sábado, 5 de janeiro de 2013

A FILOSOFISA POETOFA



Eu ando aqui com uns tremeliques que nem posso. E lá vou eu com o céu debaixo dos pés e o chão
na algibeira. De vez em quando páro para dar umas arfadas de ar liquido e depois continuo. Leio
Osho e acho que estou no caminho certo. Se as boas meninas olham para o céu, as outras olham
para a lua. As boas meninas tropicais vivem na terra e olham para o céu e para a lua e gostam de sol.
Eu osho...opa! Eu acho que sou uma boa menina e agora tropical! Mas só de vez em quando! Se
vivo na terra ser só boazinha não dá jeito. Olho, então, para o céu porque de vez em quando
necessito de confirmar que as estrelas estão lá em cima e que se alguém se achar uma estrela cá por
baixo é porque não olhou para a lua. Quem olha para a lua sabe que ela não está sempre do mesmo
tamanho, logo se estiver atenta às luas está-se atento a si. Quem gosta de sol, gosta de saboreá-lo de
manhãzinha ou numa sombra quando este está fanfarrão. De tão generoso que o sol pode ser pode
esvaziar a energia de uma pessoa. De tão esquivo que o sol pode ser a pessoa implora por um único
raio de sol que lhe dê um cadidinho de energia. Eu gosto de também ser tropical, porque além de
continuar menina correndo pela praia e pelo mato, comendo manga madura do chão eu sei que as
meninas muitos boazinhas não pulam à maluca na cachoeira, nem se rebolam na lama da represa.
A piU
Br, 6 de Janeiro de 2013

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