- Dótora Lorena! Dótora Lorena! Como é que eu lhe posso dizer isto sem levar a mal?... É que eu, Dótora Lorena, tenho muito amor para dar! Tanta gente para amar!
- Compreendo... Mas não tem ninguém, assim que você queira dar de uma forma mais especial?
- Tem Dótora Lorena, tem. Mas como é que eu faço?
- Olhe! Vamos por partes! Até lhe digo mais! Não vou cobrar nada por esta consulta, porque é tão óbvio! Vai-me dizer que tem muito amor para dar, mas que existe alguém especial para si?! Francamente!! Desculpe a falta de paciência! Mas francamente! Não me tire do sério! São 19 horas e 31 minutos do horário de Brasilia, acordei às 6 horas e 18 minutos do mesmo horário, a vizinha já me empurrou o carro pedindo para eu ter fé em Deus, a criança já deixou cair um copo com água em cima do computador e você vem com essa história para boi dormir?! Não me enerve! Não me enerve! Vamos os dois nos concentrar nesta pequenina folha e olhar para os veios que a constituem. Depois vamos os dois beber um chá juntos e você vai pensar e sentir o que quer realmente e não me venha com histórias de isto e daquilo. E se eu o vir a preguiçar, justificando-se que a confusão é maior que a clareza enfio-lhe com o chá pelas goelas abaixo. Muito amor para dar! Muito amor para dar! Amor físico? Esse não conta! Esse não é amor! A isso chama-se outra coisa. Amor da alma? Amor pleno ou amor aos bochechos? A última vez que escutei isso foi de um amigo que vive numa cidade cosmopolita de gente open mind e que fala "Achtung! e Aba! Aba!" E o homem estava cansadissimo! Cansadissimo! Tudo muito livre, mas possessivo em simultâneo! Aba! Aba! Achtung! Achtung! Concentre-se e não me enerve que com isto tudo já são 19 horas e 38 minutos.
- Acha que ainda vou a tempo?
- O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo tempo tem. Vá olhe para a folhinha, esvazie a mente e depois beba o chá! Cháissa! Cháissa! E com isto já são 19 horas e 44 minutos do horário de Brasília!
A piU
Br, 30. 08.2013
De origem germânica achtung! servia como interjeção chamativa para perigos e paisagens deslumbrantes. Mais a norte, nos países escandinávos,ACHTUNG!! é considerado o espirro oficial dos vikings. Em terras lusas utiliza-se a expressão "Arre!!" quando alguém está arreliado. "Arretung!" é uma espécie de grito de guerra dos trabalhadores da classe precária, que desunidos nunca vencerão.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
PEDANTISMO, ESSA COISA
"Aliás o pedantismo é a doença infantil da intelectualidade." escreve François Silvestre de Alencar na revista Bravo em Julho 1998. Ora bem, já se passaram 15 anos depois dessa frase e a doença ainda está aí... Porquê? Chega a ser paradoxal a intelectualidade ser pedante, pois se o conhecimento pode esclarecer, abrir portas para um universo imenso do que está por conhecer a lógica seria a humildade, o entusiasmo por quem se entusiasma de entrar nesse longo caminho intelectual. Por isso é que muitas vezes o fosso é enorme entre intelectualidade, a intelligencia e os restantes comuns mortais. Por isso é que essa história de mudar o mundo ou mudar mundos não passam muitas vezes só da teoria." Ah! Porque não temos de ser benfeitores, altruístas!..." Tudo bem! E?... Para que serve o conhecimento? Tudo bem, para fazer carreira. Mas existem mil e uma formas de fazer carreira. Talvez não seja possível mudar o mundo, porque o mundo é enorme e cheio de gente, mas o meu posso. Por exemplo! Deixar de ser pedante! E por aí adiante!
