quinta-feira, 4 de abril de 2013

O VERDADEIRO E O FALSO

O falso pergunto ao verdadeiro:
- Porque me consideras falso?
- Porque não vejo o teu olhar.
- E não o sentes?
Aquele que verdadeiro se considerava calou-se. O falso que nada se considerava continuou:
- Eu sinto o teu olhar. Mas sabes o que acho de ti, que te consideras verdadeiro?
O verdadeiro, por se considerar assim, continuou calado. Aquele que era considerado falso, apesar de assim não se considerar, sentia aquele silêncio com algum desconforto. Gostava de dialogar. Há silêncios plenos de comunicação, há outros silêncios que são silenciamentos, fugas para parte incerta.
- Sabes o que eu acho de ti, que te consideras verdadeiro? (...) (...) Não acho nada. Prefiro que achemos juntos alguma coisa se é que é para achar algo ou simplesmente procurar sem nunca achar. Sem nunca encontrar. Sè que no sè nada. Mas procuro saber. Procurar em lugares improváveis outras verdades. Verdades momentâneas ou verdades que sempre lá estiveram, escondidas por brincadeira. Só pelo simples prazer de dar prazer a quem procura.

A piU
Br, Abril de 2013

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