segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

TODOS OS PENSAMENTOS E AÇÕES SEM HUMOR SÃO RIDICULOS

A pessoa entra num sebo (loja de livros usados) para comprar umas revistas antigas para forrar a sua caixinha de teatro de miniatura. Resultado: encontra um livro de truques de mágica muito em conta para montar um número de magia palhacesca e encontra esta revistinha também muito em conta. A capa e contra capa são tudo! Nada aparece na nossa vida por acaso. Tudo é um sinal ;) ;) um sinal cósmico. Quem diz cósmico diz gósmico. Sim! Porque eu vou finalizar a Ai escool! Ah pois vou. Não essa revistinha que vai dizer o contrário! Não tenho 17 anos, mas não faz mal. Também não sou loura. Também não faz mal. Já fui quando tinha 2, 3 anos. Hoje tenho o cabelo cor de avelã com apontamentos esbranquiçados e não me importa de ser ridícula. Essa é a minha profissão! Ser ridícula tem um certo charme.. E também sou muito próxima do Pessoa quando ele escreve que todas as cartas de amor são ridículas.  Se  todas as cartas e amor são ridículas. Amor e humor um casal prefeito. Humor é um lubrificante para o pensamento. VIVA O PENSAMENTO E A AÇÃO LIVRE! Não vou acabar a Ai escool... Ai não vou não! Era o não ias! Já vai a imprimir e tudo! tzzzzzzzz


Ana Piu
Br, 20.02.2016



REGRESSO

resgate
ecológico
naturalmente
ancestral
totalmente
onírico
Ana Piu
Br, 29.02.2016
Desenho: Enki Bilal

O QUE VAI AQUI NÃO VAI NA NOSSA ALDEIA ( série sabedoria ancestral)

“Se todas as crianças de oito anos aprenderem meditação, nós eliminaremos a violência do mundo dentro de uma geração”
~ Dalai Lama



Assim dizia a minha avó quando a situação estava uma confusão, uma baderna, uma " maluquêra " pegada sem pés nem cabeça, tudo de pernas para o ar que "ninguém mais sabe de que terra é".
Mas aquela expressão "fazia-me espécie"... Ora aqui já não é a nossa aldeia? Então se não é, a nossa aldeia é onde? Bem sei que a aldeia da minha avó ficava lá no Alentejo, mas quando mudamos para outro lugar essa aldeia passa a ser a nossa, mesmo quando desarrumada.
Mas eu cá acho que voltar à aldeia é voltar ao lar, ao self, a nós mesmos. Quando tudo está uma grande confusão estamos longe da nossa aldeia, seja a nível individual e/ ou coletivo. Voltar à aldeia é fechar os olhos e sentir o sopro da vida limpar e organizar o que é essencialmente essencial na essência, voltar à terra dançando com o cosmos num fluxo continuo.
Ana Piu
Br, 29.02.2016

REGRESSOS TELEGRAMÁTICOS

ontem
tive
a
necessidade
enorme de
regressar
ao
nosso
aqui e agora
agora
nada
terminará no
ontem
amanhã
novos
amanhãs
trarão
urgências calmas
para hoje
Ana Piu
Br, 29.02.2016
desenho: Enki Bilal

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

" QUANDO UMA PESSOA VIVE DE VERDADE, TODOS OS OUTROS TAMBÉM VIVEM" " TANCOLÓ NAGYMAMÁK!

Desde sempre esteve esperando por você na sua floresta interior, uma mulher, a maior das maiores, sentada à beira da maior das maiores fogueiras. Apesar de você atravessar a escuridão esmagadora para criar diamantes, ou o deserto que a priva de tudo mas que a sustenta com sua água oculta, apesar de ter de se desviar ao chegar ao rio para ser transportada por sobre as corredeiras por mãos invisíveis... apesar de toda e qualquer luta... aquela mulher, a maior das maiores, em pleno espírito, está à sua espera, enviando pacientemente mensagens pelo sistema de raízes da sua psique de todos os modos possíveis. Esse é o trabalho dela, o maior dos maiores. E o maior dos maiores trabalhos que cabem a você é encontrá-la e mantê-la para sempre.
"Quando uma pessoa vive de verdade, todos os outros também vivem."
“Táncoló Nagymamák” A Ciranda das Mulheres Sábias
Estés, Clarissa Pinkola ' A CIRANDA DAS MULHERES SÁBIAS
Ser jovem enquanto velha, velha enquanto jovem" Rocco RJ 2007
Imagem: Yana Movchan

TIPO GÉNERO DO ESTILO YING E YANG ( série provocações para abrir corações )

- Vocês feministas falam falam mas vocês querem um macho!
- Ooops essa agora pegou-me de surpresa. Espera, espera, espera. Três vezes espera. Vamos por partes! Vocês quem? Quem te disse a ti que sou feminista? Entre isto e aquilo sou humanista. Bem sei que há feministas que são a reprodução do que criticam, são o outro lado da moeda do machismo. Depois há as feministas que não se atraem por homens e sim por mulheres. Assim como há mulheres que são homo ou bi que não são feministas nem humanistas. Ainda há as que sendo ou não feministas não procuram nem desejam um macho e sim um Homem com AGÁ GRANDE. Um Homem ou Mulher com M GRANDE DE MAIOR, DE SENTIMENTO MAIOR. Com M de Muito e não de Medo Medricas. Qual macho qual quê? Os machos são aqueles que querem uma fêmea que não passa dum buraco com duas pernas e um paninho para limpar o yogurte que caiu no chão? Ai ai ai o que andamos a fazer da nossa vida!... Como já a minha avó dizia: "O que vai aqui não vai na nossa aldeia!"

Ana Piu
Br, 26.02.2016

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

DEIXA P'RA LÁ (diário de bordo de etnografias dum dia a dia como tantos outros entre sujeitos sociais inseridos num micro organismo)

Eram tão amigos tão amigos que pareciam família
Eram tão família tão família que pareciam que já não eram assim tão amigos.
Uma espécie de relações incestuosa entre seres que eram família mas não era e que era mais ou menos assim assim não muito mas quase um pouco de amigos.
Não dava para entender se todos dormiam com todos ou só com alguns e só às vezes, mas que fica no dizível indizível de competições entre irmãos.
Mas que havia uma espécie de energia sonolenta raiando a sonolência dos afetos lá isso dava para sentir!
Ana Piu
24.02.2016

VAI DE RODA E GIRA SEM PARAR (diário de bordo de etnografias dum dia a dia como tantos outros entre sujeitos sociais inseridos num micro organismo)

" O gato preto cruzou a estrada/ Passou por debaixo da escada./ E lá no fundo azul/ na noite da floresta. /A lua iluminou /a dança, a roda, a festa." (Secos e Molhados- "O vira" )
Iracema era amiga de Marilia que já tinha beijado Julião que era quase amigo de Luis que já tinha beijado Iracema, Marilia e Manu. Manu gostava de Luis, embora estivesse com Paulo. Paulo quando encontrava Luis olhava para Iracema que não estava com ninguém. Mas quando era para interferir na relação de alguém lá estava Iracema lançado um charme de amiga. Só amiga Iracema era de Paulo, Luis e Julião! Não queria nada mas divertia-se em marcar território para as outras feministas como ela, mas que não dançavam como ela com os seus amigos que não se podiam ver uns aos outros por questões passionais.
Julião encontrava algo interessante em Mónica, mas preferia ficar com Luciana pois considerava que assim era mais seguro. Luciana não acreditava muito no amor de Julião, mas sempre se divertia um pouco em boa companhia.
Já Mónica... Ao que consta Mónica gostava dançar e cantar Secos e Molhados. Cantava e dançava de braços abertas e cabeça para trás debaixo de chuva, enquanto o clima era de andar tudo num virote quase lânguido, mas não muito porque amar dá muito trabalho.
Ana Piu
Br, 25.02.2016
E por todas as filhas e velhas que apoiam o que é bom e afastam a obediência cega a qualquer super cultura que premie somente a forma
nivelada e deprecie o pensamento... por todas as filhas e velhas que estão se tornando escaladoras cada vez mais astutas de montanhas místicas e que por vezes percorrem caminhos acidentados... por aquelas que cada vez mais põem alma no que dizem, e pelos animais, águas, terras e céus... pelas que mantêm caldeirões cada vez mais fundos, que são a lente
que amplia a luz do farol, que se erguem como terra firme, onde antes não havia terra... por aquelas que estão inflamadas com o desejo de
ensinar e de aprender, pelas que estão apenas descansando para poder se levantar com prazer mais uma vez... por essas flores noturnas cuja fragrância tem um efeito profundo e prolongado, muito embora os botões estejam ocultos...
(...) pelas filhas e velhas que sempre se interessam mais em ser amorosas do que em estar com a "razão"... Por elas... que se deem conta de como sua vida é preciosa, de como, apesar de quaisquer imperfeições, elas são exatamente os baluartes, as pedras de toque, as notas fundamentais, os
paradigmas necessários.
Clarissa Pinkola Estés, A CIRANDA DAS MULHERES SÁBIAS
Ser jovem enquanto velha, velha enquanto jovem, Rocco 2007

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

DESOBEDEÇA

mesmo quando parece que quase nada faz sentido
ponha-se em sentido e desobedeça
não se esqueça de sorrir
quando dá aquela tristeza de te tratarem com desprezo
desobedeça
respire fundo e pausadamente
não se esqueça de sorrir de dentro para fora
desobedeça à mediocridade
à infantilidade de meninos velhos imaturos
desobedeça à boçalidade dos que nunca degustaram as migalhas do que resta
desobedeça com paz
desobedeça apaziguado
pois, como os os rios e as estrelas, tudo toma o seu rumo
porque o tempo é sábio
e o essencial é a essência que supera a aparência
desobedeça
Ana Piu
Br, 24.02.2016

QUE SAMBA EU QUERO DANÇAR



Uma aluna da comicidade poética ofereceu-me esta relíquia. O que eu mais curto neste vídeo é ver a capacidade de sorrir e a sensualidade alegre que tem mais inocência que malicia. Eu curto malicia inocente, aquela em que nos permite doarmo-nos aos outros sem achar que somos a" última coca cola do deserto" ( adoro esta expressão apesar de não apreciar coca cola).
Volto ao inicio do texto. Uma aluna... Eu tenho as minhas dúvidas se a vida se divide por alunos e professores, pois estamos sempre a aprender uns com os outros, embora uns tenham um conhecimento ao qual se dedicam e partilham com os demais. Mas estes últimos aprofundam o conhecimento ao serem estimulados pelos alunos. E deste jeito maneira declaro publicamente que, ao ler o artigo abaixo, não quero fazer parte dessa máquina académica que segue uma lógica militar de ser humilhado e humilhar o próximo. E as idolatrias a mim dão-me aquela farfalheira dermatológica, vulgus alergia nas peles. Ufa. Mil vezes ufa! O conhecimento sem sabedoria... Dançou! Ufa. Mil vezes ufa!
Ana Piu
Br, 24.02.2016



https://youtu.be/QvQVOJOBRdI




http://www.cartacapital.com.br/sociedade/precisamos-falar-sobre-a-vaidade-na-vida-academica

Homen dançando de cueca

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

AGORA A SÉRIO ( !!!...) Série cinco estrelas

Nada como um autor rir-se do seu próprio povo. Mais vale rirmos de "nós mesmos" que dos outros. É muito mais libertador. Mas rir dos norte americanos que acham que sãos donos do mundo eu esfrego as mãos. 
E aqui para nós que alguns nos ouvem... Eu já presenciei uma outra vez este tipo de conversa como se fosse algo sério. Aí a pessoa tem de focar o olhar em algum ponto para se concentrar. Normalmente os meus olhos esbugalham, o que não ajuda muito ao disfarce. 

Ana Piu
Br, 23.02.2016



Franzen, Jonathan,' Liberdade" Dom Quixote, Pt. 2010



RIO DE SAUDADE (Diógenes Moura/ Iuri Galati ) Carnaval 2016

Navegando sem um rio
agora o desafio
é poder te desvendar

Correndo pela cidade
é um rio de saudade
onde está você? (2x )

Te esconderam em nome do progresso
pontes, viadutos
e vias de acesso

A selva de pedras
não soube te salvar
agora eu não tenho
mais você para navegar


foto: Anita em Sampa, na cidade maravilhoterrica

SAMBA DO TRANSBUNDE ( Thais Hércules e Diógenes Sousa ) Carnaval 2015

Minha vó tinha medo
dizia que lá era
onde o diabo bebia
alma ruim se metia e doença se  escondia

É... no vale
onde corre rio profundo
por debaixo do concreto
aos pés do viaduto

É... no vale ensaiaram os modernistas
que a arte se fez
sem regra e com patifaria

E é lá que o peixe Seco
faz do medo paixão
na sua travessia

Anhangabaú
transborde de emoção
No Carnaval do Peixe Seco
não tem maldição
só samba suor e tesão (2x)

foto: Anita em Sampa, na cidade maravilhoterrica

O CLIMA TÁ TENSO ( Bloco Anti-ruralista) 201

a coisa tá feia
o clima tá tenso
tem ruralista acabando
com o bom senso
se na cidade não tem onde plantar
o agronegócio não para de explorar
e o camponês vivente do campo
ficou sem terra por um tanto
um tanto de terra
um povo de encanto
pedaço de terra
um prato e tanto
o latifúndio não para de matar
em qualquer mata
o progresso a devastar
e a semente, origem da vida
foi corrompida, é semente suicida
um índio sem terra
um povo de canto
um grito de terra
um roubo e tanto
foto: Anita na Avenida Ipiranga, Sampa

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

ANITA EM SAMPA


Do vigésimo quinto andar da Avenida Ipiranga Anita espreita atrás de dois relevantes objetos de leitura, fazendo frente às novas tecnologias e relembrando-se quem, de onde vem e o que ainda acredita. 

 Sobre um fundo de mar de  altos, Anita enverga um cocar carnavalesco do bloco do Peixe Sexo com as cores da bandeira espanhola,  como poderia ser do mac. Mas não é! Porque o bloco do Peixe Seco é muito mais que isso! Sai à rua depois do Carnaval, no penúltimo domingo de Fevereiro, percorrendo um dos córregos de Sampa e fechando o trânsito para batucar e cantar que a rua é do cidadão a pé ou de bicicleta e que os rios podem e devem estar limpos nessa floresta de pedra. E isto duma forma pacifica sem agentes da autoridade a "guardarem as costas".

Ana Piu
Br, 22.02.2016


Novas Cartas Portuguesas (NCP) é uma obra literária publicada conjuntamente pelas escritoras portuguesas Maria Isabel BarrenoMaria Teresa Horta e Maria Velho da Costa em 1972. O livro revelou ao mundo a existência de situações discriminatórias agudas em Portugal, relacionadas com a repressão ditatorial, o poder do patriarcado católico e a condição da mulher (casamento, maternidade, sexualidade feminina). NCP denunciou também as injustiças da guerra colonial e as realidades dos portugueses enquanto colonialistas em África, emigrantes, refugiados ou exilados no mundo, e “retornados” em Portugal. 

Liberdade quarto romance do norte-americano Jonathan Franzen. 

AMOR COM HUMOR SE PAGA

Energia sexual é energia criativa que move a vida, nossas vontades e desejos. (Carl Gustav Jung)
Quino




"Muito cuidado com quem você compartilha sua energia sexual. Intimidade a este nível entrelaça sua energia áurica com a energia áurica da outra pessoa. Essas conexões poderosas, independentemente do quão insignificantes você acredita que elas sejam, deixam resíduos espirituais, especialmente nas pessoas que não praticam qualquer tipo de limpeza, física, emocional ou de outra forma. Quanto mais você interagir intimamente com alguém, mais profunda a ligação entre vocês e mais a sua aura estará entrelaçada com a do outro.

Imagine a aura confusa, a energia contaminada e tumultuada de alguém que dorme com várias pessoas e carrega consigo essas múltiplas energias? O que eles não percebem é que os outros podem em algum nível sentir estas energias, que podem por fim repelir energias positivas e atrair energias negativas em sua vida.

E mais, não adianta você se preservar e ter um parceiro ou parceira que não honra o seu próprio corpo e energia, ainda menos a sua . Você irá ser afetado indiretamente e precisará realizar limpezas energéticas e espirituais.
Como Lisa Patterson diz: "nunca durma com alguém que você não gostaria de ser." Ou então, na afirmativa: escolha dormir com alguém que você gostaria de ser.

