sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

"QUAL É A SUA GRAÇA PALHAÇA?"

Ainda não fez a sua inscrição?!?!?!?!?! Está à espera que lote? Está à espera de ficar com aquele entrave na glote de já não haver lugar para si?!?!?!?!?! Quem avisa amiga é! Não perca esta oportunidade de fazer uma oficina com esta celebridade!!! Veja só como foi no ano anterior! Um primor!

Na edição de nº 7 Humatriz Teatro oferece de 17 a 23 de Fevereiro a oficina:

"QUAL É A SUA GRAÇA PALHAÇA?"

dia 23 domingo encerramento com uma Mostra para o público convidado.

das 18h30min às 22h30min.

10 vagas

Local: Barracão Teatro
Rua Eduardo Modesto, 128 - Vila Santa Isabel - Barão Geraldo - Campinas

*esta oficina é destinada para palhaças já iniciadas na linguagem.
investimento: R$ 500,00 pago em duas parcelas
Informações: adelvaneia@gmail.com

orientado por Adelvane Neía

Foto da 6ª Edição - fevereiro de 2013 com as palhaças: Ananda Razuck, Márcia La Cruz, Mirna Rolim, Lenisa Brandão, Inês Ribeiro e Doris Fernandes.
 — com Adelvane Néia e 6 outras pessoas.

»QUELLE EST VOTRE clowns?"

 A pas encore votre application!! Est-ce que vous attendez pour le lot? Vous êtes tenu de rester avec l'un des obstacles à la glotte de maintenant, il n'ya pas de place pour vous!! Celui qui avertit est sympa! Ne manquez pas cette occasion de faire un atelier avec cette célébrité! Voir comment il a été l'année précédente! Un chef-d'œuvre! 

Dans le numéro 7 Humatriz Théâtre propose 17-23 Février à l'atelier: 

»QUELLE EST VOTRE clowns?"

dimanche 23 avec un spectacle de clôture pour le public invité. 

de 18:30-22:30. 

10 offres d'emploi 

Lieu: Hangar Théâtre 
Rua Eduardo Modesto, 128 - Vila Santa Isabel - Barao Geraldo - Campinas 

* Cet atelier est conçu pour les clowns déjà engagées dans la langue. 
investissement: 500,00 $ US payable en deux versements 
Info: adelvaneia@gmail.com 

entraîné Adelvane NEIA 

Photo de la 6e édition - Février 2013 avec les clowns: Ananda Razuck, Marcia La Cruz, Mirna Rolim, Lenisa Brandão, Inês Fernandes Ribeiro et Doris Fernandes

"WHAT IS YOUR FREE clown?" with Adelavane Néia

Has yet not your application!!!!! Are you waiting for batch? You are expected to stay with the one obstacle in the glottis of now there is no place for you!!!!! He who warns is friendly! Do not miss this opportunity to do a workshop with this celebrity! See how it was in the previous year! A masterpiece!

In issue number 7 Humatriz Theatre offers 17-23 February to workshop:

"WHAT IS YOUR FREE clown?"

23rd Sunday with a closing show for the invited audience.

of 18:30 to 22:30.

10 vacancies

Location: Shed Theatre
Rua Eduardo Modesto, 128 - Vila Santa Isabel - Barao Geraldo - Campinas

* This workshop is designed for clowns already initiated in the language.
investment: U.S. $ 500.00 payable in two installments
Info: adelvaneia@gmail.com

driven Adelvane NÉIA

Photo of 6th Edition - February 2013, with the clowns: Ananda Razuck, Marcia La Cruz, Mirna Rolim, Lenisa Brandão, Inês Fernandes Ribeiro and Doris.

OS ENAMORADOS

Era um vez um enamorado que quis oferecer uma rosa à sua amada
mas em vez de uma rosa ofereceu-lhe uma história complicada

logo logo pensou a amada:
"Ai deus meu! Como vou sair desta embrulhada?!
O rapaz 'tá louco!
Vou mas é beber uma água de coco!
E já volto daqui a pouco
Pode ser que ele se revele
e me ofereça um pote de mel!
Ou um bouquet de cravos
que nós bem sabemos que não somos nada parvos!
Quem sabe um olhar potencializado
e assim terei de volta o meu amado?
Com toda a sinceridade!
é bom viver entre as árvores
e não na cidade!
Vou esperar sem ansiedade
numa só de (como diria?) amizade!

O enamorado então pensou:
vou ganhar fôlego e vou ter com o meu amô!

a Piu
Brasiu, 31.1.2014

Askew
© R A N S O M • R O C K W O O D

O VELHO PUNK QUE SE TORNOU ZEN, um thriller da meia noite e trinta e sete minutos


Era uma vez um punk que antes de ser punk chamava-se Zé. Ora o Zé era um rapaz à maneira. Assim que entráva no bus ficáva logo atento se o pica vinha ou não. Andava sempre em parelha com o Carlitos. Assim que o fiscal vinha ele saltava do lugar e gritava: "Carlitooooooos olha o pica!" O Zé corria para fugir do pica e quando fugia a crista desmanchava, baixava.. Apressadamente logo atirava a mão ao bolso para num gesto rápido ter entre os dedos um naco de sabão da roupa, daqueles azuis e brancos. O famoso sabão macaco.

