Queridos e queridas leitoras desta vossa ilustre Dótora Lorena
A Dótora Lorena tem andado ausente pois o seu conhecimento empírico funda-se numa epistemologia do esvaziar a mente para que esta se preencha de conjeturas mais clarividentes.
É certo que a clarividência é uma construção do ser humano que quanto mais usa a cabeça mais se esquece do corpo e da alma. Corpo este provido de um coração pulsante umas vezes no tom e no compasso, outras arrítmico.
A inteligência, contrariamente a estudos quantitativos utilizados na modernidade até ao pós modernismo e sua posteridade, não se mede. A inteligência é todo um conjunto de sincronias orquestrais entre sensibilidade, humor, otimismo, admiração por si mesmo e pelos demais, clareza nos seus intentos quanto às emoções sentidas. Se o ser vivente é um acumulador de informações, conhecimentos que muitas vezes não são aplicáveis à vida social prática, a sua inteligência carece de interação num construtivismo da sua própria ação no tempo e no espaço.
A Dótora Lorena adverte que a interação entre seres vivos, interação essa provida de afetos, transparência, honestidade em nos sabermos falíveis, é fundamental para que essa orquestração de inteligências várias entre agentes tenha o sucesso esperado. Sucesso esse assente numa compreensão mútua e num valorizar de quem nos ama e nos quer bem.
Dótora Lorena ao vosso dispor
trata de enguiços e casos de (des)amor
lê búzios
e cita Confúcio
Braziu, 27.06.2014
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