Existem outras doenças infantis que urgem uma terapia, uma cura. Urge curar a infantilização e auto infantilização. De nos nivelarmos por baixo! É bom redescobrir a nossa espontaneidade, a nossa energia primeira, o nosso entusiasmo que é tão característico das crianças. Mas o que ainda é melhor é recuperar todos esses aspectos refutando o lado mais egoico que também é tão característico das crianças. Sermos espontâneos e estarmos atentos uns aos outros. Tantas paroles! Tanto palavrio! Mas se bebermos cada letra, cada olhar, cada sentir em espaçados goles desfrutando o sabor de ser sem vergonha de não sermos perfeitos e com orgulho de podermos nos reinventar com mais espontaneidade e menos pedantismo egoico.
Dançar com a vida, dançar com um mundo cheio de gente, fazendo de alguns especiais. E por serem especiais não os magoarmos só porque não pensamos, nem reparamos. Não estarmos atentos uns aos outros não será uma forma de pedantismo? Opa! Tou aqui com uma manchinha. Sintoma de um pedantismo algum que tive com alguém!... Vou ter que ver isto! A primeira coisa é saber que não sei tudo. Posso fazer uma ideia, ter uma opinião. Mas não sei tudo. Ainda bem! Que chato seria saber tudo! Perderia a razão de viver! Não nos surpreendermos deve ser muito chato!!
A piU
Br, 30.08.2013
Existem outras doenças infantis que urgem uma terapia, uma cura. Urge curar a infantilização e auto infantilização. De nos nivelarmos por baixo! É bom redescobrir a nossa espontaneidade, a nossa energia primeira, o nosso entusiasmo que é tão característico das crianças. Mas o que ainda é melhor é recuperar todos esses aspectos refutando o lado mais egoico que também é tão característico das crianças. Sermos espontâneos e estarmos atentos uns aos outros. Tantas paroles! Tanto palavrio! Mas se bebermos cada letra, cada olhar, cada sentir em espaçados goles desfrutando o sabor de ser sem vergonha de não sermos perfeitos e com orgulho de podermos nos reinventar com mais espontaneidade e menos pedantismo egoico.
Dançar com a vida, dançar com um mundo cheio de gente, fazendo de alguns especiais. E por serem especiais não os magoarmos só porque não pensamos, nem reparamos. Não estarmos atentos uns aos outros não será uma forma de pedantismo? Opa! Tou aqui com uma manchinha. Sintoma de um pedantismo algum que tive com alguém!... Vou ter que ver isto! A primeira coisa é saber que não sei tudo. Posso fazer uma ideia, ter uma opinião. Mas não sei tudo. Ainda bem! Que chato seria saber tudo! Perderia a razão de viver! Não nos surpreendermos deve ser muito chato!!
A piU
Br, 30.08.2013
O BEIJO DA SERPENTE
Então vamos a isso. Eu falei que hoje não estava de plantão, mas como sou uma Dótora muito solicita aceito o desafio para mais uma reflexão. Como já é do conhecimento dos queridos e queridas leitoras a Dótora Lorena não se responsabiliza por efeitos colaterais causados em vós, queridos e queridas leitoras. Porém responsabiliza-se pelas suas palavras e contradições, assim como repensamentos, retificações de algumas provocações. Vamos a isso, então. Como é de conhecimento de todos nós o projeto : "Embargo a Cuba e aos cubanos" continua em curso. Toda esta polémica convida-me a uma viagem no tempo, assaz elucidativa e reveladora que a memória quando não exercitada tende a se esvair na curva das horas, dos dias e dos anos. Pois é, meus queridos e queridas leitoras. A Dótora Lorena ao que parece não tem bigode, mas de vez em quando a mostarda chega-lhe ao bigode. Já devem ter reparado, por supuesto. E vai daí que espirra e esperneia. MAS SEMPRE COM AMOR! Eu hoje não falarei diretamente do amor entre seres que se apaixonam e que sonham se encontrar em pares ou noutras formas que a dótora considera mais trabalhosas. Mas o amor é infinito temos é de tratá-lo bem. Nesse caso, a dótora Loren não entende porque é existe algumas vezes resistência a acolher quem vem de fora, ainda para mais por sermos todos povos ancestralmente nómadas e emigrantes. Ai que memória tão fraquinha.