Nada como o Sexo com Amor. Nada como trocar a sua energia com quem você Ama e que também te Ama. Em meio à Total Confiança, à Plena Entrega, ao máximo da Intimidade, onde 2 se tornam 1 e é possível experimentar uma conexão profunda e inefável com a Divindade. E esse é também um caminho espiritual, um dos mais sublimes caminhos de Iluminação."
in: página 

MENINA E MOÇA DA GERAÇÃO X CURTE VIVER E CONVIVER COM SERES DESTEMIDOS

Assim sendo, da minha parte dispenso o meu orgulho. Assim como os muros que nos separam.
Ana Piu
Br, 20.02.2014

OH ISABELINHA, VAI-TE... QUE NÓS NÃO SOMOS EXCRECÊNCIAS ORNAMENTAIS ( CARTA ABERTA À ISABEL COUTINHO)

Isabelita... Aliás, Belinha... Que estilo ãã!!! Meia página na Folha de São Paulo! Esse jornalismo de tendências elitistas a dar uma de informativo e "cólturel" que acompanha os voos transatlânticos luso- brasileiros!

Agora diz-me, pá! Acreditas mesmos naquilo que escreves? Não me faças que a mostarda chegar ao nariz!  A mim e aos nossos conterrâneos, artistas ou não, que emigramos por conta das politicas neo liberais medíocres.

Olha, já agora, tens contatos para vender a minha casa no centro de Lisboa que estou a pagar ao banco a 40 anos? Já passaram 10 anos. Só faltam mais 30.  Na verdade, Lisboa continua a ser a minha cidade, embora estou a dar um tempo alargado devido ao seu marasmo e falta de visão de futuro.

Olha, Isabelinha! Não nos enerves, a  nós emigrantes qualificados ou não que fomos ou não obrigados a sair do nosso país porque Portugal e a sua Lisboa fashion não contempla os seus patrícios nem os seus filhos e netos. Vai-te...  VAI-TE.... Respirar fundo. Que eu também farei o mesmo, pois nós não somos excrecências ornamentais. Valeu?

Ana Piu
Brasil, 22.02.2016

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

... Portanto que sempre consigamos resistir a quaisquer falsidades coletivas que procurem anular a visão e a audição da alma. Assim, a mulher sábia espia do meio do bosque cerrado. Que nos afastemos dos zombeteiros que não ouvem esse chamado para a vida da alma. Assim, a
mulher sábia avança por seu caminho. Se necessário for, que nos transformemos em alegres subversivas que estão em constante crescimento, e têm um coração luminoso e calmo. Assim, chega o espírito à superfície do lago.
Que nos recusemos a ser jogadas para cair em um lugar qualquer, mas, em vez disso, vamos planejar e cumprir nossas fugas do que é morbidamente banal, bem como do que é cronicamente vazio ou brutal. Assim, o espírito se ergue em pleno esplendor.
Estés, Clarissa Pinkola " A CIRANDA DAS MULHERES SÁBIAS Ser jovem enquanto velha, velha enquanto jovem" Tradução WALDÉA BARCELLOS ROCCO: 2007

CARTA ABERTA AO WESLEY, O SAFADÃO

Caríssimo Safadão, você não me deixa de surpreender! Tanto canta que é escravo do amor como fasquia os seus encontros por baixo. Na verdade não sabe o que quer. Tanto quer poesia como diz para a "novinha" ir no chão. Ora vejamos:
" Novinha vai no chão
Chão, chão, chão, chão
Se eu quero poesia
Eu escuto Roupa Nova, eu boto Djavan
Os cara que eu sou fã
Mas eu sou novo e tô solteiro na balada tô nem ai pra nada
Eu quero é curtir, eu quero é beijar
No show do safadão a galera vai dançar'
Wesley, Wesley... O que é para vc é uma 'novinha"? É alguém que atende inquestionavelmente aos seus pedidos? Até pode ter 35, 45, ou 55 anos. É preciso é sentir-se contemplada pelas seus duvidosos galanteios. Mas na hora de se entregar ao amor você se esquiva e esta fica desfeita em pedaços ou procura outro Safadão para atender às suas carências mais básicas. É isso? Você sabia que amar de igual para igual é muito curtido e libertador? Aliás! Liberta dor!

" Novinha" é alguém que acha que é o máximo ter o privilégio por uns breves segundos de poder ser beijada pela sua boca que canta umas babozeiras? E ainda ter umas quantas rivais (?!?!) para o disputar. Ora toma este gif! Para você e para essas "novinhas"!
Ana Piu
Br, 18.02.2016

http://45.media.tumblr.com/083bb495bbae261590994aece144a999/tumblr_o27t21hy6H1rl41roo1_500.gif

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

PIU pipiripipipipiu PIU

Acabei de ser informada por uma pessoa amiga que eu sou a última pessoa no Brasil a não ter whatsap. Quem avisa nosso amigo é! E continuou! Avisando-me que até as velhas mais velhas indígenas do Xingu tem o dito whatsap. Eu sei! Eu estou a par da situação. A questão é que eu sou mais velha que todas as velhas. Além de reacionária às tecnologias, sou retrogada e só hoje soube o que é são NUDES!!!! Só hoje!!!... Declaro isso aqui publicamente. E quando fui ver as imagens dos nudes quase que ia caindo da cadeira, que tem umas rodinhas e gira. Não guinchei porque a sala estava com mais gente a trabalhar. Fui logo a correr procurar os desenhos eróticos do Picasso para lavar a vista e confirmar quem eu sou realmente. Ainda ouvi a Rita Lee no seu "Amor e sexo" e encontrei um gif do Bergman " The Summer with Monika" que acho delicioso e lembra novamente quem eu sou e o porquê de ser assim deste jeito maneira.
A Piu
Br, 17.02.2016