Entretanto os anos passaram e foi ficando calvo. Cuidáva religiosamente da sua crista. Nunca mais encontrou o Carlitos que hoje trabalha num stand de automóveis de luxo como gerente.

Zé Punk converteu-se, depois de escutar muitos Sex Pistols decidiu largar tudo. Hoje é conhecido por Zen Punk; vende incenso na baixa da cidade e tem uma dívida com o forncedor que por acaso é chinês e que já lhe disse se não pagar tem como ajustar contas sem ninguém dar por nada.

na piu
brasile, 31.2.2014

UM PERSONAGEM À PROCURA DE UM AUTOR

Era uma vez um personagem que era mas não era. Era quase, mas não era ainda bem.Quase quase, mas quase já era o que ainda estava para ser. Já era, mas não era ainda na totalidade. Ora era, ora não era, Ora não era bem. Andava à procura do autor. O autor que realmente o torna-se real, palpável, essencialmente substancial na sua essência transcendental.

Era uma vez uma personagem quase real, mas ainda ficcional. Fixava-se no que não era ficcional e quase quase mas quase era real, mas realmente ainda precisava de ser. Real. Não se esconder de si.

Era uma vez um personagem que descobriu que não precisava de nenhum autor, de se esconder atrás de outras personagens reais ou quase reais. Não precisava de ficar atrás ou ao lado de um autor, pois ele seria o autor de si mesmo para se tornar realmente real. Fixou um ponto. Focou-se. Parou e perguntou-se:
'Como nunca se tinha fixado em tal?"

ana piu
Brasil, 31.1.2014



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

OS CONSELHOS DA DÓTORA LORENA


O que lá vai lá vai! Mesmo que pareça, as pessoas não são todas iguais. Aliás! As pessoas podem até mudar! A Dótora não garante que mudem, mas acredita que existem seres viventes que podem redescobrir-se. Auto revelarem-se! Não desanimem, querid@s leitores e leitoras e pacientes! A más experiências do passado são benéficas para a atenção! Estar atent@ às próprias desconfianças e entregar-se com generosidade ao instinto e à sabedoria retiradas das cabeçadas na parede. Viver o presente sem se ausentar do mesmo. É esse o conselho da Dótora Lorena. Não desanimem, pois o mundo está aí com reservas de surpresas, basta investirmos nelas.

Dótora Lorena ao vosso dispôr
aconselha que a vida seja vivida sem dor
quando possível for
sem dissabor

Dótora Lorena aquela que não é fera nem é amena
não usa dísticos nem emblema



A ALEGRIA É A PROVA DOS NOVE por Oswaldo de Andrade

"Na contramão da vulgaridade e da violência que o capitalismo produz e reproduz. Na contramão da cidade impessoal, dos gestos petrificados, das rotinas cansativas e estéreis do trabalho alienado. Na contramão do Rio de Janeiro e do Brasil da modernização conservadora e elitista. Da modernização conservadora que reproduz o atraso. Do progresso que produz a agressão. Da urbanização acelerada que desumaniza e instala a violência e a barbárie no cotidiano da nossa cidade do Rio de Janeiro. Das metamorfoses do escravo, livre de açoite na sanzala, preso na miséria da favela, como dizia, ao modo dialético, aquele samba de enredo da Mangueira.

Teatro do Anônimo. Que ocupa ruas e praças da cidade com humor, alegria e inteligência crítica. Fazendo contraponto civilizado à barbárie que, mais e mais, a todos nós ameaça. Faço, portanto, um elogio do trabalho de quem parte da posição anônima, comum e cotidiana, e vai sem preconceito ao encontro dos anônimos e comuns que passam pelas ruas da nossa cidade. Um aprendizado. Um trabalho. Uma mistura de tradições culturais e referências críticas convergindo para o espaço público. Uma maneira de mudar o sentido do anonimato de massa na cidade da mercadoria. (...) É uma longa tradição que faz do humor e do riso armas contra os poderes e as hierarquias, as pompas e as  poses, profanas ou sagradas. (...) e vale a pena lembrar, é que também existe um outro tipo de humor, a favor do que existe, do que é injusto e violento, que faz rir dos mais fracos, colocando o espectador na posição pouco honrosa de humilhar quem j´[a é todo o tempo humilhado."

in "Teatro de Anônimo, Sentidos de uma Experiência"/ org. Ieda Magri e João Carlos Artigos-Rio de JaneiroAeroplano: 2008




quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

AI MÃE




O lugar da mulher é onde ela quiser que seja. De punho erguido ou de mão aberta para atravessar a estrada com alguém. Lavando roupa. Cozinhando.Escrevendo. Pintando. Projetando. Decidindo. Saboreando o sol do final de tarde. O lugar da mulher é ela ser sem ditames. O lugar da mulher é onde ela se sentir a gosto. Sentir que constrói, que a valorizam. Não dizer que sim e que gosta a tudo porque está cegamente enamorada. Ser critica perante as suas escolhas. Não se vitimizar quando pode escolher e ter força suficiente para se desumilhar. O lugar da  mulher é o mesmo lugar de qualquer ser vivente. Não bajular só por que sim. Admirar o crescimento nosso de cada dia. O lugar de nós todos e todas é na vida com dignidade e já agora com olhar periférico. Olhar periférico é um dom de bom tom ter a noção do que rodeia. O lugar dos pés é no chão e no ar também. O lugar do sorriso é em todo o lado. Principalmente no recôndito do estômago. Tirar do lugar para reinventar, reanimar lugares viciados de rotinas que são amorfas sem nos darmos conta. O lugar de dar lugar a todos. O lugar de haver lugar para todos que não subestimem o lugar dos restantes.

ai mãe
Freud explica? ;)

ana piu
Br, 29.1.2014

DÓTORA LORENA E AS SUAS RAZÕES PARA ACHAR A VIDA DIVERTIDA

Quando nos corredores da vida que umas vezes são mais largos, outras mais estreitos o ser vivente depara-se com a fragilidade, a vulnerabilidade, a doença, a luta pela sobrevivência de outros seres viventes.

