quinta-feira, 22 de agosto de 2013

NIN, MULHER DESMOLDURADA


 E Nin escreveu, depois ter sentido e pensado:"Estou tão sedenta do maravilhoso que só o maravilhoso tem poder sobre mim. Qualquer coisa que não se pode transformar em algo, eu deixo ir.'

E foi escrevendo e vivendo fora de molduras ou dentro das suas próprias molduras Muita à frente para o seu tempo ou fruto desse mesmo tempo, procurando-se e perdendo-se, reencontrando-se. Expondo-se em diários intimos. Vivendo uma vida boémia introspectiva, viajou e convidou o leitor a viajar na sua escrita erótica mantendo a delicadeza de não ser ordinária, de não banalizar o que há de comum a todos: o desejo. E escreveu: " Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária. A estabelecer relações ordinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma."

Lá nos anos 60, no furor da contra cultura e de todas as experimentações possiveis e imaginárias, declarou entre a surpresa e assombração mais ou menos isto: Eu não entendo muito bem todos esses relatos de viagens de LSD que os artistas e iuntelectuais fazem. Esses estados de criatividade e de uma outra percepção psiquica que dizem atingir eu tenho atingido sem drogas, numa viagem a mim mesma e aos outros.

Admiro a Anais Nin por isso. Por se ter exposto com poesia, com erotismo, com criatividade e imaginação. Tocou em campos que ainda assustam muitas cabeças e corpos. Uma mulher à frente do seu tempo ou tempo não é cronológico, não é linear?

a piu
Br, 22. Agosto. 2013

1 comentário:

  1. Ola, ana!! estou um pouco obcecada pela anais nin e não consigo achar em lugar nenhum a fonte dessas duas citações que você colocou no início do texto! Sabe me dizer em que livro estão? Muito obrigada! <3

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