terça-feira, 12 de abril de 2011

retiro de clown

Clowneadores amigos!

Neste sábado fui visitar o espaço no Alentejo, onde poderá acontecer o retiro de clown em Julho (7 a 10). É uma quinta com bastante espaço. Não é preciso levar tendas, pois há lugar para toda a gente dormir. No entanto, será necessário levar ou roupa de cama ou saco cama e toalhas de banho. Em Julho está muito calor naquela região!!!
Há partida será naquele espaço.

Gostaria de vos informar o modo como arranjei este espaço, que de algum modo vai ao encontro de um espírito que pretendo criar, pelo menos exprimentar. O dono daquela quinta está a organizar um festival de multi disciplinar (música, artes plásticas, artes performativas) naquele espaço, no mês de Junho. E dada a impossibilidade de pagar caché disponibilizou a quinta para este efeito. Et voilá!

Penso que estamos a passar por um momento histórico de transição. Todos os ismos que ainda não cairam estão prestes a cair. Penso que devemos criar alternativas construtivas para que possamos continuar a viver das nossas escolhas. A minha, pessoalmente, é viver do teatro e das relações que consigo estabelecer com as pessoas.
Então, este retiro será alicerçado numa espirito de reciprocidade. Isto é, pretendo convosco dar continuidade a um trabalho de pesquisa da arte do clown e em colectivo pensarmos o que cada um pode contribuir para que eu possa dedicar horas de trabalho a esta pesquisa.

Vamos esquecer o dinheiro!!!..........................................................................................................
Já tá? Eu acho que foi um dinheiro que já se esqueceu de nós... Hi!Hi! Just a joke!

Neste momento o grupo está com cinco membros. Atenção! Aqui não haverá principiantes nem veteranos! É um espaço de partilha de experiências e de entrega no trabalho! E eu não carrego verdades absolutas, apenas viajo no trabalho e exprimento essa partilha.

Voltando à reciprocidade. Vou lançar algumas propostas e voçês dizem o que vos aprover em relação a tal.
Proponho à Inês, por exemplo, que me crie um cartaz para o espectáculo que estou a preparar da Maria Bonita. Proponho a quem souber inglês ou outro idioma que dê uma pequena oficina às minhs niñas. No Verão preciso de pintar um compartimento da minha casa. Aceitam-se mãos e braços disposto a dançar com rolos de tinta. Et voilá! Digam coisas, proponham outras.

Relativamente ao número de participantes, não pretendo estender muito mais, pois procuro algo concentrado e com a possibilidade de dar continuidade. Quem sabe.

Para garantir que o retiro se realize, vou procurar outra quinta que tenho em vista. Essa é mais alternativa e são necessárias tendas. Na outra quinta do Alentejo eles fazem turismo rural, pode acontecer haver gente naquela altura.

Vamos apontar para sair dia 6 de Julho (quarta) ao fim da tarde daqui de Lisboa. Podemos dividir combustivel. No meu carro posso levar 3/4 pessoas. Quem se chega mais à frente?

Quanto às comidas podemos delinear quem leva o quê. Fica ideia, combinamos mais em cima do acontecimento.

Peço ainda que as pessoas contactadas confirmem até ao final do mês de Abril a sua presença para fechar combinação com as pessoas do espaço e para organizar o trabalho a desenvolver.

Podem responder-me para: piunina@gmail.com e para o facebook em mensagem.

Sem mais delongas, despeço-me!

Até jazz inho!

Dionísiacas da Primavera

Lembramos a todos que no dia 16 de Abril (este Sábado) haverá as Dionisíacas da Primavera! Nesse dia, todas as turmas do Espaço Evoé apresentam um pequeno exercício daquilo que estão a fazer nas aulas, seguido de uma conversa. É uma festa informal na qual todos devem trazer uma comida especial e uma bebida especial para se ir comendo e bebendo ao longo da noite (já sabem, nada de batatas fritas ou frangos assados!). A ordem das apresentações é sorteada ao longo da noite. Começamos às 19h. Às 21h, teremos na sala da Rua da Padaria, uma Roda de Capoeira, com alguns convidados. Cada um de vocês poderá trazer um amigo para assistir.

Esperamos que todos possam vir. É um grande dia de festa, partilha e encontros!