Quando o ser vivente se depara tantas e mil tantas vezes com vidas presas por um fio que numa mudança de estação, num imprevisto algumas vezes previsto esse fio rompe.

Quando alguém delicada e afincadamente mantem a capacidade de sorrir mesmo quando a sua alma chora e o seu corpo doí.

Quando todo um povo é encostado contra a parede e encurralado pode ainda rir-se de si mesmo, levantar a cabeça e afirmar: "Sim, há futuro. Há saída. Está nas minhas mãos! Está nas nossas mãos! No nosso sentir e agir!"

A vida é divertida quando já topamos à distância aqueles que acham que são mais espertos que os outros.
É divertido perceber que o elástico das suas cuecas está lasso. Podemos cantar entre dentes com uma pitadinha de cinismo no sorriso:"Ei! Ei! Que é do rei? O rei foi-se! O rei vai nu! Ei! Ei! Viva eu! Viva tu!"

É divertido observar em silêncio, na quietude as fanfarronices de comuns mortais e que observando bem o pé tem uma borra fruto daquelas bufas silenciosas que ninguém sabe quem as deu mas que fedeeeeem e com direito a selo de garantia!

É divertido saber que existem majoretes, robertos e marionetes. E saber que a vida é muito mais divertida do que nos manipularmos uns aos outros.

É divertido divertirmos-nos juntos sem intriga, sem obscurantismo

É divertido jogar o jogo da vida sem fazer dos outros joguetes.

É divertido admirarmos-nos realmente uns aos outros.

Viver é divertido, porque muito valiosa.

Assim como um sorriso é

Assim como um abraço fraterno é

Assim como o encontro de um grande amor

Assim como a realização dos nossos sonhos são

É divertido e libertador querermos bem uns aos outros

Desejarmos uma vida divertida uns para os outros

Onde leveza não se confunde com leviandade

É divertido divertirmos-nos

ana piu
Brasil, 29.1.2014



ALGUMAS CONSIDERAÇÕES QUE NÃO TEM DE SER NEM NUAS NEM CRUAS

Meu querido diário,

ontem quase mas quase ia levando com dois donos da estrada. Talvez não levasse, que eu cá sou muita rápida no meu calhambeque! Não é para me gabar, mas do meu calhambeque ninguém se aproxima. Tem ar de calhambeque da gangue da roça. E nós, a girls band, agradecemos pois é bastante divertido termos os vidros abertos e podermos dar um "Oi! Tudo bem?" para o pessoal que fica nos semáforos tentando ganhar umas moedas com algum serviço, seja ele atirar bolas para o ar, seja vender panos da louça ou limpar o vidro da frente do carro.Digno para ambas as partes. Considero. Assim como ajudar com alguma contribuição sempre que dá.

Os carros iam chocando. Um dos condutores ia de tronco nu. Logo a menina Flor falou:"É o que dá dirigir de tronco nu!"; "Porquê?", perguntei. "Porque dá azar! Dirigir de tronco dá azar."

Hoje, meu querido diário, ao sair da roça a vizinha que já vive junto à estrada de asfalto acenou para eu parar. Parei. Foi logo falando:"Oi! Estou me separando e estou vendendo umas roupas e outras coisas. Se você estiver interessada me avisa." Nem me deu tempo de responder, mas ia-lhe responder o quê? Que ando a correr a trás de ganhar graninha e que... Olha! Seguimos caminho.

"A senhora está a separar do que quê?", perguntou a Flor. "Do quê? Não, de quem. Do marido."; "Ah! Pensei que fosse da roupa!"

Comecei a imaginar eu andar vestida com a roupa da dita senhora na rua. Além de não fazer nada o meu estilo. Sim, porque eu tenho estilo, apesar de optar por um estética negligé. Ah pois! O que é que pensam? Olaré pi pu!

Ainda imaginei ser aborda pelo ex marido da senhora e ser confundida com ela. Imagine-se!! Granda loucura! O homem começar a discutir e lavar roupa suja no meio da rua comigo! E eu sem o conhecer de lugar nenhum!!! Ou o senhor ex marido da dita vizinha falar: "Tira já essa roupa que eu ofereci para a minha mulher!" (sim! minha mulher! que em alguns casos o pessoal leva tempo a admitir que já não existe nada entre ambos.)

Vai daí que eu falei para a menina Flor:""Depois tinha de ir para casa nuinha como vim ao mundo. Já pensas-te?" Logo, mas logo a Flor respondeu:"E dirigir nua dá azar!"

Moral da história: mesmo com este calor dos diabos andar de tronco nu pode distrair os restantes. O melhor é escolhermos os momentos exatos para nos despirmos. Se não podemos ter azar. Segundo, vestir velhas roupagens de histórias alheias pode dar cá um azarão do cum escamartilhão.
O melhor vestirmos-nos com a nossa nudez. Pelo menos é nossa. Sabemos quem somos e o que vestimos e o que não.


A na Pi uuuuuuuuuuu
Brasil. 29.1.2014
imagem: Natural Theatre UK

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

BANDEIRA

e saía a rua voziverando  que a bandeira dele era não ter bandeiras
desalinhado ensaiava em frente ao espelho palavras de ordem de caos
levava uma bandeira negra clamando que tudo estava falido
que a liberdade nunca aconteceu
que tudo de tudo
não é nada de nada
começou a ter entorses nos pulsos
luxações musculares

hoje acena uma bandeira branca
para observar o movimento do vento e sentir paz
não por uma questão de desistência
por uma questão de sintonizar a batida do coração
num atento movimento do vento

na piu
Br, 28.1.2014

OS OLHOS DA DÓTORA LORENA

Os olhos da Dótora Lorena, sempre com a sua pose serena.


A DÓTORA LORENA ADVERTE:

a coerência é um duro osso de roer.

Dótora Lorena não resolve o teorema
e posiciona-se numa subjetividade amena
Dótora Lorena ao vosso dispôr
seja para si, seja para quem for



A DÓTORA LORENA E SEUS MANTRAS HOMEOPÁTICOS PARA OS QUERIDOS LEITORES E PACIENTES EMPÁTICOS PARA SEREM PROFERIDAS ENQUANTO SE SOBE A ESCADA

que o outro seja um estimulo
não uma ameaça
que o facto de não estarmos sempre de acordo
não significa que não nos respeitemos
que o facto de dizermos que não gostamos de determinada coisa
não significa que não gostemos do outro
o contrário
absolutamnte o contrário
que outro não represente uma ofensa
assim como nós ao outro
que os gestos se expandam
se espraiem
cresçam
na travessia do tempo
num motor para nos superarmos
e em alguns, muitos pontos concordarmos

Dótora Lorena e sua oração amena sem ismos nem asmas
Dótora Lorena, a que se pasma para afastar dos seres os malucos fantasmas

Br, 25.1.2014



A VINTHE ZEIS DE CHANEIRO DE DOIZ MILE E DOUCE PIU ATERRA EM VIRACOPOS NUMA ESPÉCIE DO TIPO DE GRITO DE IPIRANGA



Há dois anos a beber caldo de cana
bem bacana
com calibre!
Limão e gengibre
a brindar a este mundo louco
na famosa praça do Coco
o que é natural é bom
toca aí um som
de bom tom
que os ombros já fazem
fom fom fom

Piu no Brasiu
since 2012


MAUS

A 27 de Janeiro de 1945 foram libertos os prisioneiros do campo de concentração de Aushwitz. Ontem, dia 26 de Janeiro, em conversa alguém me falava que um sobrevivente desta atrocidade dizia que mais grave que ser nazista foram os colaboradores polacos/ poloneses. Os delatores. Ontem 26 de Janeiro de 2014 os manifestantes contra a copa foram reprimidos. Presos também. Não encontrei nenhuma publicação por aqui. O silenciamento que se sente muitas vezes começa a fazer sentido, o que até então para mim soava estranho. Lutar pelos direitos humanos e a dignidade da vida e ser contra a destruição das casas e das vidas dos mais vulneráveis não tem que ver com ser de esquerda, da direita, canhoto, manco ou zarolho. Hoje dia 27 de Janeiro de 2014 alguém me dizia que quem se manifestar contra a copa pode levar até 30 anos de prisão. Enfim, quem assina por baixo foi uma ex guerrilheira. Imagina se não fosse. Ontem essa mesma ex guerrilheira degustou uma prazerosa refeição num dos restaurantes mais caros de Lisboa. Será que foi ao som do "Meu caro amigo" do Chico Buarque? Hoje dia 27 de Janeiro de 2014 pensei que aqueles que vierem de fora, do estrangeiro internacional, para compactuar com uma vertente talvez não tão "light" da imagem que aqui se vê o que são?
Silenciar é compactuar? A opinião pública internacional no meio desta "brincadeira de mau gosto" onde está? O que pensa?

a piu
br, 27.1.2014



CADEIRAS VOADEIRAS

Sentaram-se frente a frente, lado a lado e voaram juntos

piripiumpium


UNICÓRNIOS



Há unicórnios levados da breca!... Com a mania que são diferentes! Ao principio os outros unicórnios sentiam-se ofendidos com as suas diabruras. Tomavam aquil até como algo pessoal! Hoje?! Já nem lhe ligam, até sentem falta quando não faz das suas. Afinal, até lhe ligam! ... Não estivessem todos no mesmo carrocel!...

pipiripipiu
Br, 27.1.2014

A SIMONE ESTÁ AO TELEFONE, VERSOS MALDITOS PARA O OLHAR DANÇAR PERDIDO

eu hoje só penso na minha carreira
a vida está desta maneira!
não há cá pão para malucos!
por falar nisso! acho tão queridos os eunucos.