CARTA ABERTA AO WESLEY, O SAFADÃO

Caro Wanderley. Perdão... Caro Walter. Desculpa. Prezado Safadão,
considero que já é o momento de te escrever pessoalmente ao me deparar com uma letra sua: Escravo do Amor.
" Quando a gente ama
vira escravo do amor,
é vício que não cura
o segredo a chave se quebrou
quando tá perto tá feliz se está distante sente dor
faz e desfaz tem duas faces é um mistério
Assim é o amor
Quem nunca amou não sabe entender
e nem por um Instante consegue enxergar
Mas quando entra no coração
quando entra no coração
faz sorrir faz chorar (x2) "
Vamos à ultima frase que você repete duas vezes. Sim, tem razão! O amor faz sorrir e faz chorar mais que duas vezes até! Porém, todavia, contudo no entanto o amor é livre. Não é um vício e sim um sentimento maior, pleno e libertador. Vou-lhe contar um segredo... Que não não precisa de ficar só entre nós. wink emoticon É uma chave para nos libertarmos da dor. wink emoticon wink emoticon SÓ O AMOR PODE-NOS LIBERTAR DA DOR. Oooops Agora falei alto demais, mas não faz mal que todos escutem.
Adeusinho Wellington. Ai Wladimir. Perdão... Safadão!
E boa sorte com o amor. Na sua plenitude é mais quedemais. Pode crer. Inteireza Safadão. Inteireza. E essa de você se chamar Safadão foi ideia sua. Já pensou rever essa ideia?
Br, 17.02.2016



terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

SER EDUCADO É SER EDUCADO POR UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TOD@s

A esta altura do campeonato a educação de qualidade para todos já nem deveria ser assunto. Mas é. Em toda e qualquer parte do mundo. Só que em algumas partes duma forma mais gritante. E o que é educação de qualidade? Resumidamente é dar ferramentas aos alunos para que estes autonomamente  e em diálogo se sintam estimulados a se aprofundarem no conhecimento. Quando as pessoas se sentem instigadas na sua área de conhecimento elas podem ir muito longe e quem vai muito longe quer ir junto. Pois o conhecimento é infinito e individualmente somos muito pouco.

A questão é que conhecimento nem sempre é sinônimo de sabedoria. O que encontramos muitas vezes nas escolas e universidades é uma feira de segregações sociais, culturais que se manifesta em autoritarismo como herança dum passado próximo que foi a ditadura militar e ao limite uma herança oligárquica colonial.

Como cidadã europeia de nacionalidade portuguesa só posso lamentar. Lamento pelos antepassados e pelos contemporâneos que dão continuidade à lógica de vassalagem.

Verdade seja dita que num primeiro momento pensei fazer mestrado em Berlim ou Copenhaga. Procurei escolas para as minhas filhas menores e eram as escolas públicas que me indicavam. Aqui quem entra normalmente na universidade pública vem da escola privada. E há uma estigmatização de quem vem da escola pública. Mau gosto. Mau gosto. Não esquecendo que a universidade pública é paga pelo cidadão comum que contribui com os seus impostos. Não esquecer nunca isso.

Ao chegar na Unicamp deparei-me com uma realidade da qual eu não estava avisada nos meus quarenta anos de existência e 20 como profissional das artes cênicas, querendo e desejando dialogar com a Antropologia Social. Agora não é o momento nem o espaço para dissertar sobre booling acadêmico e todas as violências psicológicas fruto duma feira de vaidades de mau gosto. Só espero que a geração dos nossos filhos e netos façam a diferença para um sistema mais "francês" ( visto ser tão chique citar a França) de liberdade, fraternidade e igualdade. E porque não fazermos um minuto de silêncio em memória ao pacifista e mentor da descolonização da Índia,  Mahatma Gandhi falecido a 30 de Janeiro de 1948?

Ana Piu
Brasil, 16.02.2016

Gandhi durante a juventude na Inglaterra, por volta de 1889.

Ver: http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,unesp-e-unicamp-tem-dificuldade-de-atrair-alunos-da-rede-publica-em-cursos-concorridos,1090707

UM MERGULHO NA ARTE DA PALHAÇARIA

Não estamos sós, mesmo quando o caminho parece quase quase solitário. Mas depois da travessia dum imenso deserto sempre encontramos um imenso oceano cheio de flora e fauna no fundo do mar e muitos campos para ajardinar.
Ana Piu
Br, 16.02.2016

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

ELAS FICAM LOUCAS. OH SE FICAM ( série a cultura do Wesley)


Eu sou o pagador, sou o namorador
                   
Eu chego no forró, eu nunca ando só
                        
Tô sempre acompanhado, tem mulher pra todo lado

Eu não sou de ninguém, me chamam de safado
Eu sou o pagador, sou o namorador

Eu chego no forró, eu nunca ando só                            
Tô sempre acompanhado, tem mulher pra todo lado
 
Eu não sou de ninguém, me chamam de safado


Mas Quando eu começo a dançar...

olha que...


Elas ficam loucas

Elas ficam loucas (4x)


Ei gatinha vem dançar a pisadinha (2x)


Wesley Safadão "Elas ficam loucas"


Como podemos presenciar através da poesia do individuo, o sujeito é muito. É o maior. Tá sempre acompanhado e não é de ninguém. Há no sujeito uma ambiguidade latente que se resolve no decorrer do versejar do sentimento musicado. As suas palavras criam alguma dúvida no leitor. Dúvidas essas que dizem respeito à sua liberdade, que não se sabe ao certo se é alimentada pela futilidade do ser ou pela liberdade de ter muito amor para dar. Mas logo de seguida ele, honestamente, declara que é safado. Estamos, por tanto, diante dum safado honesto e modesto. Sim, elas ficam todas loucas por ele. Há maior modéstia que esta declaração? Sim! Ele é modesto! Pois quem fica louco por safado? Uma louca que ele consegue controlar. Porque uma louca que ele não consegue controlar... Ala que se faz tarde! Adeus ó vai-te embora! Um safado, por mais honesto que seja e talvez por ser honesto não tem bolinhas para uma louca que não caia a seus pés. Ele é o Wesley! Ele Safadão!




