As galinhas são das melhores amigas do homem, apesar deste não reconhecer. As galinhas tem o poder de estar em permanente contacto com o universo. O universo gósmico. Porém, é preciso ter muito cuidado com o excesso de gosma no bico das galinhas, pois estas correm o risco de enrolarem a língua no seu delicado bico e irem desta para melhor. Normalmente as galinhas acumulam gosma no vaso bicário, quando ficam isoshistéricas. Por estarem em permanente contacto com o universo gósmico, as galinhas desenvolvem uma capacidade de percepcionar a realidade que está para lá da existência empírica. É preciso; é urgente para as galinhas reservar um futuro diferente. O homem, esse bicho de várias faces e fases, tem o dever de acarinhar as galinhas isoshistéricas e gósmicas. Alimenta-las três a quatro vezes ao dia de raios solares, partindo do princípio que não são autónomas e que estão sobre a guarda de outrem. As galinhas são seres de luz! Caso a sua autonomia esteja assegurada elas devem manter-se à solta em grandes planícies e savanas, pois nutrem de uma grande e imensa liberdade e aprendem a defenderem-se de leões e búfalos. As galinhas isoshistéricas têm uma intima ligação com a realidade para lá do que é material. Comem milho biológico e seguem uma lógica cuja linha é "Ga". Ou seja, uma lógica "Ga"linha.
Já os perus também são amigos do homem, mas não da mesma forma. O homem, esse bicho animal traidor, convida o peru para uma piela, para encher a cara e zás! de seguida aproveita-se do pobre peru, confeccionando o famoso e chic fois gras. Mas hoje os perus estão muito, mas muito mais inteligentes e já não vão em conversas. Preferem sair na chuva para se molharem, do que entrarem em coma alcoólico e virarem um acepipe, um deguste para paladares sofisticados. Todavia, à custa de conviverem com as amigas galinhas, os perus abrem o bico para sentirem a chuva cair. E nesse ato onírico, poético acabam por sucumbir diante de um deslumbre épico. Deslumbre esse que, numa breve descrição, consiste em abrir o bico e não fechar mais.
Resultado: hoje existem congregações e templos consagrados ao acolhimento de galinhas e perus do mundo inteiro, que num dado momento tiveram o privilégio de usufruírem de um salvamento dessa cruel chuva. Essas galinhas e perus tornaram-se isostérmicos. Estes templos e congregações isostérmicos encontram-se espalhados por todo o território nacional e internacional. Para se ser sócio destes templos de acolhimento e afins basta comer milho biológico, degustar minhocas que morreram de morte natural e deste modo e meio a vida sorri sustentada num universo gósmico repleto de surpresas e energias benéficas a todos os seres viventes e outros.
A piU
Br, Abril de 2013
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