eu hoje estou muito solidário
marquei aqui no meu calendário

eu até tenho bastante classe
prevejo para a minha a vida todo um desenlançe
não me aproximo dos que incomodam ou estorvam
eu sou assim
penso em ti, mas primeiro em mim

muito menos dos que falam em hipocrisia
aiiiii que azia! aiii que azia!
vamos fingir que não é nada connosco
depois falamos, lá para Agosto

tenho ideias open mind
can you find? can you find?
quem sou eu para mudar o mundo?
aiiiii que ingenuidade! suspiro profundo! suspiro profundo!

eu cá sou uma categoria
baseio tudo na teoria
se não ligas para a opinião
tudo bem! mas não contes comigo, não!

olha! está a tocar o telefone!
é a Simone! é a Simone!
"oui! oui! ça va!"
chiiuuuu estou a falar com o Beauvoir

espera um instante!
agora sim, sou importante!

imagem: Simone de Beauvoir rindo para moi même, para mim. Porque não? O meu bisavô acreditava que as meninas da tv o viam. Brindava a elas e tudo. Eu acredito que as pessoas que admiro também riem e sorriem para mim atrás das suas fotos e retratos! Cada maluco com a sua mania!

pipiripipiu
Br, 26.1.2014





UM DIA

um dia havemos de nos abraçar
nesse calor húmido
de verde esperança
de verde ser
de verde trocar
um dia
o misterioso torna-se mágico
e o mágico real

na piu
Brasil, 27.1.2014


Michael Lanzetta.

O HOMEM DA MOTO

a moto foi
o homem ficou
o que aconteceu à moto?
que é feito do homem?

na piu
Brasil, 27.1.2014


“ Street Art “ par Ernest Zacharevic

QUANDO OS DIAS DEPENDEM DE NÓS

Cada dia é mágico, pois temos sempre a oportunidade do viver. 
Também é mágico quando percebemos que dê lá por onde der podemos sempre escolher 
ser mais leves que pesados, 
mais positivos que negativos, 
mais verdadeiramente alegres que nocivos,
mais humildes que vilmente orgulhosos,
mais orgulhosos nos nossos mergulhos
and so on
and so on
on
on
in
come on
in e in

pipiripipiu
Br, 28.1.2014

ilustração: Bernardo Costa



A DÓTORA LORENA ADVERTE:

a coerência é um duro osso de roer.

Dótora Lorena não resolve o teorema
e posiciona-se numa subjetividade amena
Dótora Lorena ao vosso dispôr
seja para si, seja para quem for


sábado, 25 de janeiro de 2014

CONVERSAS SABATINAS ENTRE MOÇAS E MENINAS ou CHAPÉUS HÁ MUITOS, MINHA FLOR, ESTAMOS JUNTAS PARA NÃO TE DEIXARES CAIRES EM IMITAÇÕES E OUTRAS LAVAGENS QUE TAIS CEREBRAIS


Flor- Eu pensava que o governo era um senhor que doa coisas.
Yo- Doa?  Doa a quem doer.
Flor- Eu pensava que o governo era um senhor rico que doa coisas.
Yo- O governo não doa, o governo que são várias pessoas usam o dinheiro dos contribuintes que pagam impostos.
Nina- O governo rouba mais do que doa.
Flor- Uma coisa eu sei! Sei que os impostos servem pelo menos para uma coisa!
Yo- Para quê?
Flor- Quando os gémeos nascem juntos os impostos pagam para os separar.
Nina- Isso é verdade!
moral da história: Será que o governo usa os impostos para separar o pessoal?
Ana Piu
Br, 26.1.2013

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O SILÊNCIO É SEXY

Com um fiozinho escreveu: "silence is sexy"
ficou longas horas olhando para aquele fio desenhado sobre a pedra
quantas vezes se silenciara por receio?
quantas vezes tomara coragem e pronunciou letra por letra o seu sentir, o seu pensar?
quantas vezes fez-se de sexy quando não era nada daquilo que queria fazer-se?
quantas vezes deixou de ser sexy por se silenciar?
quantas vezes se esqueceu de si?
de quantas vezes são feitas as vezes?
quantas vezes seguirão outras vezes?
quando já pensara que alcançara, ainda faltava
quando achava que faltava estava bom assim
no dia que deixou de se arrepender de toda e qualquer coisa no detalhe ou na totalidade sentiu prontidão para se silenciar e não se silenciar
estando bem consigo mesmo, de bem para com o mundo
o mundo
o que era o mundo?
o que é mundo?
quando se apaziguou entendeu que não precisava de estar contra o mundo nem mundo precisava de estar contra si
das vezes que outras vezes vieram sentiu o impulso de ser no silêncio e de ser quando uma palavra era necessária
a palavra "vem" por exemplo
"vem que ainda cá estou" eram as palavras que seguiam aquela palavra como vezes que seguiriam as outras vezes

ana piu
Brasil, 24.1.2014


NÃOOOOOO TENHOOOOOO MEDOOOOOOO DOOOOOO ESCUROOOOOOOO

E
E o monstro rosnou, acossado rosnou.
O monstro que não era bem monstro mas era monstro às vezes para si mesmo rosnou gritou um grito desumano em surdina. Estava descobrindo o escuro que tinha dentro de si e uivooooooouuuuuuu a noite toda. Suplicáva um abraço, mas qualquer abraço que tocasse o seu escuro ele uivaaaaaaaavaaaaaaa.
Silenciou-se, mas o uivo ecoava dentro de si.

