quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

BIA DE SORRISO DE RADIANTE


Hoje é dia 16 de Janeiro de 2014. Se o meu avô materno fosse vivo faria ontem 101 anos. Porque não? O Manoel de Oliveira tem 106 anos e está vivo e continua a realizar filmes! Já pensei que todo aquele ritmo contemplativo de um existencialismo do cinema novo francês, num ritmo quase parado se não parado de diálogos monosilábicos dá-lhe mais anos de vida. Talvez. Mas como não sou critica de cinema e sim uma comum espectadora que a última vez que viu um filme dele tinha dado um tralho, vugushi queda, de moto que valeu o dedo mindinho quebrado já não sei qual foi a questão de querer sair rapidamente da sala de cinema. Se por o dedo negro inchado, escondido da vista do meu pai ou se foi aquela linguagem cinematográfica que já me estava a dar achaques. Ora... eu tinha 17 anos. Convenhamos quanto o facto de omitir a queda de moto.

Aqui temos o meu timido pai, que não vou notificar, ao lado da minha mãe de radiante sorriso. Estão de visita à terra do Joãozinho das festas (ilustre politico Alberto João Jardim. Não vou tecer agora considerações sobre esse folião populista. Contestar todos os dias perde impacto. ) e do glorioso Cristiano Ronaldo que não devia ter nascido. Enfim, esta foto é tirada na ilha da Madeira nos anos 70. Tem o meu tio de punho erguido, que sempre lhe ficou muito bem , e 'nha tia que também não vou notificar, mas que deverá ver esta kodak para mais tarde recordar, mais tarde ou mais cedo. E recordar é viver! E vivam os vivos! E que descansem em paz os mortos. E recordar não tem de ser triste. Recordar também é um gesto de carinho alegre e sorridente como o da minha mãe.

Amanhã faria 67 anos. E como eu de vez em quando sou terrivel com a lembradura dos aniversários no próprio dia, lá vai homenagem. Umas vezes chego antes, outras depois. Outro dia foi com o meu sobrinho... Estava em viagem! Espero que a justificação seja boa, porque verdade. Desculpa mano... :)))
E quem é vivo sempre aparece e quem sente carinho sempre se manifesta. E quem não manifestar carinho uns pelos outros não sabe o que perde.

Enfim, há quem homenageie pessoas que fizeram grandes feitos na vida, que deixaram obra. Quanto à minha mãe... Fez-me a mim e ao meu irmão, que até acho que tanto um como outro não somos nada macios de roer. Mas ninguém é perfeito! Quanto a mim a imperfeição é um estado de perfeição perfeitamente (im)perfeita. Gosto! Dá sempre poder de manobra. De seguir em frente, de rectificar e também perdoar e de nos aceitarmos como somos. Principalmente quando não esquecemos de sorrir com sinceridade radiantemente.

ana
Brasil, 16.1.2013

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