Há uns 15, 20 anos no Portugal, entrada da Europa para muitos foi destino de muitos brasileiros e europeus do ex bloco de Leste. Pessoas qualificadas que foram estigmatizadas. Ai os dentistas brasileiros! Fugi deles! Vem roubar trabalho!! Ai!Ai! Engenheiros, matemáticos, médicos da Europa de Leste nem tinham direito sequer de mostrar quem era. Zuca! Para a construção civil e para a faxina! Yééé! O regime comunista é criticável nem que seja por ser um regime autoritário! Mas que as pessoas qualificadas são realmente qualificadas está fora de discussão. E o regime neo liberal não é também autoritário dando ares de democracia e fazendo da educação e da saúde um negócio ranhoso e mentiroso? Hoje a elite brasileira de direita, que é toda salamaleques para os EUA, quer segregar os médicos cubanos. Expulsá-los. Boa! Um povo oriundo de emigrantes!... Boa! Já agora... Alguém pediu opinião aos índios? (é politicamente correto falar índios ou terei de escrever indígenas ou pardos?) Se alguém é dono desta terra são eles! Se é que a terra tem donos.
O que é mais interessante é que existe pessoal, nomeadamente dos EUA, que vai fazer tratamentos a Cuba. Pois é!... Vão usufruir de um sistema de saúde que além de não contribuírem, criticam e embargam. Cheira-me que the american way of life is such a sick .... São os donos do mundo! São os maiores! São o grande exemplo a seguir, eles que também são ancestralmente emigrantes. Vão-se curar ou vão morrer longe!
A Dótora Lorena avisou que hoje estava de plantão. Pediram-lhe e ela deu um beijo de serpente!...
A piU
Br, 30.08.2013
Há uns 15, 20 anos no Portugal, entrada da Europa para muitos foi destino de muitos brasileiros e europeus do ex bloco de Leste. Pessoas qualificadas que foram estigmatizadas. Ai os dentistas brasileiros! Fugi deles! Vem roubar trabalho!! Ai!Ai! Engenheiros, matemáticos, médicos da Europa de Leste nem tinham direito sequer de mostrar quem era. Zuca! Para a construção civil e para a faxina! Yééé! O regime comunista é criticável nem que seja por ser um regime autoritário! Mas que as pessoas qualificadas são realmente qualificadas está fora de discussão. E o regime neo liberal não é também autoritário dando ares de democracia e fazendo da educação e da saúde um negócio ranhoso e mentiroso? Hoje a elite brasileira de direita, que é toda salamaleques para os EUA, quer segregar os médicos cubanos. Expulsá-los. Boa! Um povo oriundo de emigrantes!... Boa! Já agora... Alguém pediu opinião aos índios? (é politicamente correto falar índios ou terei de escrever indígenas ou pardos?) Se alguém é dono desta terra são eles! Se é que a terra tem donos.
O que é mais interessante é que existe pessoal, nomeadamente dos EUA, que vai fazer tratamentos a Cuba. Pois é!... Vão usufruir de um sistema de saúde que além de não contribuírem, criticam e embargam. Cheira-me que the american way of life is such a sick .... São os donos do mundo! São os maiores! São o grande exemplo a seguir, eles que também são ancestralmente emigrantes. Vão-se curar ou vão morrer longe!
A Dótora Lorena avisou que hoje estava de plantão. Pediram-lhe e ela deu um beijo de serpente!...
A piU
Br, 30.08.2013
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
AR
Filtrar- escoar, separa o liquido do granulado. Separar o que interessa do que não interessa. Reflectir- pensar, projetar a nossa imagem para o mundo, de preferência filtrada. Luz- estado de alma. Alma- quando dilatada é semelhante ao sol e à lua cheia. Cheia- plenitude que se atinge com um esvaziar para depois encher com o que interessa.