Abraço,
Carolina Abrantes


ESPAÇO EVOÉ - O Corpo das Artes
Rua das Canastras n.º36|40, 1100-112 Lisboa
tel/fax: (00351) 218880838
telm: 963816505 | 964462602
e-mail: evoe@evoe.pt | sítio: www.evoe.pt
 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

curso de clown com Jango Edwards- Barcelona

CURSO DE CLOWN CON JANGO EDWARDS
CLOWN WORKSHP WITH JANGO EDWARDS
July 18th to 22nd 2011
from 16h to 20h
Del 18 al 22 de Julio
de 16h a 20h

Place: Barcelona
Lugar: Barcelona
Price/Precio: 180€  20h

contact and information: Cristina - cristigarbo@gmail.com

EnglishEspañol

CLOWN THEORY

The art of the clown actor is not just a profession, but a lifestyle that demands an understanding of emotion, sensitivity, passion, pathos and the heart.
The essence of clown, in the pure sense, is a combination of innocence and maturity. The Clown Theory Encounter is a way of uniting these qualities so each participant can discover and develop their personal clown, and apply it to their life after the course is completed. A combination of 20 years of professional experience, simple awareness and common logic, enables the instructor to reveal the clown character within each of us.
Through the use of assorted games, physical activities, socio-logical demonstrations, improvisations and performance, each student will find his or her comic simplicity, innocence and logic, which are the fundamental ingredients of the clown formula. A play-environment is created, in which trust within the group ensemble can develop. This motivates the students to remember the innocence they have forgotten. It will also reveal present social and human conditions. It may sound complicated but in fact it’s simple; it is the simplicity that is difficult for us to grasp.
Clown is a social character in all realms of life. The performance situation, be it theater or circus, is probably the most common form through which we know clowns; but it’s the least important. The primary requirements to reveal your personal clown is a knowledge of the comic formula and the creation of a clown heart. You have always had, and always will have, a clown heart, but to revive it demands the simple desire to regain and sustain your youth throughout all aspects of life.

The Clown Theory Class first reveals the innocence each of us has surrendered; and then proves it is never too late to recapture it again. It’s a challenge, it’s revealing but most of all it’s fun.
Jango Edwards

TEORÍA DEL CLOWN

El arte del clown actor no es sólo una profesión, es un estilo de vida que requiere la comprensión de la emoción, de la sensibilidad, de la pasión, del patetismo y del corazón.
La esencia del clown, en el sentido más puro, es una combinación de inocencia y madurez. El Encuentro con la Teoría del Clown es una forma de unir esas cualidades de manera que cada participante pueda descubrir y desarrollar su propio clown y aplicarlo en su vida. La combinación de 20 años de experiencia profesional, de simple conocimiento, lógica y sentido común permite al instructor revelar el personaje del clown dentro de cada uno de nosotros.
A través del uso de juegos variados, actividades físicas, demostraciones socio-lógicas, improvisaciones y representaciones, cada estudiante encuentra su propia simplicidad cómica, su inocencia y su lógica; ingredientes fundamentales en la fórmula del clown. Se crea un contexto de juegos en el que desarrollar la confianza y la unión del grupo. Esto motiva que los estudiantes recuerden la inocencia que han olvidado. Y también revela el presente social y la condición humana. Puede sonar complicado pero de hecho es simple; es esta simplicidad lo que nos es tan difícil de agarrar.
El clown es un personaje que socialmente se puede manifiestar en todas las esferas de la vida. Las representaciones en el teatro o en el circo son, probablemente, las formas más comunes a través de las cuales conocemos a los clowns; pero no son las más importantes. Los requisitos primordiales para revelar tu clown personal son el conocimiento de las fórmulas cómicas y la creación de un corazón de clown. Siempre hemos tenido y siempre tendremos un corazón de clown pero revivirlo requiere el simple deseo de recobrar y conservar la juventud en todos y cada uno de los aspectos de la vida.

La Teoría del Clown primero revela la inocencia de la que cada uno de nosotros ha claudicado para luego probar que nunca es demasiado tarde para recuperarla. Es un desafío, es un descubrimiento, pero sobre todo, es divertido!
Jango Edwards

sábado, 2 de abril de 2011

Diário de Bordo de Maria Bonita

Esta é uma primeira viagem das aventuras e desventuras da Maria Bonita, apresentada no 40º cabaré do Espaço Evoé, em Lisboa.

Este número foi criado a partir de algum material encontrado no workshop de clown orientado pelo Amy Hatabb.
O trabalho foca-se no objetivo único,no obstáculo, no conflito interno e com o objeto, no desenvolvimento ritmico da repetiçãoa.

A simplicidade e o desenvolvimento da mesma é algo que pretendo aprofundar. Como podemos "falar" sem palavras de questões universais sem descurar as particularidades culturais.

