sexta-feira, 31 de julho de 2015

OS INÚMEROS EUS NAS REDES SOCIAIS

Nas redes sociais podemos tanto mostrar o nosso melhor como o nosso pior. Depende da nossa índole.

As redes sociais são um feira de gente de todos os tamanhos, feitios, cores, odores, sabores e visões. Já as cores, odores e sabores temos que realmente conhecer as pessoas pessoalmente.

Nas redes sociais podemos revelar e partilhar o nosso poder criativo! Isso é fantástico! Para muitos é sedutor, mas quando seduzimos quem queremos realmente seduzir? Onde começa e acaba o nosso ego? Damos conta de tanto fogo de artificio? E aqui para nós, talvez eu seja da velha guarda, se desejamos alimentar um amor pleno o foco é importante. É ou não é, pá? Não sejamos garganeiros, gulosos a querer disparar para todos os lados! Se não andamos aqui o tempo todo a brincar ao faz de conta. Uffff que seca! Que saco!

E o que é a verdade e a mentira? O que é factual e o que não passa de suposições? O que liberta e o que aprisiona? O que é a liberdade de expressão sem educação, sem cordialidade, sem ofensa pessoal?

Estas são algumas questões que ainda há pouco em conversa com uma amigo do outro lado do Oceano, cuja amizade leva 23 anos (uma vida adulta!) colocávamos depois deste dizer que iria se afastar do facebook. Devo dizer que é um amigo que escreve muito bem numa escrita bucólica, com muito humor. É um pós neo realista. ihihih Quando o leio vem me à ideia o Miguel Torga, o Aquilino Ribeiro e o Fernando Namora, mas com mais humor. Na minha opinião. Claro!

Da minha parte cada vez tenho mais claro algumas questões. Adoro escrever e partilhar. Assim como partilhar o que gosto com a minha rede de amigos e conhecidos e daqueles que curtirem aquilo que crio. Se for só uma pessoa ler, tá tudo certo! Por outro lado quero o que considero medíocre e fútil, para mim e para aqueles que amo, muita distância. Muita distância mesmo. Enquanto isso vamos nos encontrado por aqui. Principalmente os amigos de longa data que estão distantes e espalhados pelo mundo e os mais recentes que trago com muito respeito e carinho no coração.

Ana Piu
Br, 31.07.2015

Umas vezes parece que sou a mulher faz tudo e que tem poderes sobre naturais


Outras vezes sou uma senhora sensível, responsável e subtil que descansa no seu cadeirão
 Enfim, podemos ser o que quisermos! Porque não? Mas sem passar a perna a ninguém. Se não não vale a brincadeira. 


Outras vezes dou aqueles ares oh yé!



ANOTHER BRICK IN THE WALL (SÉRIE ACERCA DA PEDAGOGIA DO SOFRIMENTO)

Se só o amor pode-nos salvar da dor, o sofrimento pelo sofrimento é desnecessário e caretão. Teremos então de mudar a rotação do disco. Ahhh lá vem a "veinha" da velha guarda com a referência dos seus vinis e cassetes pirata!

A pedagogia do sofrimento é desmotivante porque não nos vê como seres vivos e sim como mais um tijolo de uma qualquer instituição que, mais ou menos conceituada, vive às custas duma reprodução secular de hierarquias e outras violências que se camufla de rigor, mas não passa de rigidez e muito ego.

Rigor não é sinónimo de rigidez. Rigor é uma paixão por algo que necessita de dedicação, logo de disciplina. Rigor é estimulo por aprender mais e mais, reinventando-nos. É acima de tudo, aprender a aprender mesmo quando se passam conhecimentos aos iniciados.

 Rigidez é ter uma visão chata, sem respiração. logo morta do que deve ser o conhecimento e como este deve ser passado. Ter conhecimento não significa ter sabedoria. Podemos acumular conhecimento numa lógica de capital cultural, mas se não baixarmos a bola e não escutarmos o canto da Terra e das Estrelas, e se não nos olharmos nos olhos uns dos outros e para dentro de nós, para o que é a nossa essência... Meu amigo!... Não passamos de uma cambada de vaidosos iludidos com a nossa sapiência e virtuosismo, reproduzindo e naturalizando a violência de perdermos a oportunidade de sermos gente de verdade.

Ana Piu
Br, 31.07.2015


Filme: The Wall, Pink Floyd

OFICINA A POESIA EM MOVIMENTO POR ANA PIU


BRECHT, MEU QUERIDO BRECHT#


Eu sustento que a única finalidade da ciência está em aliviar a canseira da existência humana. E se os cientistas, intimidados pela prepotência dos poderosos, acham que amontoar saber por amor do saber, a ciência pode ser transformada em espécie de monstro. E as suas novas máquinas serão novas aflições, nada mais.
Bertold Brecht
imagem: "Mãe coragem e os seus dois filhos"
# o titulo é de minha autoria

ALGUMAS RESSALVAS ACERCA DA PEDAGOGIA DO LECOQ ou NHÃ NHÃ NHÃ NHÃ NHÃ VOLTEI!


