Quando nos corredores da vida que umas vezes são mais largos, outras mais estreitos o ser vivente depara-se com a fragilidade, a vulnerabilidade, a doença, a luta pela sobrevivência de outros seres viventes.
Quando o ser vivente se depara tantas e mil tantas vezes com vidas presas por um fio que numa mudança de estação, num imprevisto algumas vezes previsto esse fio rompe.
Quando alguém delicada e afincadamente mantem a capacidade de sorrir mesmo quando a sua alma chora e o seu corpo doí.
Quando todo um povo é encostado contra a parede e encurralado pode ainda rir-se de si mesmo, levantar a cabeça e afirmar: "Sim, há futuro. Há saída. Está nas minhas mãos! Está nas nossas mãos! No nosso sentir e agir!"
A vida é divertida quando já topamos à distância aqueles que acham que são mais espertos que os outros.
É divertido perceber que o elástico das suas cuecas está lasso. Podemos cantar entre dentes com uma pitadinha de cinismo no sorriso:"Ei! Ei! Que é do rei? O rei foi-se! O rei vai nu! Ei! Ei! Viva eu! Viva tu!"
É divertido observar em silêncio, na quietude as fanfarronices de comuns mortais e que observando bem o pé tem uma borra fruto daquelas bufas silenciosas que ninguém sabe quem as deu mas que fedeeeeem e com direito a selo de garantia!
É divertido saber que existem majoretes, robertos e marionetes. E saber que a vida é muito mais divertida do que nos manipularmos uns aos outros.
É divertido divertirmos-nos juntos sem intriga, sem obscurantismo
É divertido jogar o jogo da vida sem fazer dos outros joguetes.
É divertido admirarmos-nos realmente uns aos outros.
Viver é divertido, porque muito valiosa.
Assim como um sorriso é
Assim como um abraço fraterno é
Assim como o encontro de um grande amor
Assim como a realização dos nossos sonhos são
É divertido e libertador querermos bem uns aos outros
Desejarmos uma vida divertida uns para os outros
Onde leveza não se confunde com leviandade
É divertido divertirmos-nos
ana piu
Brasil, 29.1.2014
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