quinta-feira, 20 de junho de 2013

O PORQUÊ DE SAIR À RUA





A questão não são os 20 cêntimos. A questão nem é local, talvez nem nacional. A atuação diária, quotidiana de uma policia militar como a brasileira é uma questão internacional. Violam os direitos humanos. E isso deve ser pensado, reflectido e erradicado como questão mundial. E já agora pensarmos em que medida contribuímos para esta maluqueira toda. Essa violência que naturalizamos quando não é diretamente connosco. 
Somos violentos quando excluímos, porque nos achamos os tais, os mais, os fenomenais, os profissionais. Somos violentos quando chamamos burros aos outros e achamos que não temos obrigação nenhuma de dar a mão ao irmão, ao amigo, ao colega, ao Outro. Somos violentos quando acionamos a fechadura central mesmo do lado do sujeito que do lado de fora da nossa cápsula está e o consideramos um potencial criminoso. Somos violentos quando somos preconceituosos. Somos violentos quando nem nos questionamos que uma policia militar são resquícios de uma ditadura militar, sinistra, nefasta como todas as ditaduras. Somos violentos quando não escutamos o mais profundo de nós mesmo e temos medo de sermos felizes em paz e por consequência tememos a felicidade dos outros. Colocamos dúvidas onde elas não existem e negligenciamos-nos porque escolhemos ser complicados em vez de simples. Como se a simplicidade não fosse algo belo nem profundo. Enfim... desafios individuais quotidianos que os podemos realizar em coro.

a piu
Br, 20.06.2013
imagem: Pablo Picasso

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