" Ar Dulce Ar" é um espetáculo de palhaçaria feminina sobre tema de relações abusivas, no caso o que se assiste em cena são duas mulheres, uma delas com um bebê de colo, que fogem dos seus ex companheiros. Para o efeito estamos a tratar duma relação hetero, não significa que nas relações homossexuais as relações abusivas não existam. Mas para o caso as duas atrizes palhaças decidiram olhar de frente as suas vivências e transformá-las artisticamente através da comicidade.  Como diz o poeta Rilke: a obra de arte surge duma necessidade. E rir de nós mesmas ou nós mesmos ou mesmes é libertador e considero até mais honesto do que rir da dor alheia ou do que desconhecemos. Ao limite esse riso demonstra ignorância que também é um belíssimo tema para se explorar para nos livrarmos do mesmo.

Quando Naíla Sakar critica a performance falocêntrica não significa que esteja a desmerecer o desempenhos dos homens, a desconsiderar a sua virilidade. Pelo contrário! O que ela chama a atenção é para uma performance em que o prazer do homem está em primeiro plano e a mulher é só mais um brinquedinho que talvez ainda sirva de troféu nas conversas fanfarroneiras entre amigos. Em suma, hoje as mulheres querem resgatar o que há de mais sagrado que é a líbido, a criatividade, o seu prazer com base no respeito, na atração, na brincadeira, na imaginação e na amorosidade. E com isto não significa que tenham de se casar, pois existem mil formas das pessoas se relacionarem desde que a mediocridade e fanfarronagem seja banida. Que essa é uma outra forma de violência simbólica. O que nós queremos? O que nós queremos? Ser honradas e honrar os homens que nos honram. Assim como as mulheres, quer como amigas quer como amantes, quem escolher essa via ou ambas as vias. A cada um e cada uma sabe da sua intimidade e como a própria palavra indica não é para ser invadida nem julgada.

ilustração na Mandala Lunar 2019


A Piu
Br, 07/01/2018

" AR DULCE AR" - palhaças Belltrana D' Talll ( Ana Piu) e Maffalda dos Reis ( Geni Viegas) - direção: Leonardo Tonon, assessoria artística: Adelvane Neia

Diário de bordo - pensamentos altos ou desabafos ou desabufos

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas

Diário de bordo - pensamentos altos ou desabafos ou desabufos

Um dia ainda farei um texto do Kafka em estilo cabaré musical. Estilo como a burrocracia dá nos a aquela sensação de que viver é um luxo.

Hoje, ainda agora, mesmo há pouquinho, por aqui no face bronx: " Lula vai ser libertado! Graças deus! Louvado seja o senhor! " Só não entendi qual dos senhores seria louvado... 😉 Brincadeira para osmais fundo mente na lista!

Ontem li um livro de quadrinhos peruano, duma pontinha à outra, " Sendero luminoso, uma guerra suja". Além de chocada, fiquei chocada e confirmou que os dogmas de parte a parte são sede de poder em quem se lixa são os de baixo. No caso, camponeses andinos pobres.

O caminho vermelho é o do amor, segundo os ameríndios , que tem sido esquecido em nome de cegueira e ausência de amor.

Meus queridos e queridas ameríndias olho-vos nos olhos sentido a pachamama debaixo dis pés, sobre a cabeça , no coração e agradecendo todos os vossos ensinamentos ancestrais.

Estamos junt@s.

Ana Piu

Brasil, hoje penúltima quarta do ano de 2018