Era uma vez um personagem que era mas não era. Era quase, mas não era ainda bem.Quase quase, mas quase já era o que ainda estava para ser. Já era, mas não era ainda na totalidade. Ora era, ora não era, Ora não era bem. Andava à procura do autor. O autor que realmente o torna-se real, palpável, essencialmente substancial na sua essência transcendental.
Era uma vez uma personagem quase real, mas ainda ficcional. Fixava-se no que não era ficcional e quase quase mas quase era real, mas realmente ainda precisava de ser. Real. Não se esconder de si.
Era uma vez um personagem que descobriu que não precisava de nenhum autor, de se esconder atrás de outras personagens reais ou quase reais. Não precisava de ficar atrás ou ao lado de um autor, pois ele seria o autor de si mesmo para se tornar realmente real. Fixou um ponto. Focou-se. Parou e perguntou-se:
'Como nunca se tinha fixado em tal?"
ana piu
Brasil, 31.1.2014
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