quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

EU SOU A ANA PIU QUE CURTE MUITO A MARJANE SATRAPI



Pois é a coisa não está fácil... Quem pode parodiar e quando, em que circunstâncias. Busco no google a posição da cartoonista iraniana Marjane Strapi que vive há um bom par de anos em França e quem em Persopolis, tanto no livro como no filma fala da revolução islamita, dos seus autoritarismos e fundamentalismos. Ela na sua juventude é punk, anarquista, talvez ainda o seja. Mas em tempo algum eu vejo no seu trabalho uma ofensa a Maomé. Aliás, tem algumas cenas em que ela criança e jovem conversam ao adormecer com esse senhor barbudo que carinhosa e respeitosamente fala com ela.
Marjane Satrapi dedica a sua obra magnifica ao seu povo iraniano. Tem uma frase do Persopolis que trago comigo até hoje. Frase essa que o pai lhe diz quando ela sai pela segunda vez do Irão, pois como mulher, artista e com outras ideias corre perigo:"Andes por onde andares nunca te esqueças de onde vens, de quem és, do teu povo." Muito profundo, principalmente para quem sai definitivamente da sua terra natal.
Talvez Satrapi não se queira meter nessa dicotomia, nessa molhada confusa entre cartoonistas ditos socialistas e anarquista e fascista que anseiam por subir ao poder, uns já lá estão, e fazer da velha Europa o panorama sinistro de xenofobia e outras tantas manias.
Resumindo e concluindo, não encontro nada na net que demonstre o posicionamento da Marjane Satrapi em relação a esta maluqueira do "Je suis" e do "Je ne suis pas" que não é nada inocente... Pois!...Conta-me histórias daquilo que eu quase vi!

Ana Piu
Br, 14.01.2015







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