Penso que esta frase é do Sebastião Salgado. Estava na página dele e eutraduzi o mais fiel possível. Gosto da frase e da imagem. Gosto da frase porque me encontro nela. Gosto da foto pelo seu brilho, não pelo seu exotismo. Poderia até ser um rosto disforme com um olhinho a brilhar numa boca risonha, mas igualmente disforme. Já encontrei muitos sorrisos por aí dessa família dos aparentementes disformes.
Saber sorrir para a vida é importante. Admiro muito aqueles que não perdem a capacidade de sorrir e rir, mesmo quando a vida lhes faz cara feia. Esses, cuja capacidade de levar a vida na ponta dos dedos, são me caros e inspiradores. Piro com quem ama incondicionalmente, com os que acompanham aqueles que lhe são caros até ao final da doença e da vida.
Eis a chave do enigma para os que me perguntam o que eu vim fazer na antropologia. Vim dedicar tempo da minha reflexão sobre pessoas de carne e osso que riem, choram, perdem as forças, encorajam-se e não se esquecem de sorrir mesmo quando a vida lhes faz cara feia.
Ana Piu
Brasil, 3.6.2014
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