No ano da graça do senhor de 1996, aos meus 23 anos, voava para Paris com uma bolsa de estudos da Fundação Calouste Gulbenkian, após dois anos de tentar ganhar essa bolsa tão cobiçada por quem quer ir mais longe. O meu querido professor de mimica, já falecido, Julio Castronuovo indicou-me a escola do Lecoq, Cheia de sonhos e ilusões fui. A proposta pedagógica é altamente, mas humanamente falando... Muito a desejar... Competição e bajulação ao monsieur Lecoq. Não sei se é defeito ou feitio mas lamber ...us, não. Fiquei lá um ano e prescindi da bolsa e continuei o meu caminho que leva 20 anos profissionalmente desde 1995, iniciado em 1990 como estudante e amadora, com pessoas e pedagogos tão ou mais competentes, que tratam os alunos com amorosidade e dignidade: Ami HattabPepa Diaz-Meco, André Riot Sarcey, Sergio Claramunt, Jango Edwards entre outros.
Deixo um trecho duma matéria jornalística que confirma a minha discordância em relação ao modo de estimular e passar ferramentas:
" Queríamos fazer as pessoas rirem e Lecoq dizia: "Não, pare. Não está bom, está uma merda. Vá se sentar." Passamos dois anos frustrados, porque ele não nos dava o direito a ser cômicos. Era uma frustração sem fim.", Pierre Byland.
Depois de sair de lá frustrada e confusa acerca do que é ser artista,tendo que ser humilhado, passei a usar para minha bufona as palavras impacientes de Lecoq: "Mais non! Qu'est que tu fais lá! C'est pas possible! Quand même! Puuufffffffff!" Bull cheat para a castração e para a exacerbação dos egos dos pedagogos. Isso não é pedagógico., sem desvirtuar as qualidades No meu ponto de vista. CLARO!
Ana Piu
Br, 30.07.2015
foto: Jacques Lecoq com a máscara neutra

quarta-feira, 29 de julho de 2015

MMPP (Movimento das Mulheres Palhaças Portuguesas sem fronteiras)


- Agora outra pergunta... Como é que vamos de amores?
- (silêncio introspectivo com base numa semi meditação dilatada ao público com vista a encarar uma essencialidade do ser e do estar num fluxo continuo de auto observação de si e do meio circundante)
- Concorda que a mulher portuguesa ou é casca grossa ou é mosquinha morta no que toca aos assuntos de amor e outras variantes?
- Olhe...Depende dos pontos de vista... Até posso concordar, sim! Visto que estamos mais que exauridas que nos venham comer as papas em cima da cabeça. De vez em quando temos de dar aquele ar de "comigo não fazem farinha"! Mas debaixo dessa casca grossa existe um mundo mais pleno. Veja como a leveza e amor de vez em quando tem de se proteger e preservar para @s mais emancipad@s! Quanto a sermos mosquinhas mortas... Sabe o que é?... É que, secularmente falando, a água benta que temos levado nas ventas mais as fogueiras que tem queimado os nossos impulsos, instintos e criatividade leva-nos a ter um pouco as asas amolecidas. Mais @s mais emancipados rir-se-ão de tudo isso juntamente connosco. Sim, porque rir de nós mesm@s junt@s é libertador. Afugenta medos, preconceitos e falsos amores.
- O que é um falso amor?
- É um amor que não é. Que pensa que é mas não é. Que é mas não é. Que quase poderia ser mas não é porque reproduz a futilidade da aparência e da competição, fruto duma lógica mercantil. Quando nos relacionamos como se fossemos troféus uns dos outros.
- Você marxista?
- Curto mais o Tolstoy e a Rose Wilder Lane.
- Ahhhhhh Interessante! É sempre interessante citar nomes!
- Claro! Marx morreu. Cristo também e eu faço tudo para me sentir bem.
- Uma aparente casca grossa que de vez em quando faz de conta ser mosquinha morta?
-Isso! Uma arara que grita e canta para ganhar forças, pois acredita, nestes tempos em que praticamente está tudo descredibilizado a ocidente, que podemos voar junt@s!
Ana Piu
Br, 29.07.2015


terça-feira, 28 de julho de 2015

MMPP- MOVIMENTO DAS MULHERES PALHAÇAS PORTUGUESAS SEM FRONTEIRAS

- Essa coisa de chorar é seu ou é cultural?
- Aiiiiii boa pergunta que não sei responder e nesta frustração de não saber quem sou, eu choro! Aiiiiii pois choro! Por aquilo que foi e já não é! Por aquilo que não é nem nunca será! Aiiiiiiii que triste fado o meu que é fenomenal eu não saber se sou sou eu ou se é cultural!


Ana Piu
Br, 28.07.2015





COM TODO O RESPEITO, "CRARO"!


" Para fazer o DRT* você precisa dum "diproma". Sem um "diproma" não é possível. Só se for no Sindicato." Diante de tais palavras os olhos se me esbugalham e até a garganta se me seca. Preciso dum pouco 'auga", mas "num há 'pláculas" naquele piso do Ministério do Trabalho para controlar a minha surpresa. Eh pá, vamos lá combinar! Eu até acho fofinho e giro a língua ser viva ihihih, mas a mim parece-me que naquela língua do senhor funcionário não passou nunca um dedo para mudar a página de um livro. A vivacidade da língua também tem limites, principalmente em contextos supostamente sérios. Sei lá! Já num sei nada!
Falo isto com todo o respeito, "craro"! Ainda me chamam de arrogante! Olé! E eu que sou sensível, ah pois sou!, embora com este feitiozinho. Mas já agora tenho curiosidade de saber que "diproma" o senhor funcionário do ministério do trabalho tirou. Deve ser um mistério trabalhoso de saber.