Ana Piu
Br, 15.02.2016












UMA LUSA CONFUSA, UM TANTO DIFUSA COM AR DE TUDO MENOS DE MUSA



Entediad@ com a sua vida? Precisa de adrenalina na sua vida? A vida corre-lhe bem! Sobre rodas. A todo o vapor! Uma vida de tão cor de rosa que é chega a ser enjoativa! Venha daí e passe um dia INTEIRINHO no Banco do Brasil para pagar o aluguer da sua casa, pois se não o fizer hoje amanhã já leva com a ripada da tal da multaça. Venha daí e ponha à prova o Zé N. que traz dentro de si. Dê uma checada nos seus neurónios, pois a burrocracia é sempre uma prova se está apto para tanto número, letra e identificações da treta. Oh burrocracia! Quem te inventou? E quem te aprimorou a este nível adrenalinético? Ufa! Mil vezes ufa!
Ana Piu
Br, 15.02.2016

PENSAMENTOS QUE ASSALTAM AS IDEIAS ( série Olêlê Olálá )

Beijar um desconhecido ou vários durante o Carnaval lembra as raríssimas vezes que eu ia com a minha mãe à missa, em criança. Normalmente era no dia de Natal para vermos o menino Jesus nas palhinhas deitado. Eu gostava de ver aquele bebezinho de braços e pernas erguidos. Queria um para brincar em casa. Logo a minha mãe avisava que haveria o momento que todos iriam beijar o pezinho do menino Jesus. Mas que não era preciso ir, pois beijar um pezinho onde todos lambuzam dá cá uma reviravolta ao estômago.
Essa minha mãe também saiu cá uma, mais as suas histórias. Histórias de quando em criança levava puxões de cabelo da professora fascista por não obedecer à sua tirania. Enfim, ainda bem que existem mães que nos avisam de algumas coisas.
Ana Piu
Br, 12.02.2016

A CULTURA DO WESLEY

A CULTURA DO WESLEY
Recentemente tomei conhecimento que existe um cantor cujo nome é Wesley Safadão. Faz uma meia dúzia de horas que me deparei uma vez mais com essa realidade. Claro que a pessoa ri, mas não deixa de ficar abismada. Daí alguém poderá até perguntar qual a questão do individuo chamar-se Wesley.
Sim, dadas as circunstâncias ser Safadão é mais que demais e que se não é passa a ser uma prática legitimada pelos mídia. Assim como assim quem inspira quem? O quotidiano inspira os midia ou vice versa?
Verdade seja dita há quem se vanglorie de ser safadão e/ou safadona. Que gosta mesmo é da "frutariaaaaaa". E há mulheres e homens que se sujeitam a estar com safadotes e safadotas. Só pergunto que laços de confiança estabelecem uns com os outros e na intimidade, aquela em que estamos a sós com nós mesmos, que felicidade trazem dentro de si.
Ana Piu
Brasil, 14.02.2016

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

MULHER COM E DE ETERNA

Uma mulher é uma árvore enraizada no mar do seu vestido. Vestidos são pássaros que a fazem voar., pois só assim ela pode respirar. 

" O banho turco", Ingres 1862
Fora dos palácios imperiais, o harém das casas comuns é simplesmente um espaço de convívio feminino. Era formado por filhas, mães, tias, avós, e alimentado muitas vezes pelo desejo de ultrapassar fronteiras e alcançar as ruas, locais aos quais elas não tinham acesso.
O haarém presente no califado muçulmano não era o mesmo que existia no império turco. Este, por sua vez, guarda inúmeras diferenças em relação ao gineceu das casas muçulmanas comuns, centrado na separação física entre homens e mulheres, sem qualquer conotação sexual. Desconsiderar esses elementos é insistir numa visão deturpada sobre a vida das mulheres que ali moravam.

 Marina Soares é autora da dissertação "Erótica sem véu, o corpóreo- sexual na sociedade árabe-islâmica clássica ( sécs. XII-XIII) (usp, 2009)  e de Erótica sem véu ( Multifoco, 2011)
in: História Revista da biblioteca nacional, ano 7, n 80 maio 2012

Amor não rima nem com carência, muito menos com desespero de ficar só.

Existem mundo assim. Oh se existem! E no Ocidente! Quem diria que o avançado civilizado Ocidente ainda tem destas coisas! Eu não cresci nesse mundo. Oh doce nostalgia dos idos anos 70 , 80 e 90 num Portugal democrático ressacado com 48 anos de fascismo e mais 500 de império e outros 800 de beatice monárquica! Como tal, quando me deparo ainda com esse mundo fútil ainda fico assombrada com o desaviso. Só posso dizer que o  fútil é algo que não é útil. Útil para a o bem estar emocional, convenhamos. Pois nem tudo é matéria

OFICINA DE COMICIDADE POÉTICA COM ANA PIU EM SÃO PAULO EM A PRÓXIMA COMPANHIA

ÚLTIMAS INSCRIÇÕES E ALGUNS AVISOS:
. trazer roupa confortável
. nariz de palhaço ( não trazer narizes de esponja ou aqueles imensos que se usam nas festas pois não são confortáveis e não ajudam à linguagem desenvolvida)
. roupas, sapatos, chapéus e acessórios de brechó/ que já não usam seja ela larga ou apertada, que tenham em casa ( não precisam de gastar dinheiro e sim disponibilizar imaginação)

