segunda-feira, 25 de novembro de 2013

BOLINHAS NOS IS

Hoje para me distrair, já que o calhambeque não tem rádio, comecei a imaginar uma história.
Veio à cabeça que o facebook por vezes parece as salas de aula da minha adolescência. Imaginemos uma sala cheia de malta de uns 13 , 14 ou até mais enviando recadinhos uns para os outros. Por exemplo: alguém que  manda declarações curtas de amor para outro alguém. Só que!... o recadinho nunca chega ao destino destinado. O recadinho é desviado para outras mãos!... E isto constantemente!... No papelote lê-se: "Amo-te fofinho. És muita querido!" ou no feminino consoante as circunstâncias. Mas sempre com uma bola nos is! E o recadinho está escrito ou a cor de rosa ou a verde! Claro! Romantismo colorido!
Só que toda esta treta dura dias e dias, semanas, meses, anos se for preciso! Aiiiiii! E sempre mal entendidos atrás de mal entendidos, mas como a pessoa não é de ferro vai-se entretendo com o alvo errado. Bonito serviço. E o alvo a atingir finge que não é nada consigo e vai esperando. Até acha divertido tanta choneniçe. Mas prontus!... Um dia levanta-se para olhar mais de perto, mas não pode deixar-se levar demasiado pela choneniçe das vacilações e dos mal entendidos e outros bagulhos entre os quais os orgulhos. Mantem a pose e volta para o seu lugar.

Um dia, décadas mais tarde, quem sabe!... A pessoa que manda os recadinhos decide levantar-se e dirigir-se de peito aberto ao alvo amado. Basta saber o que aconteceu entretanto durante essas décadas todas de espera.

Enfim, nada como ir direito ao assunto, não mandar recadinhos e indiretas pois as décadas tem de respirar. E décadas de espera?! Isso já não se usa! Ou usa-se? Nada como estender a mão e ver no que dá... Digo... Proponho!... Sei lá!... Não sei!...

pipiripipiu
bR, 25.11.2013



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