* registro de trabalho que comprova que sou profissional em determinada área

MMPP- MOVIMENTO DAS MULHERES PALHAÇAS PORTUGUESAS SEM FRONTEIRAS


- Ai! Outra vez nas compras?
- Ai! Foi só uma saia!
- Espero que tenha bolsos para esconder essas mãos! Uma desgraça! Nem uma unha de gel nem nada!
- Ai miga, sabes que gasto uma fortuna a frisar o meu bigode. Todas as semanas vou à bigodecure!
- Frisas o teu bigode!?! Isso já não se usa! Agora só chapinha!
- Ai miga! Sabes que já dou com cada palhaça nos meus sapatos altos no meio da rua, agora imagina se o bigode fica liso!
- Ah lá isso é verdade! Sermos belas é importante mas de coluna direita!
- Claro, miga! Adoro os teus conselhos de beleza! Perto de ti sinto-me livre de padrões. Juntas emanciparemos!
- Ora pois! Ora raios, pois pois!
Ana Piu
Br, 28.07.2015


INSTINTO E CRIATIVIDADE*


' Sob a orientação da Mulher Selvagem, resgatamos o antigo,o intuitivo e o arrebatado. Quando nossa vida reflete a dela, agimos com coesão. Persistimos, ou aprendemos a persistir se ainda não sabemos. Tomamos as medidas necessárias para manifestar nossas idéias no mundo. Recuperamos o foco de atenção quando o perdemos, ouvimos nossos ritmos pessoais, ficamos mais próximas de amigos e parceiros que estejam em harmonia com ritmos selváticos e integrais. Optamos por relacionamentos que propiciam nossa vida instintiva e criativa. Estendemos nossa mão para beneficiar os outros. E estamos dispostas a ensinar parceiros receptivos tudo sobre os ritmos selváticos, se necessário."
PINKOLA ESTES, CLARISSA. MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. ROCCO Rio de Janeiro 1999.
* o titulo é de minha autoria

segunda-feira, 27 de julho de 2015

PIERRE BYLAND E A " SUA" SUÍÇA ONTEM E HOJE*

Ele, Pierre Byland, nasceu na cidade de Aarau, na parte alemã da Suíça, em 1938, perto do estopim da segunda guerra Mundial. " A Suíça é um país pequeno e horrível, provinciano. Queria fugir de lá. A presença de Hitler ainda estava muito próxima da minha juventude. Comecei a me sentir claustrofóbico. Tinha esse sentimento horrível de estar perto dele." Foi aos 20 anos que emigrou para Paris para estudar teatro com Jacques Lecoq, mestre de mímica e do teatro francês. (...)Logo após o curso de Lecoq, Byland se juntou a Philippe Gaulier no que era para ele um reinicio no teatro: 'Nós quebrávamos 200 pratos em cena, toda a noite. Nos apresentamos 300 vezes e quebramos, ao todo, 60 mil pratos. Fizemos isso como uma piada, mas depois entendi que, para mim, era uma expressão política de que eu não concordava com a Suíça, com o modo de agirem. Queria quebrar algo, queria dizer que aquilo tudo era uma merda. Também compreendi, depois, que o clown é uma transgressão, uma forma elaborada de dizer que estou fora desta sociedade terrível."

Sua mãe foi assistir ao espetáculo e disse:' Isso é impossível! Você não pode quebrar... Quantos? 200? Impossível! Imagine! Na Suíça até mesmo um prato quebrado é um absurdo!... Não quebre!" Então ele perguntou: "Quantos pratos você acha que devo quebrar?" E ela respondeu: 'Eu não sei... cinco, seis, mas não 200. É melhor você quebrar apenas dois, no máximo." Byland acha a Suíça um país muito limpom higiênico ordeiro demais para tolerar até mesmo um prato quebrado,"

"Por trás do nariz vermelho" por Guilherme Novelli, entrevista com Pierre Byland para a revista da cultura. edição 69, Julho de 2015. uma publicação da livraria cultura (distribuição gratuita na livraria cultura)

 * o título é de minha autoria


O SAGRADO E O SENSUAL

O sagrado e o sensual/sexual vivem muito próximos um do outro na psique, pois eles despertam nossa atenção por meio de uma sensação de assombro, não por alguma racionalização, mas pela vivência de alguma experiência física do corpo, algo que instantaneamente ou para sempre nos muda, nos sacode, nos leva ao ápice, abranda nossas rugas,-nos dá um passo de dança, um assobio, uma verdadeira explosão de vida. No sagrado, no obsceno, no sexual, há sempre uma risada selvagem à espera, um curto período de riso silencioso, a gargalhada de velha obscena, o chiado que é um riso, a risada que é selvagem e animalesca ou o trinado que é como uma volata. O riso é um lado oculto da sexualidade feminina: ele é físico, essencial, arrebatado, revitalizante e, portanto, excitante. É um tipo de sexualidade que não tem objetivo, como a excitação genital. É uma sexualidade da alegria, só pelo momento, um verdadeiro amor sensual que voa solto e que vive, morre e volta a viver da sua própria energia. Ele é sagrado por ser tão medicinal. É sensual por despertar o corpo e as emoções. Ele é sexual por ser excitante e gerar ondas de prazer. Ele não é unidimensional, pois o riso é algo que compartilhamos com nosso próprio self bem como com muitos outros. É a sexualidade mais selvagem da mulher.

PINKOLA ESTES, CLARISSA. MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. ROCCO Rio de Janeiro 1999. 


HUMAN IDADE

 .