Escrita e atuação: Ana Piu
Filme: Mariana Moreira
Tratamento cibernético: Carlos Moreira
Cedência gentil do espaço de ensaio e apresentação pública: Susana Cecilio e Pablo Fernandes do Espaço Evoé

Ana Piu disse...

O sucesso pode ser uma armadilha

Ontem, dia 25 de Março, apresentei pela segunda vez As aventuras e desventuras de Maria Bonita no cabaré do Operação Nariz Vermelho.
A segunda vem sempre depois da primeira,naturalmente, e se houver uma treceira a segunda já ficou para trás. E é nessa sequência que está o cerne da questão. Haver uma primeira, uma segunda, uma terceira... Ou seja, uma continuidade, um não desistir, um insistir com preserverância confrontando e contornando obstáculos, dúvidas. Aceitando as fragilidades de um trabalho em processo, aceitando a minha vulnerabildade enquanto pessoa e artista. E seguir.

Quando apresentei pela primeira vez o número foi filmado e colocado no you tube. Pedi ao meu amigo Sérgio Fernandes, que de momento vive em Berlim, para me enviar virtualmente a sua opinião e criticas construtivas. O Sérginho assim o fez, de forma honesta e sincera. As suas indicações revelam humor,sensibilidade e perspicácia.

Voltei a visionar o filme. Bloquei!
COMO REPETIR A MESMA SEQUÊNCIA SEM PERDER ORGANICIDADE E LIBERDADE DE IMPROVISO NA INTERACÇÃO COM O PÚBLICO?
COMO ACRESCENTAR AS INDICAÇÕES DO SÉRGIO?

Voltei para a sala de trabalho e solitariamente continuei a trabalhar. Uma primeira parte focada nos exercicios de treino de actor trazidos do Brasil, através do Lume Teatro e uma segunda parte improvisando momentos precisos de Maria Bonita. Mas sem fixar na escritura da cena.

Ontem apresentei diante da "familia" do Operação Nariz Vermelho e de alguns convidados. Confesso que que prefiro uma relação anónima com a plateia. Amigos e conhecidos em certos momentos intimidam-me, assim como aquela malta que traz as expectativas num patamar elevadissimo. Sinto uma responsabilidade acrescida... Um receio de me estar a repetir, um receio que só vem da insegurança. E o remédio para isso é continuar a trabalhar. Citando o Luis Otávio Burnier: "Ser generoso é ser exigente".

No final da apresentação perguntei ao meu amigo e colega Carlos Moreira a sua opinião. E ele falou que considerava a primeira apresentação com uma partitura mais fechada e desse modo mais eficaz. Que desta vez a escritura da cena não era clara. Foi isso que falaste, Carlitos, não foi?
Considero que a questão, não é a de partitura estar fechada, e sim de estar claro o objectivo a realizar, os seus obstáculos, a precissão do gesto e da acção. Em suma, começar de forma simples e ir construindo, justapondo gags e afins.

O sucesso pode ser uma armadilha, porque pode fazer com que não avançemos. Mesmo que o sucesso surja penso que o devo encarar como algo de efémero e como um estimulo para continuar procurando, exprimentando, errando, refazando, repetindo.

Estar seguro da insegurança. Estar confortável no desconforto.

Amanhã apresento terceira vez no Bacalhoeiro. Depois conto.

Ana Piu disse...

Maria Bonita nunca está no lugar certo há hora certa. Não conhece as pessoas certas, nem se dá bem, assim, tão fácilmente. É incoveniente, inocente, descarada e púdica. É mais uma Maria na terra. É Maria à sua maneira. É Bonita do seu jeito.
Simplesmente Maria Bonita

 

No passado domingo, dia 27 de Março, dia mundial do teatro.Uuuuu! Que reponsabilidade!
Bom, no passado domingo apresentei no cabaré do Bacalhoeiro as adventures de Maria Bonita. Para já, para já, o lugar é muito cool! Um lugar cool em Lisboa! Hmmm! Que cosmopolita!
Bom, focando no lugar, aliás no espaço. De facto, as dimensões do espaço, a sua envolvência, o tipo de público influenciam na qualidade do número. E quando falo na qualidade não estou a dizer se o número é bom ou é mau, simplesmente. Todos estes factores acima referidos obrigam, de algum modo, a que o performer se adapte e recrie em cima da partitura de acção pré estabelecida.
Apresentei pela terceira vez. Nada como ir rodando.
Perceber os ritmos e seus silêncios. Jogar em três níveis: imobilidade, quotidiano e extra quotidiano. Dentro desses três níveis existir duas palavra chave: poesia e cartoon.
Bom, sem mais delongas me despeço. Assim que houver novidades aviso.