a piu
br, 29.08.2013
a piu
br, 29.08.2013
EVIDÊNCIAS
Disses-me que eu brincava com o amor, mas sei que te deste conta desse tal amor que trazia dentro de mim. Disses-me para eu ir embora e depois pedis-te para voltar. Respirei fundo como um bálsamo. Mantive ou tentei manter um sorriso. Disses-me que para mim era fácil encontrar outros amores. Procurei na minha agenda onde isso estava escrito. Não encontrei. Senti que sentias amor, mas que estava disperso, perdido num labirinto. As árvores crescem, depois nascem folhas e mais tarde os frutos. Tudo leva tempo. Não podemos podar o que ainda não cresceu, nem amadureceu. Do meu choro fiz riso. Do meu riso fiz libertação para me sentir mais leve. Voar junto não é pesado, é leve.
a piu
Br, 29.08.2013
a piu
Br, 29.08.2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
VISITA GUIADA POR TERRAS DE GIL VICENTE
Now we are in the top of the moutain. This is the Saint George Castel.
It's a very good, very nice place to observe this people. They are very very candlesticks, castiças they say. Their sadness is so, but so typical!... They are really exotic. They eat sardines in the middle of the smoke. And they cry a lot. Even, when they are happy something is wrong, because they prefer to be sad. They are so ones. In their religion to be happy is sin.
Pôôô cara! Fala em português, véio! Nós falamos português. Fica mais fácil para todos!
Ahhh já podiam ter dito!!! O que estava a dizer é que nós e vocês não somos muito diferentes em algumas coisas. Se vocês comem feijão com arroz, nós comemos sopa e não dispensamos uma bela sardinha assada. Nós somos menos, então a variedade não é tanta. A vossa vantagem é que por serem muitos e o país ser maior a diversidade é mais constante. Nós vivemos a vida a nos queixar, muitas vezes sem razão outras sim; vocês algumas vezes fingem que está tudo bem e dizem:"Deixa pra lá! Não esquenta não! Fica frio!" Ambos temos a mania das grandezas, logo das aparências. Mas como vocês são mais e o território é maior existe sempre a possibilidade da coisa ser mais heterogénia, logo menos claustrofobiante. Mas escusado será dizer que dificil é meter tudo no mesmo saco. Enfim, todos diferentes, todos iguais. Umas vezes modernos, outras mais feudais.
* Gil Vicente dramaturgo português da época dos Descobrimentos/ Achamentos ;) que tecia fortes criticas à mentalidade da época
A piU
Br, 27.08.2013
It's a very good, very nice place to observe this people. They are very very candlesticks, castiças they say. Their sadness is so, but so typical!... They are really exotic. They eat sardines in the middle of the smoke. And they cry a lot. Even, when they are happy something is wrong, because they prefer to be sad. They are so ones. In their religion to be happy is sin.
Pôôô cara! Fala em português, véio! Nós falamos português. Fica mais fácil para todos!
Ahhh já podiam ter dito!!! O que estava a dizer é que nós e vocês não somos muito diferentes em algumas coisas. Se vocês comem feijão com arroz, nós comemos sopa e não dispensamos uma bela sardinha assada. Nós somos menos, então a variedade não é tanta. A vossa vantagem é que por serem muitos e o país ser maior a diversidade é mais constante. Nós vivemos a vida a nos queixar, muitas vezes sem razão outras sim; vocês algumas vezes fingem que está tudo bem e dizem:"Deixa pra lá! Não esquenta não! Fica frio!" Ambos temos a mania das grandezas, logo das aparências. Mas como vocês são mais e o território é maior existe sempre a possibilidade da coisa ser mais heterogénia, logo menos claustrofobiante. Mas escusado será dizer que dificil é meter tudo no mesmo saco. Enfim, todos diferentes, todos iguais. Umas vezes modernos, outras mais feudais.
* Gil Vicente dramaturgo português da época dos Descobrimentos/ Achamentos ;) que tecia fortes criticas à mentalidade da época
A piU
Br, 27.08.2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
LENÇOS
Alguém já lhes perguntou porque usam lenço? Alguém já lhes perguntou se se sentem oprimidas ou é uma escolha delas usarem lenço?
Alguém já lhes perguntou quantas vezes foram alvo de preconceito por usarem lenço? Alguém já as escutou?