Dedilhou as cordas uma a uma:" I'm not afraid of the life". Sentiu-se cansado esse monstro. Esse monstro não era bom nem mau, só temia encontrar-se. Uma espécie de vertigem.
Afastou quem dele se abeirou e uivou novamente: quero iluminar o meuuuuuuuuuuuuu escurooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Sentiu-se cansado e dedilhou sem proferir palavra: "I believe in miracles. I believe for better world for me and you."

Riu-se de si próprio de cantar em inglês. E depois com a sua argumentação maneira justificou-se: "Mas os Ramones não cantavam em português!"

Riu-se de si próprio e nesse ato sentiu-se renascer para si mesmo. Relaxou. Voltou a uivar: I'm not afraid of the daaaaaaark! Hey ho, let's gooooooooo! A VIDA ESTÁ À ESPERA ESPERANDO!


ana piu
Brasil, 24.1.2013

NO FUTURE?!

Decido calar-me
mas a voz
aquela voz
que teima
que teima muito
uma voz que precisa de silêncio
mas que não se contém
sinto-me uma furiosa dramática
pois é
uma melodramática que chora a cada oportunidade
acontece

sinto-me livre
apesar de tudo
escrevo na sacada da casa
estou fora e estou dentro
chove torrencialmente e faz calor
a Flor dança como veio ao mundo com a cachorra
acho que já não temo em me expõr
é esse o meu ativismo

hoje chorei
chorei por mim e por nós
chorei
acontece
lubrifica
trabalhei com aquela raiva boa
aquela raiva indignada
aquelas ganas de autonomia
um grito do Ipiranga?
uma raiva de vir de um país que escorraça as pessoas
qualquer escorregamento posterior já é uma cócega

sim, há futuro
há presente
também há passado
mas o que lá vai lá vai
procuro estimulo
alivio
lugares e relações respiráveis
é isso que desejo para todos nós
sonho com um carnaval de alegria espontânea
(não estivera eu na terra do carnaval =
onde o mundo se vira de pernas para o ar

sim, há futuro e há presente
para quem se disponha a fazer o pino
nada está perdido

ana piu



E VAI


em direção ao sol, vai
uuuulá lááááááá?
pouca gente está do outro lado para o aplaudir!
ai que pena!
quase desiste, mas não desiste
ai que pena ainda não ter chegado
ao sol
não desiste
ai que não há ninguém para aplaudir
a hostilidade da corda bamba sorri
há aqueles para quem sorrir simboliza mil contrações musculares
aos quais não estão dispostos
em direção ao vento vai
para que bata no cabelo
curto ou longo
pouco importa
o que importa é alma
mas essa é mais escorregadia
vai
que a luz é inspiradora

vai que consegues

a piu


INS PIRAÇÃO

Estou só aqui finalizando uns trabalhos, mas já divagando no que quero escrever. Nas mãos tenho uma pauta de música. É sempre bom. Inspiiiira. Tudo pode inspirar, mas a musicalidade é aquela coisa. Gosto da palavra inspira que é formada por aglutinação (instinto mais pira do verbo pirar, não desprezando uma lógica que não tem de ser nem deve cartesiana). Coloco o meu nariz vermelho e os meus óculos sem lentes ou com umas lentes de aumento ou próprias para olhar os detalhes e vou ticle ticle tic tac teclando.

pipiripipiu
Br, 24.1.2014




quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

SOU

Sou de onde houver um porto de abrigo
 não me vou afogar
sou de onde houver um abraço. um mão
sou mesmo que tudo à volta desmurone vou continuar a construir
a reconstruir-me
sou de onde não me escorraçam
sou de quem me recebe
somos
sou porque somos
do riso com gosto
do silêncio tranquilo/ sou o mergulho sem orgulho
sou o orgulho do mergulho/ sou para quem for

Ana Piu
Brasil 23.1.2014

Paula Rego
 

O SOFÁ DA MINHA SALA ERA A MINHA PLATEIA

Logo de manhã colocava o vinil de Richard Strauss e esvoaçava pela sala em passos baléticos aprendidos na escola. Depois agradecia numa apoteose de aplausos imaginados. Estes momentos catárticos caseiros duraram entre os 7 e os 11 anos. Esta é uma memória de infância que não quero perdê-la, pois a minha palhaça agradece encarecidamente.

Com uns 14 ou 15 anos chegaram os cds. Os primeiros que tive foi Mozart pela pianista portuguesa Maria João Pires. Na capa ela novinhaaaa. Uns 18, 20 anos. Eu gostava de olhar para aquela imagem de uma jovem pianista concentrada. Hoje ela não tem mais 18 nem 20 anos. Também já não é mais portuguesa. Renunciou a nacionalidade. Ato de coragem. Renunciar um passaporte vermelho da comunidade europeia é porque cansou de vez. Compreensivel.

