sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

NÃOOOOOO TENHOOOOOO MEDOOOOOOO DOOOOOO ESCUROOOOOOOO

E
E o monstro rosnou, acossado rosnou.
O monstro que não era bem monstro mas era monstro às vezes para si mesmo rosnou gritou um grito desumano em surdina. Estava descobrindo o escuro que tinha dentro de si e uivooooooouuuuuuu a noite toda. Suplicáva um abraço, mas qualquer abraço que tocasse o seu escuro ele uivaaaaaaaavaaaaaaa.
Silenciou-se, mas o uivo ecoava dentro de si.

Dedilhou as cordas uma a uma:" I'm not afraid of the life". Sentiu-se cansado esse monstro. Esse monstro não era bom nem mau, só temia encontrar-se. Uma espécie de vertigem.
Afastou quem dele se abeirou e uivou novamente: quero iluminar o meuuuuuuuuuuuuu escurooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Sentiu-se cansado e dedilhou sem proferir palavra: "I believe in miracles. I believe for better world for me and you."

Riu-se de si próprio de cantar em inglês. E depois com a sua argumentação maneira justificou-se: "Mas os Ramones não cantavam em português!"

Riu-se de si próprio e nesse ato sentiu-se renascer para si mesmo. Relaxou. Voltou a uivar: I'm not afraid of the daaaaaaark! Hey ho, let's gooooooooo! A VIDA ESTÁ À ESPERA ESPERANDO!


ana piu
Brasil, 24.1.2013

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