A piU
Br, 28.08.2013
Alguém já lhes perguntou quantas vezes foram alvo de preconceito por usarem lenço? Alguém já as escutou?
A piU
Br, 28.08.2013
CHEGOU E FALOU
E falou: Eu vim para vos escravizar com a minha liberdade! Com o meu sonho de liberdade. Sou escrava do meu sonho de liberdade.
E voltou a falar: Eu vim para dessarumar a casa. Para desarrumar a minha casa. A minha casa é aqui, como na Babilónia, como na Macedónia, como na Caciopeia.
E falou ainda: Se me vês assim eu sou assado. Sou gratinado. Se me sinto frita talvez esteja só um pouco grelhada. Quanto a oprimidos e opressores vamos juntos ver quem é quem. Que aquela velha História oficial que aprendemos na escola tá deveras debotada. Coitada. Por terra. E na terra iremos juntos às nossa raízes. Bora lá?!
A piU
Br, 26. 08.2013
Laurent Chehere
E voltou a falar: Eu vim para dessarumar a casa. Para desarrumar a minha casa. A minha casa é aqui, como na Babilónia, como na Macedónia, como na Caciopeia.
E falou ainda: Se me vês assim eu sou assado. Sou gratinado. Se me sinto frita talvez esteja só um pouco grelhada. Quanto a oprimidos e opressores vamos juntos ver quem é quem. Que aquela velha História oficial que aprendemos na escola tá deveras debotada. Coitada. Por terra. E na terra iremos juntos às nossa raízes. Bora lá?!
A piU
Br, 26. 08.2013
Laurent Chehere
A NOSSA VIDA É DO TAMANHO DA NOSSA FOME ou APRENDER A VIVER NESTE MUNDO
CONVERSA I
Entidade patronal - Achas que o cesto do lixo é um brinquedo? Não mexas no lixo, pá!
- Mas se tamos num lugar chique o lixo deve ser chique.
CONVERSA II
Aprendiz de feiticeiro1- Olha. Tá ali um policial! Sabes o que eu faço? Não mostro ter medo deles. Ponho-me à vontade como se nem os tivesse visto.
CONVERSA III
Aprendiz de feiticeiro 1- Ai! Tá ali um homem a mexer numa vaca morta! Bilhaqueee! Ele matou a vaca. é crime!
Entidade patronal - Nesse caso é melhor não se comer carne.
Aprendiz de feiticeiro 2- Se formos pensar que tudo o que matamos para comer é crime ficamos verdes. Não comemos nada.
Entidade patronal -Pois, ambas tem razão.
A piu
br, 26.08.2013
Entidade patronal - Achas que o cesto do lixo é um brinquedo? Não mexas no lixo, pá!
- Mas se tamos num lugar chique o lixo deve ser chique.
CONVERSA II
Aprendiz de feiticeiro1- Olha. Tá ali um policial! Sabes o que eu faço? Não mostro ter medo deles. Ponho-me à vontade como se nem os tivesse visto.
CONVERSA III
Aprendiz de feiticeiro 1- Ai! Tá ali um homem a mexer numa vaca morta! Bilhaqueee! Ele matou a vaca. é crime!
Entidade patronal - Nesse caso é melhor não se comer carne.
Aprendiz de feiticeiro 2- Se formos pensar que tudo o que matamos para comer é crime ficamos verdes. Não comemos nada.
Entidade patronal -Pois, ambas tem razão.
A piu
br, 26.08.2013
O PODER DA ESCOLHA ou RASPA QUE SE FAZ TARDE
- Quando o telefone toca! A frase por favor.
- "Eu uso shampoo Raspa um shampoo anti caspa. O shampoo que usa o avô e usa a mãe e a filharada também. Raspa o seu shampoo anti caspa!"
- Qual a música que quer ouvir?
- Aiiiii! Não sei sei! É tão dificil! Escolha uma você! Ao seu gosto!
A piU
Br, 26.08.2013
- "Eu uso shampoo Raspa um shampoo anti caspa. O shampoo que usa o avô e usa a mãe e a filharada também. Raspa o seu shampoo anti caspa!"