VAI ( MENINA AMANHÃ DE MANHÃ)
Tom Zé
Menina, amanhã de manhã
quando a gente acordar
quero te dizer 
que a felicidade vai
desabar sobre os homens
vai
desabar sobre os homens
vai
desabar sobre os homens

Na hora ninguém escapa
debaixo da cama
ninguém se esconde
a felicidade vai
desabar sobre os homens
vai
desabar sobre os homens
vai
desabar sobre os homens

Menina, ela mete medo
menina, ela fecha a roda
menina, não tem saída
de cima, de banda ou de lado.
Menina, olhe pra frente
Oh! menina, todo cuidado, 
não queira dormir no ponto, 
seguro o jogo, atenção.
(De manhã)

Menina, a felicidade
é cheia de praça,
é cheia de traça
é cheia de lata
é cheia de graça. 

Menina, a felicidade
é cheia de pano
é cheia de peno
é cheia de sino
é cheia de sono

Menina, a felicidade
é cheia de ano
é cheia de Eno
é cheia de hino
é cheia de ONU.

Menina, a felicidade
é cheia de an
é cheia de en
é cheia de in
é cheia de on

Menina a felicidade
é cheia de a
é cheia de e
é cheia de i
é cheia de o 

é cheia de a
é cheia de e
é cheia de i
é cheia de o

é cheia de a
é cheia de e
é cheia de i
é cheia de o

cheia de a
cheia de e
cheia de i
cheia de o


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

MULHERES COM U ( série: no dia em dissemos Alto e pára o baile! )



Um dia, quando a idade avançar a Agnés Varda será uma fonte de inspiração pela sua vitalidade, criatividade, ideias e saber lidar com as rugas. Assim começa o filme "Os respigadores e a respigadora". Ela a filmar as suas próprias mãos enrugadas. Uma mulher do nosso tempo. Nem à frente nem atrás, que escuta e filma as vozes muitas vezes silenciadas e/ou ridicularizadas. No you tube podemos encontrar
Réponse de femmes: Notre corps, notre sexe (dir: Agnès Varda, 1975).
A encenação é um pouco datada, assim como algumas questões parecem igualmente ultrapassadas. Por exemplo as mulheres terem de afirmarem que não tem vergonha de não ter um falo (?!?!)
Porém, hoje a dia onze de Fevereiro de dois mil e dezasseis confesso que ando um pouco abananada com o forte cunho patriarcal que ainda se vive em terras tropicais. Por vezes só tenho vontade de uivar à lua e cantar a todos os pulmões :"Should I stay or should I go?" vulgus "Aguento-me à bronca ou caio fora?" Chiça! Já não é a primeira vez que ouço:" Ah! Você nas relações deve ser o homem da relação?" Como assim? O que é que isso significa? Que existe o forte e o fraco? O submisso e o mandão? Nessa lógica, então, o independentemente de ser homem ou mulher o arquétipo é mulher: fraca, submissa e homem: forte, firme mandão. (espera aí, preciso de respirar um pouco) Pessoal já é tempo de suprimirmos as relações verticais e olharmo-nos de igual para igual sem nivelar por baixo. Porque também tem aquele fenómeno curioso que é o pessoal pensar que sou mais novinha
 ( rejuvenesci nos meus 42 anos) e achar que vou em macacadas de me puxarem o sutiã na rua sem terem confiança suficiente numa de " E aí gatinha?" Oh lá! Oh lá lá! Vai tirar a fralda seu cagão, que tens idade para ser meu filho. ( Sim, se eu tivesse sido mãe aos 20 anos. Porque não?) e depois vem conversar comigo! ehehe
bbbhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu Aquele vídeo lá da Varda é de 1975 e eu nasci em 1973 e estamos em 2016.........
bbbbbbbhhhhhhhhhhhhhhhhhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Nada como respirar e focar a atenção no terceiro olho, aquele que está acima da cana do nariz.
Ana Piu
Brasil, 11.02.2016
Agnès Varda (Bruxelas, 30 de maio de 1928) é uma cineasta e fotógrafa belga, radicada na França. É também professora na European Graduate School.

Suas fotografias, filmes e instalações abordam questões referentes à realidade no documentário, ao feminismo e ao comentário social. Tais temas são comumente tratados através de um estilo que flerta com a experimentação.
 
L'Homme qui aimait les femmes (O Homem que Amava as Mulheres (título no Brasil) ou O Homem que Gostava de Mulheres (título em Portugal)) é um filme francês de 1977 do gênero comédia dramática dirigido por François Truffaut. 

Na cidade francesa de Montpellier, em dezembro de 1976, ocorre o funeral de Bertrand Morane que é assistido por um grande número de mulheres. A história do homem é mostrada em flashback.

Morane é um homem de meia-idade que trabalha num laboratório onde faz experimentos sobre aerodinâmica de aviões e embarcações. Quando não está trabalhando, ele persegue compulsivamente várias mulheres que encontra nas ruas ou conhece em lojas ou escritórios. Ele vai atrás de uma que viu apenas as pernas e anota a chapa do carro. Ele tenta de todas as formas conseguir o nome dela e até choca seu carro contra um poste, tentando obter da seguradora a informação sob a alegação de que ela causara o acidente. Enfim uma funcionária da seguradora ouve suas reclamações e lhe dá o endereço, mas Morane não consegue se encontrar com a mulher pois o carro era de uma parente dela. Logo depois ele vai até a funcionária da seguradora e consegue um encontro. Ele tenta uma relação com a dona de uma loja (Hélène), que vestia um manequim com lingerie preta. Os dois saem mas a mulher não quer continuar a se encontrar com ele pois diz ser atraida só por homens mais jovens. Essa decepção o faz iniciar um livro, contando sua vida. Ele fala da mãe, da primeira namorada de adolescência e de sua primeira relação em um prostíbulo. Pouco depois, um policial o avisa que Delphine, esposa de médico que fora sua amante, saira da prisão e procura por ele. Em uma consulta médica, Morane descobre que contraira uma doença venéria mas não sabe dizer de quem pegou pois havia dormido com seis mulheres no espaço de apenas doze dias.

Morane envia seu manuscrito a uma editora de Paris e a funcionária Genevieve aceita publicá-lo, sem antes também dormir com ele.

Auto retrato de Agnés Varda

CARTA ABERTA AO SUKUROV ( SÉRIE: Fujam! Fujam! Que os russos andam aí! E essa tuga nunca inspirou confiança! Com uma verruga no nariz e de olho claro, deve ser uma bruxa moskovita!)

Querido Aleksandr, bem sei que não me conheces nem eu te conheço pessoalmente, mas admiro muito os teus filmes. Uma vez corri tanto, entre moto, comboio, metro e correria mas tanto mesmo para ver " A mãe" na sala do King em Lisboa ( não sei se ainda existe ou tornou-se um templo duma qualquer igreja de um suposto amor universal) que adormeci um pouquinho nesse filme que é pura pintura e poesia.
Depois, mais tarde, assisti a um ciclo teu no festival internacional de cinema de Vila do Conde. Bem sei que é um tipo de cinema que nem todos apreciam. Não considero que seja intelectualoide. Pelo contrário. Toca o sentimento, a emoção.
Ontem da minha cadeira de verga como existem nos trópicos esfreguei as mãos quando encontrei a tua filmografia no you tube. Os olhos rebolaram. Ao fim de 20 minutos a net caiu e fiquei sem conseguir acessar novamente à mesma durante um bom tempo. Das duas uma ou a minha net é tão lenta que isso acontece hmmmmm. Pode ser... ou rastrearam quem era a ?
" subversiva" que vê filmes russos no continente onde os filmes para terem sucesso precisam da fórmula sexo, armas e perseguições. Chiça! E nós que levamos com essa banhada o tempo todo, mas um filme teu que fala sobre a condição humana e as suas relações já é motivo de teoria da constipação.
Ai Aleksandr... Só para rir. Aqui para nós que alguns nos ouvem. Se a mentalidade do velho mundo está cansada por desnutrição de espiritualidade a mentalidade do novo mundo é como daquele adolescente que pensa já sabe tudo. Enfim.
abraçovski
Anuska Mija Prakova
from United States of Sounth of America
11.02.2016
Sabes, querido Sukurov eu que sempre fui despudorada em relação ao corpo aqui temos de ter atenção porque pode ser mal interpretado. Sabes aquela fase das crianças que olham o corpo uns dos outros e riem-se escondendo o rosto? Só que com o detalhe da malicia importada da Globo.

IMAGEM: Sokurov: A Spiritual Voice

Brasil, 11.02.2016
Não fiques assim! És russo. E depois? Eu também sou portuguesa. Qual é o problema?

Alexandr Nikolaevitch Sokurov (em russo: Александр Николаевич Сокуров; Podorvikha, distrito de Irkutsk, 1951) é um cineasta russo. Suas obras mais significativas incluem um longa-metragem, Arca Russa (2002), filmado em um único tiro não editado, e Faust (2011), que foi homenageado com o Leão de Ouro, o maior prêmio para o melhor filme no Festival de Cinema de Veneza.





TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS



No caminho de terra os pés sentem a sua maciez e a rudeza. Povo bonito é povo que dança e ri sem pedir autorização para ninguém. Povo bonito é povo que se mistura, dança e ri junto.
Ontem a chegar a casa os avisos eram claros que o apartheid vigora no Brasil e que se confirma irónicamente numa povoação onde se situa um polo de supostas cabeças pensantes. Um polo universitário. Mas não sejamos ingénuos !(confesso que eu sou, de vez em quando) Terconhecimento não significa ter sabedoria. Quando a lógica é de capital cultural a sabedoria é ridiularizada pelos doutos, pois para estes o que soa a auto conhecimento e auto ajuda é algo desprezivel porque nada cientifico (?!...)
Ontem helicopteros sobrevoavam o lugar, por cima da minha casa. Uma sensação de estado sitio. Grupos de pessoas ( a maioria rapazes de tez morena e/ou negra) eram parados e colocados em sentido de mãos colocadas na cabeça pelas forças policiais na avenida e praça que antecede o meu bairro.
São nesses momentos que penso o que estou aqui a fazer no Brasil... EU AMO O BRASIL E ESTE POVO (os elitistas dispenso, mas não lhes quero mal. Somente desejo que abram o coração e a pestana). Por isso questiono essa barbárie que se naturaliza. Eu não sou adepta das forças de "segurança pública" seja aqui seja na Alemanha, França ou outro Estado considerado mais democrático. Quando as justiças sociais fazem parte das politicas públicas a violência é menor. Para todos os efeitos a violência normalmente começa de "cima", quando a educação de qualidade não é assegurada de forma democrática.
Vivermos a rua é ato de cidadania. Pessoalmente não curto pancadão, funki e essas sonoridades taquicárdicas. Mas quem curte que curta. Nós somos a música que escutamos e nessa música o que sinto é um grito do Ipiranga como era a música punk rock dos anos 70, 80 e 90. Essa eu curto. A punk rock. Estigamtizar as pessoas que escutam essa música gera violência. Quem se sente estigmatizado normalmente sente revolta e se for reprimido sentirá ainda mais. Parece-me lógico.
Ana Piu
Brasil, 06.02.2016