Daqui a 6 dias, uma mão com cinco dedos mais outro da outra mão, faz dois anos que pisei em território brasileiro decidida a ficar. Tenho um passaporte vermelho e o que me faz ficar aqui legalmente é um passaporte verde da minha filha. Não me sinto estrangeira no Brasil. Nunca me senti de todas as vezes que aqui estive. Falo a mesma lingua com a com a qual me sinto à vontade em expressar. Não preciso de pensar demasiado para me expressar e manifestar o afeto, o carinho por aqueles que desejo bem e que me desejam bem. Por vezes tenho dúvidas se Portugal me deseja bem. Se faço alguma faltinha. Talvez não. Depois penso em grandes senhoras que deram a conhecer Portugal através da sua arte, falo da pintora Paula Rego e da Maria João Pires, e talvez tenha de concluir que a vida continua e estou bem onde sou acolhida e valorizada. Da minha parte é esse o paradigma, valorizarmos-nos realmente, porque um dia a pessoa cansa e renuncia o que tem de renunciar por uma questão de dignidade e posicionamento.

Ana Piu
Brasil, 23.1.2014

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

AS CRIANÇAS QUE VIERAM DA SANTA TERRINHA


Tudo é grande.Grandiosamente enorme. As ruas largas de prédios de pedra e grandes. Nada igual ao lugarejo de onde veio com meia dúzia casas e algumas almas atentas às almas eventualmente pecadoras. É novinha para pecar, mas há quem diga que o pecado não escolhe idades.

Tem vontade de libertar o intestino. Não há moitas, nem pedras para se limpar depois. Está muito aflita e a mãe pediu para esperar, pois foi oferecer trabalho na casa de uma senhora. Aquelas ameixas que o pai troxe estavam muito maduras. Não aguenta vai ter de ser ali. Sente suores frios e arrepios com calor. Vai ter de ser ali. Que vergonha. A única coisa que sabe dizer é:" Pardon!" Nem uma pedrinha para se limpar. Agacha-se atrás de um contentor de lixo. Aproveita para vomitar a sua fome. O seu vómito tem gosto ao chá de camomila que conseguiu beber no hospital com um biscoito a saber a canela. Todos os dias passa no hospital para conseguir comer um biscoito mais um copo de chá.

A mãe tarda em chegar. E se ela não vier? E se ela a deixou ali. Reconforta'-se com a ideia de poder caminhar pelas ruas sem as ordens maternais. Alguém a chama. Não é a mãe. "Qu'est tu fais lá?" Quando escuta o lá olha para longe. A pessoa repete: "Qu'est tu fais lá?" E ela volta a olhar para longe. A pessoa ri-se irritada e informa-lhe que ela é uma selvagem, que não pode defecar em espaço público. A menina ri-se, sem saber muito bem o porquê do seu riso.Olha e vê que está de cócoras. Não sabe o que fazer. Não há pedra para se limpar e sente pudor da pessoa que na sua frente está. Escuta uns brados ao longe: "Maaaaariaaaaa Josééééé´" Mãe. Corre para a mãe a tresandar aquele fedor materializado que não deu para deslocar para uma pedra.A mãe pergunta-lhe assim que a vê: "Queres uma ameixa? Deves estar com fome. Parece que viste o diabo! "

dedicado à Judite da Silva Gameiro

Ana Piu
Br, 21.1.2013

nota: a história é ficção
imagem: Maria dans un bidonville à Saint-Denis en 1959 © Gérald Bloncourt - 2013

BELA E DECADENTE OLISIPO

Esta é a "minha" cidade
Gosto de olhá-la daqui
de fora parece tão serena
gosto de olhá-la do cimo da ponte
gosto de olhá-la do cacilheiro
de Cacilhas
gosto de brindar-te, Lisboa, na outra margem
"margem de certa maneira"
gosto de te saber e de te desejar calma
olhar-te daqui em dias de sol
fui já não vim
gosto de ti
mesmo quando hostil
mesmo quando a tua melancolia é o teu bloqueio
gosto de ti
mesmo quando resmungona
és bela e mal criada
sofres de azeites
chatorra
gosto de ti na mesma
gosto quando de te manténs "Lisboa menina e moça"
não te gosto velha e cansada
viciada
Lisboa
trago-te no coração
fui já não vou
vou mas vim
pode ser assim?
não sei se te deva dizer para esperares por mim
é melhor assim
um dia! perimpimpim
faço-te uma visita
bem bonita!

ósculos para ti

a piu
Brasil, 21.2.2014

Olisipo (em latim: Olisippo; em grego: Ολισσιπο; transl.: Olissipo; ou Ολισσιπόνα, Olissipóna) foi o nome romano da capital portuguesa, Lisboa. A cidade era uma das mais importantes da Lusitânia romana, contudo não era a sua capital, que ficava em Emerita Augusta a actual Mérida (na Estremadura Espanhola). . Foi município romano, sendo os seus cidadãos romanos apesar de não serem de ascendência romana, devido à aliança que o governo da cidade empreendeu com Roma. O sufixo "ippo" (ipo) é encontrado em diversos locais da península Ibérica e é característico das áreas de influência Tartessa ou de áreas com uma posterior influência Turdetana. (fonte: wikipédia)

COREOGRAFIA E OUTRAS DIDÁSCÁLIAS PARA TEMPO PRESENTE EM SOL AMENAMENTE MAIOR PARA "COME AS YOU ARE"



vem
fala
recebe
escuta
hesita
esconde-se
aparece desajeitadamente
estraga quase tudo
esconde-se
silencia-se
volta
hesita
volta a hesitar
toma balanço
cai
faz quase tudo ao contrário
rebola-se no chão
embrulha-se numa estrela cadente
rebola-se sobre si
procura chão
toca nas nuvens
e volta a si

canta baixinho sem prestar atenção à pronuncia enquanto desfaz pedaços de terra já quase pedra:

Come as you are, as you were
As I want you to be
As a friend, as a friend, as an old enemy
Take your time, hurry up
The choice is yours, don't be late
Take a rest as a friend as an old memory
Memory, memory, memory

Come doused in mud, soaked in bleach
As I want you to be
As a trend, as a friend, as an old memory
Memory, memory, memory

And I swear that I don't have a gun
No I don't have a gun

(letra em inglês: "Come as you are", Nirvana)

ana piu
Br, 21.1.2014

FILO FAX DA DÓTIRA LORENA

E não perguntem à Dótora Lorena ca Dótora Lorena já avisou que não tem respostas para tudo e já é tarde. Se precisarem da Dótora Lorena deixem recado ca Dótora Lorena depois aponta no seu filo fax para responder com brevidade.

Dótora Lorena ao vosso dispor
seja para vós, seja para quem for
Dótora Lorena
aquela que mantem a pose serena

A DÓTORA ADVERTE QUE A LINERIALIDADE FAZ MAL ÀS TÊMPORAS



A linearidade está por vezes subjacente aos nossos linearismos emocionais e até mesmos reactivos. Mas atenção! Não se deixe levar em cantigas! O que parece nem sempre é! Amar é um ato verdadeiramente inerente ao ser vivente. Quem não gosta de um afago e de um primeiro contacto espôntaneo logo à nascença? E que esse contacto se alimente e perpetue pela existencia do sujeito efectivamente afectivo? Amar não escolhe idades, cor, nacionalidade nem sexo, nem coisas do género.

Amar é amar.

A vida dá muitas voltas. A criança até pode nem ter sido abandonada, não significa que não tenha ocorrido em algum momento piruetas das vida. Contudo, porém, no entanto se quem ama a criança dá cambalhotas com um ser igual e de orgãos genitais semelhantes o que lhe interesa a ela? Os casais hetero podem se tornar bis ou homo? Talvez. A criança no seio de um casal familiar acompanha o que o mesmo faz na intimidade? Se, porquê?

Se a criança é amada qual a questãorelativamente adeptos da homosexualidade. Quantos homos existem que são carinhosos, cuidosos e gostam de crianças? Milhares!
Doentes são aqueles que confundem amar com mal tratar, com descuidar, com negligenciar. E essa confusão não escolhe idades, sexos, género, nacionalidade e outras categorias.

Mas a Dótora Lorena vai estando por aqui. Alguma linerialidade aguda na falange e até no tornozelo é só avisar!

Dótora Lorena ao vosso dispôr!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

"QUAL É A SUA GRAÇA PALHAÇA?"

Na edição de nº 7 Humatriz Teatro oferece de 17 a 23 de Fevereiro a oficina:

"QUAL É A SUA GRAÇA PALHAÇA?"

dia 23 domingo encerramento com uma Mostra para o público convidado.

das 18h30min às 22h30min.

10 vagas

Local: Barracão Teatro
Rua Eduardo Modesto, 128 - Vila Santa Isabel - Barão Geraldo - Campinas

*esta oficina é destinada para palhaças já iniciadas na linguagem.
investimento: R$ 500,00 pago em duas parcelas
Informações: adelvaneia@gmail.com

orientado por Adelvane Néia

Iniciou sua atividade no teatro em 1972 no CAT – Conjunto de Amadores de Teatro em Jacarezinho/PR permanecendo até 1982. Em Curitiba, cursou o CPT Curso Permanente de Teatro da Fundação Teatro Guaíra (1983–1985), participou de algumas montagens da Escola e espetáculos com grupos da cidade.

Iniciou-se na técnica de clown com Luís Otávio Burnier, Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais - Lume/Unicamp (1989). Em 1990 participa do estágio “Treinamento Cotidiano do Ator”, com Luís Otávio Burnier, Carlos Simioni e Ricardo Puccetti, passa a residir em Campinas. Participou da “Assessoria Permanente na Técnica de Clown” de 1992 a 1995 e do espetáculo ”Mixórdia em Marcha-Ré Menor” com coordenação e direção de Ricardo Puccetti.
Em 1997 estreou seu solo “A-MA-LA” e criou o projeto “O Clown e Sua Poética”, dando início à circulação com o espetáculo e ministrando oficinas. Fundou em 2001 com o bailarino Cid França a Cia. Humatriz Teatro. Estreou em 2004 o espetáculo infantil “O Soldado e a Florista” direção Andréa Macera, em 2008 o espetáculo “Inédito e Desfavorável” direção Naomi Silman.

Com a palhaça Margarida participou do Festival de Palhaças de Brasília – DF; Fórum de la Comicitat “Festival Internacional de Pallasses” – Andorra La Vella, Andorra; de duas edições do Fórum de Comicidade Feminina “Esse Monte de Mulher Palhaça” – SESC Copacabana, Rio de Janeiro; do Fórum Cultural Mundial no evento “Território Nômade” – SESC Interlagos e SESC Itaquera, São Paulo; e de sete edições do Encontro Internacional de Palhaços “Anjos do Picadeiro” – Rio de Janeiro, São José do Rio Preto e São Paulo. Participou ainda do - “mit Valongo 2004”-7ª Mostra Internacional de Teatro - Fórum Cultural Ermesinde - Portugal.