segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

TELEGRAMA PERTO DO VERDE DA GRAMA (do mato, o quintal tá um mato)





alô! alô! por aqui trovoada tropical. calor. lixo e luxo convivem. as pessoas continuam a respirar. umas compassadas, outras ultrapassadas nos seus valores. umas amam-se, outras invejam-se. tem gente de olhar luminoso, outras que temos de mergulhar fundo na obscuridade dos seus medos, dos nossos medos. alô! alô! o sol nasce todos os dias! espero um dia tocá--lo com a mão. posso me queimar, mas não faz mal. gosto de sonhar com esse dia. o rei Midas não me seduz, nem o Deus Olimpo. curto pessoas. tenham elas muito ou pouco no porta moedas. alô! alô! continuo a respirar. a Flor diz que "a burrice está na cabeça das pessoas". hoje não me apetece pensar demasiado sobre isso, nem incriminar os outros pela minha situação, seja ela qual for. apetece-me simplesmente respirar na sacada da casa, olhar as árvores tremelicando enquanto chovisca e o céu range. tá calor.

a piu
br, 1.1.2014
ilustração: Barrele


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