"Quando nós nos curamos , outros são curados. Quando educamos nossos sonhos, nós damos à luz os sonhos da humanidade. Quando andamos como aspectos amorosos da Mãe Terra, nós nos tornamos os férteis, Mães da Força Criativa que dão vida. Quando honramos nossos corpos, nossa saúde e nossas necessidades emocionais , fazemos espaço para os nossos sonhos de vir a ser . Quando falamos a verdade dos nossos corações curados , nós permitimos que a vida abundante para continuar em nosso Planeta Mãe " .
" Como mulheres, estamos escrevendo continuamente a história do” Legado das Mães Originais”. Nós não podemos apontar o dedo para os homens ou o outro sem possuir a dor de gerações passadas que se esqueceram como dar ou ensinar a compaixão humana . Nossas próprias árvores genealógicas estão cheios de situações de ensino e com exemplos trágicos que pode ter cegado nossos ancestrais com os valores de verdade como ela é encontrada no amor. Agora, o destino da totalidade da raça humana cai para a Irmandade , porque todas as coisas são nascidas de uma mulher " .
"Quando cada mulher homenageia seu Ser, mais cru, energia criativa está disponível para ser usado por toda a efetuar mudanças na forma como a humanidade reage à vida. Quando as mulheres já nãose escutam, pedindo a outros para lhes dizer o que devem fazer ou como devem viver , não haverá grandes mudanças no nosso mundo. Isto não é para dizer que os laços de amizade e mulheres não estão para ser usados ; pelo contrário, o apoio de outras mulheres que caminharam pelo mesmo caminho é primordial. Este tipo de apoio é baseada na verdade e entregue com cuidado , sem projeções ou julgar o outro. Esse tipo de apoio é saudável e produtivo , quando outras mulheres criam um lugar seguro para compartilhar pensamentos pessoais e oferecer alternativas de uma forma respeitosa. A irmandade sempre apoia toda mulher que está disposta a superar seus próprios desafios , a fim de crescer. "
" O legado de mulher precisa libertar-se da era da espada que criaram mulher contra mulher, mulheres contra homens ou mulheres capazes a destruir -se através de sabotagem .... não há necessidade de se envolver com o drama e mesquinhez que tem mantido nos de alcançar a harmonia humana quando estamos ocupados trabalhando em se tornar nossas visões pessoais. "
" A auto-estima é recuperada quando o princípio feminino de nutrir o Self é praticada , em vez de esperar que o nosso senso de inteireza que vir de nossa relação com a outra pessoa. Quando nós nos preocupamos o suficiente para nós para levar o tempo que precisamos para dar ao Eu , vamos sentir completa. "
Em todos os casos , não importa como a situação se apresenta, cada indivíduo é responsável por vê-la ou o seu próprio dano e para encontrar uma maneira de curá-la sem fazer a outra pessoa responsável por essa dor. Este é o caminho do princípio carinho feminino : ir para dentro , encontrar o problema e corrigi-la por meio de alimentar a si mesmo " .
Jami Sams












quarta-feira, 22 de julho de 2015

POEMA SEM IDADE SOBRE TERRA, FOGO, ÁGUA E QUE RIMA COM AR




Pássaros livres querem voar
com outros pássaros delirar
na calma do delírio
sonhar
na imobilidade
movimentar
no realizar
respirar
pássaros livres querem voar
Ana Piu
Br, 22.07.2015
foto: Robin Isley

ALMAS FAMINTAS*


"A mulher previamente ingênua precisa encarar o que ocorreu.
O assassinato cometido pelo Barba-azul # de todas as suas esposas "curiosas" é o assassinato da criatividade feminina, aquela que tem o potencial para desenvolver todos os tipos de aspectos novos e interessantes. O predador é especialmente agressivo ao armar emboscadas para a natureza selvagem da mulher. No mínimo, ele procura escarnecer da ligação da mulher com seus insights, suas inspirações, sua persistência e tudo o mais: e, no máximo, ele tenta romper essa ligação. (...)
Uma alma faminta pode ficar tão cheia de dor que a pessoa não consegue suportar mais. Como as mulheres têm uma necessidade profunda da alma se expressar em seus próprios estilos de alma, elas precisam se desenvolver e florescer de um modo que faça sentido para elas, sem serem molestadas pêlos outros. Nesse sentido, a chave com o sangue poderia também representar as linhagens femininas que vieram antes de cada mulher. Quem dentre nós não conhece pelo menos uma mulher amada que perdeu seus instintos para fazer boas opções na vida e foi, assim, forçada a viver uma vida alienada ou pior? Talvez você mesma seja essa mulher."
CLARISSA PINKOLA ESTES, MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS
Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem, ROCCO Rio de Janeiro, 1999
* Titulo de minha autoria
# nota minha: a figura do Barba- azul pode ser qualquer coisa ou situação que nos sufoque, que nos castre. Seja um Estado economicamente falido; uma situação politica que rouba a identidade às pessoas não promovendo a cultura e arte; sejam relações de trabalho baseadas no salve-se quem puder; sejam relações amorosas que de amorosas nada tem pois movem-se a uma lógica de senhores e serviçais. E o Barba-azul que existe dentro de nós é o principal responsável pelas situações anteriores. Ah poizé!
foto: "AS DESAVENTURAS DE MÁ RI BÔ", Ana Piu
Centro Cultural das Caldas da Rainha, Portugal. Na mostra de palhaços do Teatro Pim. 2014


E AGORA VAI!(O SAMBÓ FADUCHO TERRIM TIM TIM)


o que me despista
é ainda o mundo ser tão machista
não falo só dos homens não
mas sim da cultura das mamas e do bundão
ele há mulheres que é de fugir
sinto que a minha cabeça é um menir
não entra, ah pois não encaixa
quando nos metem numa caixa
ai que preguiça
que tenho
até perco o empenho
de me dizer mulher
nesta confusão do ser!
ele o gato e gatinha
até se me cai a bainha!
ele é a modelo e o gostosão
no meio disto tudo onde fica a emoção?
aiiii! mas aiiii!
devo ser eu a careta
que não atinjo a meta
aiii! mas aiii!
sou mais lerda 'cas coisas lerdas (o r deve ser pronunciado com suavidade e firmeza)
mas antes isso que rimar com m...............
vamos lá, oh pessoal
algo mais sentimental
vamos, lá oh galerada
que puberdade não é a nossa parada!
Ana Piu
Br, 22.07.2015

