No meio do deserto está um cacto. Na vigésima sétima duna a contar de quem vem da esquerda do Atlas ali está aquele cacto vistoso ao sol do Sahara. Os macacos que brincam na neve do topo da montanha, em cima das árvores, avistam o cacto. Deitam a língua de fora para aquela planta verdosa. Alguém passa e acha linda a flor bonita. Deseja-a para si. Acredita que chegou a um oásis, mas é só um cacto no meio do deserto.Tenta pegar a flor. Espinha-se e volta a espinhar-se. Depois da flor estar na sua mão, do lenho por ele aberto no cacto um longo rio de leite escorre. Tenta beber sem se espinhar. É saboroso o leite. O céu está muito azul, mas a quentura do sol esturrica os miolos. Bebe vagarosamente o leite, conhecendo e reconhecendo os contornos de cada espinho.
A piU
Br, 22 de Jan. 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário