Ora vamos lá isso de refleccionar um pouco mais sobre isso do "tudo é muito complicado", uma espécie de forma de estar na vida burocratizada, nos gestos, nas ações e no pensar. Posso começar o texto por: É complicado. É complicado não querermos nos simplificar, logo para começar. É complicado quando perdemos a oportunidade de ficar calados ou a oportunidade de não nos silenciarmos perante algo que consideramos injusto, e que remetemos para o campo da insignificância afirmando com uma encolhidela de ombros:"Deixa lá" Não vale a pena!" É complicado desistirmos de nós e dos outros. Complicado é acharmos que tudo é muitooooo complicado e como tal destituímo-nos da responsabilidade de tornar o mundo, o nosso mundo mais leve. É complicado quando não damos resposta, retorno a um apelo, a uma cutucação. Ou somos nós mesmos que não recebemos resposta ou retorno. Gestos tão habituais no mundo do trabalho e até mesmo nas relações pessoais. É complicado quando passamos um atestado de incompetência ao outro, camuflando desta forma a nossa incompetência de estar atento e sensível a um Outro que simultaneamente é também o Eu e/ou o Nós. Paradoxalmente não temos "coragem" (hombridade) para dizer um "não!" ou até mesmo nos abrirmos para o interlocutor, respondendo "Sim! Vem" É isso!". Então silenciamo-nos. É também complicado quando não nos colocamos no lugar do outro. Enfim, é complicado acharmos que tudo é muito complicado e que temos mais que fazer do que estender os braços para o mundo.
A piU
bR, 12 DE Julho de 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário