obs: esta foto não é patrocinada pelo shampoo Johnson, tampouco paguei ao face bock para promover este texto
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Quem vinha da costa, do mar, de Lisboa, de Cascais podia ver aquela placa de pedra branca com um rebordo preto e letras pretas também: ABÓBODA. Com tinta ou spray, não sei, tinha por baixo: TEXAS. Muito bom! Sim! A Abóboda era ABÓBODA TEXAS!
Lá pelos anos 60 o pessoal ainda apedrejava nos bailes quem não era da Abóboda! FENOMENAL! Talvez pelos meus avós e a minha mãe serem alentejanos ( o equivalente a serem nordestinos em São Paulo) cresci com o sentimento que não pertencia aquele lugar. Isso é chato, mas faz sentido. Eh eh eh...
Durante os anos 70 houve um pessoal da minha convivência que se mexeu. Bora lá, pá, dar vida e cultura a este lugar, pá! Mas as pessoas, pá, cansam-se de serem sempres as mesmas, pá, e também se aburguesam, páááá, e arreliam-se entre elas, p...... ááá. Enfim, vicissitudes da vidinha. A verdade é mesmo essa. Digo eu. Quem sou eu? Uma miúda (?!?) de 41 anos. Eh! Eh! Nem preciso de plásticas para ser miúda. Ainda bem que os revolucionários da velha guarda existam para me sentir forever young. Pena é que tenham infantilizado a geração seguinte. Infantilizaram os "meninos de amanhã" dando-lhes leite com chiclate, pão com tulicreme e cócó cola, coisa nunca antes vista anos antes! Toma e vai buscar! Eh! Eh! Sou uma miúda da velha guarda que não guarda nada por dizer, mas sempre com respeito. Sinceramente fundamental!
Nos anos 80 o que era de rural deixou de ser. Da janela podíamos ver a serra de Sintra lá ao fundo com um vasto campo na nossa frente até 1983. Depois já não. Hoje está lá. A Abóboda. No mesmo lugar. Cada um na sua vidinha. Se algum se der ao trabalho de ler esta tranganhanha ainda sou apedrejada e aí eu digo:" LEVAM COM UMAS LAJES NO PEITO CATÉ A BARRIGA FAZ PÃÃÃÃ!"
Oinc oinc sou focinha negra, sou da Abóboda!
Ana Piu
Br, 03.12.2014
Br, 03.12.2014
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