quinta-feira, 6 de junho de 2013

O OTIMISMO E A BRINCADEIRA

O estudante, por brincadeira, escreve à namorada:"O otimismo é ópio do povo". Severamente será castigado por um regime que se queria igualitário, porém uniformizante com pretensões de retirar a alma e o humor aos seus súbditos. Na brisa da manhã um pensamento esvoaça pesado no ar à minha volta:"Otimismo é um caminho sinuoso, algumas vezes interrompido para mais à frente seguir a trilha. Manter o humor. Não perder a capacidade de brincar mesmo quando o otimismo esvoaça cansado no ar."

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A BRINCADEIRA, Milan Kundera


 Um estudante envia um cartão-postal ironizando o dogmatismo comunista. Punido com anos de trabalho braçal, ele tentará se vingar, mas não sem enfrentar uma série de perguntas: qual a relação entre desejo sexual e ódio? Seria a juventude a “estúpida idade lírica”? O que é a vingança? Pode-se praticá-la quando a História anda tão rápido que um homem já não é hoje o que era ontem? Por que a revolução julga com tanta severidade as brincadeiras?
No centro dessa narrativa, contudo, não está a História nem a política, mas sim os enigmas da existência humana.
A brincadeira é o primeiro romance de Milan Kundera, celebrado autor de A insustentável leveza do ser. Lançado na Tchecoslováquia em 1967, foi publicado pela primeira vez no Brasil em 1999, pela Companhia das Letras.

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