VALSA DUMA MIGRANTE QUE FALA O QUE NO CORAÇÃO LHE É SONANTE


vim do fundo da terra
não. não sou da guerra, não
sinto com o coração
quem sempre desejou e teve poder em algum momento disse que o meu lema era o conflito
tudo o que é rótulo é mito
sou atemporal
e estou na boa
será por ser de Lisboa?
sou de Portugal
mas não sou imperial
tampouco colonial
todos somos do espaço sideral
sou do mundo
a minha ancestralidade vem lá do tempo profundo
isso aí nem falar vou
parece conversa do bisavovô
sou migrante, sim senhora
aqui e agora
vou ficar e não vou dar o fora
porém, escrevo como quem aqui há muito mora
ah pois, pois é!
ser de fora de vez em quando é um banzé!
fica entre a irmandade e a dificuldade
o acolhedor com algum ardor (eheheh entre o amor e a dor bilhaque 'caria! ihih)
quem esta que aqui que nos vem "criticar"?
deve-se estar a armar!
deve ter a mania
quem não ficou já ia
não sou protótipo de mulher fatal
a singularidade nunca é igual
e por aqui tem gente muito legal
assim como leal
que fiel
rima com granel
que não se sabe bem o que é
e para mim fazer méééé
custa muito
ser do rebanho
é cá um trabalho tamanho!
vim do fundo da terra
não. não sou da guerra, não
sinto com o coração
já fui acolhida assim como desprezada
assim é vida de quem quer ser ousada
no entanto tenho uma certeza
em todo o lado existem seres
que são força da natureza
Ana Piu
Br, 21.07.2015
obs: O Brasil é muito baril por existirem muitas tribos e isso eu já sabia! DIVERSIDADE! DIVERSIDADE! UUUFF RESPIRO DE ALIVIO! :)))) não é primeira vez que aqui venho

terça-feira, 21 de julho de 2015

MÃE

mãe, eu sinto sobre os meus pés o teu coração escutar
estamos vivas
estamos vivos

o fogo está no centro da terra
a magia está no ar
o gelo está na terra
e debaixo do gelo está o fogo bem no centro da terra
e a magia está no ar

tem o núcleo central
energia vital
tem a crosta
tem o manto
e tem o canto

tem a terra
e o espaço sideral
tudo o que é vital e essencial

mãe, eu sinto o teu coração pulsar
estamos vivos
estamos vivas

mãe, onde estivermos
estaremos sempre em escuta
no silêncio musical das estrelas
que beijam a terra nas noites escuras e de luar

mãe, onde estivermos
estaremos sempre iluminadas e iluminados pelos sol

é isso, mãe, que é viver no espaço sideral
movendo-nos de energia vital
vivendo do que é essencial

Ana Piu
Brasil, 21.07.2015



MULHERES E CUNHANTÃS (Badi Assad)


nós, que trazemos um vulcão dentro do coração
eruptivas, germinamos toda nossa emoção
impermeável maré, incansável fé,
no peito um enxame de abelhas
que morde e que dá mel, que zumbe e cheira a flor
que amedronta e que é mistério
beleza pura
nós, sem nós na garganta
sem sermos santas, poder que emana
pequenas e tamanhas fogueiras de inquietante pulsar
recriando tudo com toda a lucidez
esquadrilha mágica de corações abertos
correntes elétricas, oásis no deserto
decifrando segredos, seres do amanhã
anciã, mãe, índia, maga, cunhantã
crias nas mãos de tupã, forças de titã
milhares de corpos em ímã
nós, sem nós na garganta
sem sermos santas, poder que emana
pequenas e tamanhas fogueiras de inquietante pulsar
recriando tudo com toda a lucidez
um forno ligado. Um micro, macro ser
um vendaval de verdades, um arsenal de paisagens
furacão de amor, caleidoscópio
hipotálamo, helicóptero de aura selvagem
um balde de beijos humanos,
uma fralda nos fragosos anos
um caldo nas caldas profanas
um canto no canto solitário,
uma alma na voz do mundo
uma semente no ventre mudo, mudança.

cuidar da nossa ancestralidade

SEM FRIM FRINS NEM FROM FRONS


Outro dia uma amiga indicou três máscaras sociais: máscara da amorosidade, da serenidade e do poder. Depois perguntou com qual me identificava. E eu zás! Identifiquei! Há que ser honesta para mim "mema"! Ah poizé! Olharmos a nossa máscara de frente permite-nos tirá-la e sermos mais nós sem ais nem uis.
Depois, numa outra conversa ao falar de desapego encontrei esse trocadilho de nós nos desapegarmos do nosso ego e uma vez mais sermos mais nós. Sem ais nem uis nem frim frins nem frons frons. Mais nós próximos de nós e dos demais. Ah poizé!
Ana Piu
Br, 17.07.201

SENSIBILIDADE E ADRENALINA


Equilíbrio, sensibilidade, muito foco e algum risco. Sem risco a coisa não tem tanta adrenalina.
Ana Piu
Br, 20.07.2015

TUDO ESTÁ BEM QUANDO CONVERSAMOS UNS COM OS OUTROS


Antes de tudo há que ter uma conversa franca com a pataria para que esta se mantenha nos seus lugares, de cintos apertados.
Ana Piu
Br, 2007.2015

ORGANIZAÇÕES

Devagar se vai ao longe, devagar eu chego lá.

ORGANIZAÇÕES



O poder da organização do coletivo no deserto, num aparente caos.
Ana Piu
Br, 21.07.2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

PELA PEDAGOGIA DO PRAZER ou VOAR COM AS SUAS PRÓPRIAS ASAS



É possível ensinar alguma coisa a alguém  Como despertar o prazer de mergulhar em algo?

Entusiasmo, vontade, rigor e prazer são as forças motrizes da pedagogia do prazer. A pedagogia do prazer tem como base o jogo, premiado pela criatividade e positivismo.

Um destes dias um aluno falou que quanto mais desconstrói as suas verdades mais próximo de si se encontro.
Para se fazer algo bem, inteiro é necessário paixão, entrega e desejo de aprender. Aprender a aprender.

E o Jesus Jara, palhaço, pedagogo e diretor teatral, contra indica o trabalho de palhaço a pessoas insensíveis, vaidosas, herméticas e amarguradas. Jara aconselha que para aproveitar este trabalho há que vir com uma atitude lúdica, apaixonada, receptiva para viver uma experiência cheia de aventuras emocionantes e divertidos desastres.

É urgente juntarmo-nos por uma pedagogia do prazer. Sim, através da pedagogia do sofrimento podemos obter alguns resultados. Porém, a energia que gastamos no sofrimento faz-nos perder forças para obter resultados ainda melhores. Mais transbordantes de alegria e paixão pelo que se faz. A pedagogia do sofrimento é autoritária, mal educada, insanamente competitiva. Focada no êxito e fracasso, a pedagogia do sofrimento tira a oportunidade de sermos livres para nos transcendermos. Muitas vezes numa atmosfera de urgência, a sua prática pode ter efeitos devastadores para as pessoas e para a sua auto estima.

Na pedagogia do prazer pretende-se recuperar para os adultos a maneira de aprender da infância desde o jogo e a espontaneidade, se divertindo em um processo de aprendizagem baseado na curiosidade e experimentação. Sem dramatizar, com entusiasmo, vontade, esforço, aceitando com naturalidade a dinâmica da tentativa e do erro, e percebendo que sempre é melhor aprender desfrutando que sofrendo. (JARA 2014)

Ana Piu​
Br, 16.07.2015

Bibliografia:
Jara, Jesús “ El clown um navegante de las emociones” Octaedro, Barcelona: 2014.

FLAMEJAR


Chama que flama : manter viva a chama, mesmo quando esta é pequena. Mantendo-a acesa, aquecendo a vontade que nos faz mover, caminhar, continuar. Muitas vezes caminhamos no deserto durante temporadas e de repente vislumbramos o mar.
Flamejar: almejar com flama, num caminhar tranquilo com os pés enraizados na terra entre o calor, o ar e a água.
Ana Piu
Br, 16.07.2015

segunda-feira, 13 de julho de 2015

A HISTÓRIA DA MENINA DOS SAPATOS ROSA ( oficina de criação de histórias no Tico Tico no Fubá)

Era uma vez uma menina que tinha uns sapatos rosa. Ela caminhava tanto  que ficou cansada e adormeceu. Depois veio um príncipe que pegou nela e levou para casa dele e colocou-a na cama. Ela ficou lá dormindo. Quanto ao príncipe não sabemos o que aconteceu. Porém, essa menina acordou. Olhou para um lado, olhou para o outro e viu que o príncipe não 'tava. Ela resolveu tomar o café da manhã e depois dormiu um sono tão profundo que quando acordou já era outra pessoa.

Maria 3 anos
Giovana 3 anos
Ana Piu 5 anos ( 4 mais uns anos)


A INTRIGANTE HISTÓRIA DA GALINHA BALBINA E DA CENTOPEIA MEDEIA

Era uma vez uma galinha Balbina e a centopeia Medeia que passeavam no meio do sitio. Veio um ser que o nome era Não Sei. A esse ser aconteciam coisas muito estranhas que nem mesmo ele sabia. A galinha e a centopeia andavam intrigados com tal acontecimento.

Giovana 3 anos
Ana Piu 5 anos ( 41, 4 mais uns)


A BRUXA E O CACHORRO PIERRE ( oficina de criação de histórias no Tico Tico no Fubá)

Era uma vez uma bruxa que todo o mundo achava que era  era do bem. E houve um menino, um tal de João, que falou que ela era do mal. Ih ih ih. Daí o cachorro ficou pendurado pela coleira da bruxa Purara. Ele voou tão alto pendurado na vassoura que sentia um frio no estômago e medo  de cair. O cachorro Pierre. A bruxa Purara era um pouco gigante e distraída. Ela não viu logo o cachorro. Quando viu, como ela era do bem, trouxe o cachorro até à fazenda e os outros agradecidos convidaram a bruxa para beber um chá e esta se tornou amiga da família e sempre trazia uma torta para comerem juntos.

Maria 3 anos
Giovana 3 anos
João 3 anos
Ana Piu 5 anos ( 41, 4 mais uns)


A BRUXA GALALAU ( oficina de criação de histórias no Tico Tico no Fubá)

A bruxa Galalau tinha garras para arranhar a bruxa do mal, que se chama Bibia.
Certa vez a bruxa Galalau entrou  pela chaminé para pegar as compotas de morango e framboesa da casa. Daí todo o mundo ficou chateado por a Galalau levar as compotas toda da cozinha. Só que ela fez uma torta gigante para fazer uma grande festa para todo o mundo. E aí todo o mundo ficou agradecido à bruxa Galalau.

João 3 anos
Ana Piu 5 anos ( 41, 4 mais uns)


A PESSOA, O GATO E O DRAGÃO ( oficina de criação de histórias no Tico Tico no Fubá)

Era uma vez uma pessoa que tentou salvar um gato e o gato se pôs a nadar. Depois caiu lá no fundo do mar onde havia um jardim com um dragão pequenininho. Daí o dragão tropeçou nas escadas do fundo do mar, daí veio um peixe grande e comeu o dragão. O gato correu de novo para o barco. E o barco começou a voar e o barco foi para casa dele onde haviam muitos brinquedos. Depois o que aconteceu nós não sabemos.

Maria 3 anos
Giovana 3 anos
Ana Piu 5 anos ( 4 mais uns)

atelier49


AS MENINAS DO BALANÇO ( oficina de criação de histórias no Tico Tico no Fubá)

A menino e a menina estavam balançando em pé, lá muito no alto. Balançaram tanto que caíram lá no fundo do mar onde tinha dragão. Daí o dragão mordeu as meninas. Veio o urso no fundo do mar e engoliu as meninas. Tentaram se salvar e o urso engoliu as meninas. Tentaram se salvar mas não conseguiram e ficaram lá dentro para sempre, para todo o sempre, para todo o sempre mesmo.

Maria 3 anos
Giovana 3 anos
Ana Piu 5 anos (41 ou 4 mais  1)





FAZER AMOR COM A VIDA ou A VIDA É CÁ UMA MALUCA NOS DIAS QUE ESCORREM



Nesse caso... o melhor é sair do face e outro tipo de redes sociais e circuitos institucionais e institucionalizados, assim como de outras coisas que tais que façam os seres humanos esquecerem de si na essência das essências. AH! E VIVER SEMPRE COM ESTILO, GLAMOUR E CAVALHEIRISMO COM FLORES DO CAMPO E DOCINHOS CASEIROS SEM AGROTÓXICOS! E A VIDA SORRI, pois esta não é estranha, só um pouco esquisita quando muito sofisticada às vezes, mas com muita piada! smile emoticon
Ana Piu

ORA TOMA! ZA VER, COMO A LINEARIDADE NÃO EXISTE!


Realmente estou mesmo de acordo com a imperfeição de tudo o que há no mundo, inclusive nós mesmos. E a própria imagem fala por si. Ah pois! O detalhe da janela com grade! Prontos, também está bem! Ele há janelas que até se podem abrir, mas tem sempre aquela grade como quem diz: A liberdade existe, mas não é perfeita. Essa é a realidade! E se fosse perfeita não pareceria real. Parece-me.


Ana Piu
Br, 13.07.2015


 

INCÓGNITAS RETESSENCIAIS


Pronto! Aqui temos uma situação semelhante a um indeterminismo determinante. A pessoa vai por uma boa causa e não sabe quando volta, reticências. Agora fica ao critério do leitor se o voltar implica infelicidade ou apenas voltar ao lar só quando encontrar essa tal de felicidade. Talvez quando volte já não hajam muros e ameias. Vamos ser utópicos, que é uma maneira de ser feliz.

Ana Piu
Br, 13.07.2015




 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

A VIDA TEM DESTAS COISAS


Ali estava ela, dentro do quadro
aparentemente intocável e imóvel
o menino espetou o pequenito dedo
ela virou-se, sorriu e perguntou:
tudo bem?
os garotos correram tanto, mas tanto que até hoje guardam memória
ainda não sabem se muito agradável ou quase agradável, mas tremelicante
Ana Piu
Br, 7.7.2015
                                                             foto: Alécio de Andrade
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SEM TITULO OU POP ART?

uma rede de acontecimentos fixados numa polaroide para uma capa de disco duma banda pouco conhecida, mas muito ouvida nos meios mais alternativos daquela cidade conservadora de interior
Ana Piu
Br, 7.7.2015


PROGRAMA DO MOVIMENTO DAS FORÇAS AMADAS




Considerando que, ao fim de milhares de anos da existência da humanidade, o sistema vigente não conseguiu definir, concreta e objetivamente, um paradigma que conduza à paz entre os seres viventes de todas as "raças" ( não existem raças p'ra já, p'ra já) e credos;
Considerando que a definição da competição, vulgus acotovelamente e diminuição do outro para nos valorizarmos, é nocivo para a saúde de todos nós, só é possível com a nossa auto observação podermos mudar internamente a nós mesmos e quem sabe as suas instituições, esse mal (des)necessário. Transformando-as a estas e a nós, pela via da honestidade e amor verdadeiro sem pieguices, em algo respirável e emocionalmente sustentável.
Considerando ainda que a substituição de inúmeros valores, entre os quais a não consciência de quando nos oprimimos a nós mesmo e o por consequência os demais, afetando sistema nervoso interno, assim como a paz, o progresso e o bem-estar do coração:
O Movimento das Forças Amadas, na profunda convicção de que interpreta as aspirações e interesses da esmagadora maioria do Povo global e de que a sua cção se justifica plenamente em nome da salvação da Humanidade, fazendo uso da força do Amor que lhe é conferida pelo Coração através dos seus soldados da paz, proclama e compromete-se a garantir a adoção das seguintes medidas, plataforma que entende necessária para a resolução da grande crise internacional de valores humanistas que o mundo atravessa:
A - Medidas imediatas
Sorrir sempre, e que esse sorriso parta da curva mais escondida do estômago.
Respirar sempre, criando espaços plenos para a nossa vida e lindas clareiras para nos deitarmos ao sol acompanhados de nós mesmos e quem sabe de alguém que nos é querido num movimento perpétuo de respeito e admiração.
Não usar palavras à toa e sim pô-las em prática com um sentido maior que não é mais nem menos que o Amor. Um amor com A grande, claro! Que quando o sol nasce é para todos, embora muitas vezes ele se esconda atrás das nuvens ou de tão forte que está temos de usar uns´"ólicos" escuros. Mas ele está lá, o sol, à nossa espera. Assim como o Amor, defendemos nós, os do movimento das Forças Amadas.
adaptação do PROGRAMA DO MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS, encontrado no site do centro de documentação 25 de Abril.
Ana Piu
Br, 09.07.2015

© A N D R E A S • F R A N K E
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terça-feira, 7 de julho de 2015

A VIDA COMO ELA QUASE É

Não , por mais que estejamos na mesma situação nós não somos gregos. Há anos que na Grécia ou vai ou racha. Quanto a Portugal já nada tenho a declarar acerca do assunto. Já tá tudo dito e sabido por nós todos. Por aí deve estar um calor dum camândrio. Alguns choram a morte da nonagenária Maria Barroso, primeira dama do socialista anti fascista ex preso politico que foi ministro, primeiro ministro e presidente da República e que dança no centro do salão, tanto para o lado esquerdo como para o lado direito. Um dos responsáveis pela situação atual  de Portugal. Mas deixem lá o homem! Tem as suas inúmeras virtudes, além de estar velhinho e merecer especial respeito no dia de hoje.

Aqui está daqueles dias que podia ser Natal. Ai! E eu ainda nas minhas confusões de fuso sazonal de haver calor em Dezembro e dias escuros em Julho!

A vida continua tanto aqui como em qualquer lugar, para aqueles que acordam e se deitam todos os dias. Há os que não dormem. Mas esses arriscam-se  a que a sulipampa seja maior. Enquanto isso leio coisas do género: ' O riso e o risível na história do pensamento". Depois penso, que por vezes seria melhor nem pensar e deixar que a vida tome o seu rumo naturalmente sem bancos, bancas nem bancas rotas . Enquanto isso Iggy Pop dança e saltita numa eterna juventude de tronco nu. 'I' m a passanger. La ra la ra la la. Ponho o volume no máximo e volto ao "Riso e as relações de poder nos textos de humor." E a vida continua.


Ana Piu
Br, 07.07.2015

ilustração: atelie49, Lisboa

segunda-feira, 6 de julho de 2015

CÓDIGO DE HONRA DAS MULHERES CELTAS (assim como assim com toda a certeza as minhas origens são celtas, minhas e das minhas conterrâneas. Porém, todavia, contudo este código é universal para todos os géneros e orientações, declaro eu agora a ditadora da liberdade!

Jamais permitas que algum homem a escravize, nasceste livre para amar e não para ser escrava.
Jamais permitas que teu coração sofra em nome do amor. Amar é um ato de felicidade, por que sofrer?
Jamais permitas que teus olhos derramem lágrimas por alguém que jamais fará você sorrir!
Jamais permitas que o uso do teu próprio corpo seja cerceado. O corpo é moradia do espírito, por que mantê-lo aprisionado?
Jamais te permitas ficar horas esperando por alguém que jamais virá, mesmo tendo prometido.
Jamais permitas que teu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome tu sequer sabes!
Jamais permitas que teu tempo, corpo e coração seja desperdiçado por alguém que nunca terá tempo para ti.
Jamais permitas ouvir gritos em teu ouvido. O Amor é o único que pode falar mais alto!
Jamais permitas que paixões desenfreadas te transportem de um mundo real para outro que nunca existiu.
Jamais permitas que os outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-os virar um grande pesadelo.
Jamais acredites que alguém possa voltar quando nunca esteve presente.
Jamais permitas que teu útero gere um filho que nunca terá um pai.
Jamais permitas viver na dependência de um homem como se tu tivesses nascido inválida.
Jamais permitas que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar os brilho de teus olhos a dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de ti.
E, sobretudo, jamais permita-se perder a dignidade de ser mulher!"

obs: um grande muito obrigada pleno de gratidão agradecida Joel, pela tua partilha transatlântica
foto: Mostra de palhaços Almada, Portugal 2011

COM ESTA AGORA FEZ-SE LUZ NA MINHA MENTE! TANTOS ANOS EQUIVOCADA!!! ................................ MAS ESPERA AÍ! DEIXA SÓ OLHAR P'RA O RELÓGIO! ESTAMOS EM 1915 OU EM 2015?!?!?!

"Siga os três mandamentos listados a seguir para se casar com o homem dos seus sonhos: 1º) transforme-se no melhor que puder!; 2º) deixe-o assumir o comando, se for mulher; se for homem, assuma o comando você!; e 3º) siga as regras e, casando com o seu amor, viverá feliz para sempre!
Estes três exemplos fictícios, embora verossímeis, perpassam os livros de auto ajuda sobre casamento, namoro e relações amorosas: a individualidade enquanto estratégia de conquista, a conjugalidade como norma, e as distinções de gênero. (...)
Entre as obras dirigidas às mulheres estão: Como conquistar um homem negro (Monique Jellerette e Casandra Marshall, Editora Summus); Como fisgar um solteiro (Ana Luisa Carvalho, Ed. Gente); Como casar com um homem dos seus sonhos (Maragreth Kent, ed. Rocco); Os homens são de morte e as mulheres não ficam por menos: Tudo o que nós homens achamos que uma mulher deveria discutir com seu homem ( Eduardo Nunes, Ed. novo Século)
in: Anunciação, Silvio "A literatura de autoajuda e as estratégias da fisgada", Jornal Unicamp, Campinas, 22 a 28 de Junho de 2015
Com esta só me resta uivar à lua aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhh uuuuuuuuuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh aaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhh uuuuuuuuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh Popey help meeeeeee (espera aí!) Popey don't help meeeeeeee (espera aí! Estou confusa. Já não reconheço o Popey. Vou sou uivar, então)
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhh uuuuuuuuuuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhhhhh aaaaaahhhhhhhhhhhhhhhh uuuuuuuuhhhhhhhh
Ana Piu
Br, 05.07.2015

O PECADO DO INTELECTUALISMO



"... um dia vou me redimir do pecado do intelectualismo..." estas são mais ou menos as palavras do Gilberto Gil, de quem muito admiro e respeito. Mas agora pergunto eu, com um olho no horizonte outra no esgoto, dando ares duma profundidade onírica realista: O intelectualismo é um pecado ou o pecado é um intelectualismo?
Ponho-me então a imaginar o intelectualismo a dar um beijinho de boas noites ao pecado e a desejar bons sonhos.
Porque não?
Ana Piu
Br, 04.07.2015