Ando pelo mundo e não sei nada. Nada de nada. Nado. Navego. Sobrevoou e sou estrangeira na minha terra Assim como também não o sou. E o que é ser estrangeira? É estranhar o que sempre lá esteve? Então quero ser estrangeira, mas também não quero. É bom sentirmos-nos acolhidos nas nossas semelhanças e diferenças. Ando pelo mundo. Repito banalidades e descubro maravilhas em detalhes. Bebo leite dos cactos e beijo com espinhos ainda encravados na boca, na garganta. Vejo misérias e as palavras são como vómitos. Afugento gente. Mas existem valores tão insustentáveis que são como intoxicações alimentares. Atraio quem tenho de atraiar.As atrações são admirações mútuas. Faço por não trair o que há de mais precioso em mim. Principios. Os meus. Partilho-os. Nem sempre são assépticos, por que este mundo não é asséptico. Ando pelo mundo e tantos mundo surgem, revelam-se. Não existe um só mundo. Tantos e tantos mundo para nos aconchegarmos ou dizermos:"Esse mundo não quero! O mundo da exculsão. Da vaidade. Da ostentação. Daqueles que se acham superiores aos restantes. Daqueles que exploram. Daqueles que desvalorizam o próximo para se valorizarem. Isso intoxica-me!'
Ando pelo mundo e ainda tanto mundo para andar, tantos acolhimentos acontecendo e ainda por acontecer. Tanto para conhecer, reconhecer e reinventar.
A piU
Br, 20.08.2013
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