sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CIDADANIA GLOBAL, UTOPIAS DA ALTERIDADE



- Porque as tuas palavras são doces, agrestes, agitadas?
- Porque já não dá para parar.
- Porque não vais parar?
- Porque quero parar. Porque desejo parar quando este pesadelo, que lá do lugar de onde vim parar. Tens ideia de um pesadelo cheio de bichos papões assolando a tranquilidade dos meus conterrâneos? Desejo que acordemos desse sonho sem sonho. Eu sei que até pode ser dificil de imaginar. Por vezes é tão forte imaginar que preferimos não dar atenção.
Desejo que quem eu quero bem, do lugar de onde vim, volte a sonhar.
- Patriotismo utópico?
- Quem diz do lugar de onde vim diz no mundo inteiro. Digo aqui também. Cidadania global.
- E como fazer?
- Cada um faz como sabe, quer e pode. Uns agitam palavras para que ideias se tornem ação.
- Que tipo de ação?
- Olharmos para dentro de nós e vermos-nos reflectidos no brilho do olhar do outro. Permitirmos também que o brilho do nosso olhar reflicta no interior do outro. Sermos mais solidários. É vago? Não me parece.
- Utopias de alteridade?
- Chama o que melhor for para nós todos. Porque essa coisa de fazer da nossa existência o lucro de uns poucos já... já.... aiiiii. sempre a mesma conversa! E o que é melhor para nós todos? Aiii que pergunta mais sem, sem... num final de semana! Hoje vou sonhar com a escandinávia numa ilha dos mares do sul. Igualdade de oportunidades com ginga no corpo.


a piu
Barão, 1.11.2013


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