segunda-feira, 17 de junho de 2013

A DUZENTOS METROS A LINHA DO HORIZONTE

Tentou ganhar coragem. Ali parado ficou olhando a linha do horizonte a pouco mais de 200 metros. Tão perto de alcançar e ali estático com as retinas desatinadas procurando, procurando respostas na cabeça. Procurando respostas em visões que se não arriscasse nunca passariam de visões, ilações e ilusões. Onde o caminho se apresentava aberto criava obstáculos, onde o obstáculo se apresentava bastava confiar no impulso dos pés. E ali ficou com as ideias rodopiando às voltas, enquanto as mãos as unhas esgravatavam a terra. Olhou para o lado. Um grande buraco, uma cova criada no chão enquanto estivera parado olhando a linha do horizonte a 200 metros. Colocou aquelas ideias, aqueles pensamentos que de nada serviam, que só o bloqueavam dentro da cova. Enterrou todas as hesitações. Sentiu-se mais leve.

a piu
Br, 17 Junho de 2913

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