- Qual a música que quer ouvir?
- Aiiiii! Não sei sei! É tão dificil! Escolha uma você! Ao seu gosto!
A piU
Br, 26.08.2013
KARL MARX JÁ NÃO MORA AQUI ou CARLOS MARCOS É BOM AMIGO
Coitadinho do Carlos Marcos tão desolado que ele anda!
Cortou a barba! Sente-se despido, desprotegido. E agora o que fará da sua vida? É Agosto. Está calor! Mas outros dias virão, já contava a velha história da cigarra e da formiga. Carlos Marcos é bom amigo. Até já fez da sua barba mantinhas fofinhas e muito quentinhas para enviar para as criançinhas pobrezinhas em África. Hoje Carlos Marcos definha de frio durante as suas férias de Inverno. Para se aquecer canta:"Se cá nevasse fazia-se cá ski! Se cá nevasse fazia -se cá ski! Se cá nevasseeee! Seeeeee Seeeeeeee cáááá nevaaaaaseeeeee!..... Seeeeeeeee...."
A piU
Br, 26.08.2013
imagem: retirada de http://casa92.blogspot.com.br/2011/06/da-barba-barba-o-conjunto-de-pelos.html
Cortou a barba! Sente-se despido, desprotegido. E agora o que fará da sua vida? É Agosto. Está calor! Mas outros dias virão, já contava a velha história da cigarra e da formiga. Carlos Marcos é bom amigo. Até já fez da sua barba mantinhas fofinhas e muito quentinhas para enviar para as criançinhas pobrezinhas em África. Hoje Carlos Marcos definha de frio durante as suas férias de Inverno. Para se aquecer canta:"Se cá nevasse fazia-se cá ski! Se cá nevasse fazia -se cá ski! Se cá nevasseeee! Seeeeee Seeeeeeee cáááá nevaaaaaseeeeee!..... Seeeeeeeee...."
A piU
Br, 26.08.2013
imagem: retirada de http://casa92.blogspot.com.br/2011/06/da-barba-barba-o-conjunto-de-pelos.html
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
RIMAS DE ESCÁRNIO E MAL DIZER
Eu sou o galo quo quo ri quo
sou muita bom!
limpo o bico com um naprom!
Nasci há bem pouco tempo
mas já vivo com alento!
Um dia serei dótor
e tratarei da sua dor!
Amanhã já serei psicanalista!
E você já consta da lista!
Serei professor
e você irá aprender a ser sofredor.
Ah pois é! Aprender é sofrer!
Quem disser o contrário no inferno vai ardeeeeeer!
Sou um galo invocado!
Daqui a nada serei advogado!
Julgarei pessoas mais vividas
mas eu é que tenho as leis sabidas!
Sou muita sabichão
Todo eu respiro erudição!
Ninguém me pega!
Ninguém me agarra!
Para mim a arte é uma farra!
Ainda agorei aqui cheguei!
Mas tudo eu já sei!
Sou um galo de aviário! (não faz mal!)
E o meu sonho é ser autoritário!
A piU
Br, 23.08.2013
UM GÉNERO DE PESSOA
Sou uma pessoa bastante engajada
saio de casa penteada e volto desgrenhada
Sou uma pessoa na contra mão
o meu cabelo tem um não sei o quê de expressionismo alemão
Sou uma pessoa de um sentir extra ordinário,
não fora eu neta do avô Mário
Sou uma pessoa que se ri de si mesma cada vez mais
de ano para ano
é um não sei o quê de humor alentejano
Sou uma pessoa com supless
quando chego a uma praia
analiso se dá ou não para fazer top less
Sou uma pessoa moderna
um destes dias viverei numa caverna
Sou uma pessoa com orgânica
não entendo nada de mecânica
Sou uma pessoa muito, mas muito boa
Claro! Vim de Lisboa!
Sou uma pessoa com pouco saldo,
não faz mal! Vou-me fazer amiga do Barão Geraldo!
Sou uma pessoa com alguma eira e beira,
fui adotada por outra terra, uma terra brasileira
Sou uma pessoa como outra qualquer pessoa
umas vezes assim assado, muitas outras na boa
Sou uma pessoa como outra qualquer
se existe género, acho que sou mulher
a piu
Br, 22.08.2013
RIMAS PULSANTES FEITAS NO INSTANTE PARA MULHERES ATIVAS E EMANCIPADAS
Eu hoje considero-me uma mulher ativa
pelo simples facto de estar viva
Eu hoje considero-me uma mulher pulsante
Limpo as remelas num instante
Eu hoje vivo numa imensa liberdade
passeio de jipe na minha imensa herdade
Eu hoje sou aquilo que sou devido ao meu ímpeto
que mede mais um menos 2 metros e um centímetro
Eu hoje encaro a vida de frente
já não uso escova, uso pente
a piu
22.08.2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
NADA CONTRA! PELO CONTRÁRIO!
Vais-me
dizer que não curtes viver bem!! Vais-me dizer que isso é coisa de
burgueses! Vais-me dizer que não tens gostos burgueses. Vais-me dizer
que não curtes um bom queijo, um bom vinho, um restaurante japonês,
pratos turcos, gregos, um belo manjar português! Vais-me dizer que não
curtias passar umas brutas férias num hotel de madeira com arquitectura
de Revista Casa Claudia numa praia exótica deserta de águas mornas e
cheia de palmeiras e peixe fresco e camarão com limão regado com cerveja
fresca e até mesmo um bom champagne. Vais me dizer que não curtias
aprender a andar de cavalo e de poderes usufruir de hidro massagens e
massagens orientais para amaciar os neurónios. Vais-me dizer que não
curtias viajar o mundo inteiro de mochila às costas, fazendo treckings e
retiros de silêncio sem teres de te preocupar em trabalhar para pagar
as contas. Vais me dizer que não curtes teres amigos com casas de campo e
de praia com placas solares e piscinas orgânicas ou até mesmo uma
cachoeira no meio de lugar nenhum. Vais me dizer que não curtes roupa
bonita e puderes ir a uma livraria e trazeres livros de capa dura com
belas imagens. Livros de BD, de pintura, de fotografia, romances,
crónicas, monografias. Vais me dizer que não curtes trazer uma mochila
cheia de música lá dentro e que não curtes que a tua vida tenha um
sabor, de vez em quando, a gourmet.
Nunca falei o contrário! Inteiramente de acordo! Porém que isso não seja motivo de ostentação, muito menos de exclusão. Gosto de partilhar momentos gourmet com os meus amigos e seria fixe bacana que toda a gente de uma maneira ou outra tivesse acesso a esses pequenos luxos e prazeres da vida. E que principalmente pudesse viver do seu trabalho com dignidade para que a sua vida não fosse de uma precariedade aburguesada. Isto é, que os pequenos grandes deleites da vida não desvalorizem o simples, a capacidade de se viver com o que se tem no momento. Que o gourmet não signifique arrogância e valor primeiro.
a piu
Br, 22.08.2013
Nunca falei o contrário! Inteiramente de acordo! Porém que isso não seja motivo de ostentação, muito menos de exclusão. Gosto de partilhar momentos gourmet com os meus amigos e seria fixe bacana que toda a gente de uma maneira ou outra tivesse acesso a esses pequenos luxos e prazeres da vida. E que principalmente pudesse viver do seu trabalho com dignidade para que a sua vida não fosse de uma precariedade aburguesada. Isto é, que os pequenos grandes deleites da vida não desvalorizem o simples, a capacidade de se viver com o que se tem no momento. Que o gourmet não signifique arrogância e valor primeiro.
a piu
Br, 22.08.2013
um |
Gourmet Fresh (2007): Criação de logotipo para um restaurante de comidas exóticas em Londres. |
NIN, MULHER DESMOLDURADA
E Nin escreveu, depois ter sentido e pensado:"Estou tão sedenta do maravilhoso que só o maravilhoso tem poder sobre mim. Qualquer coisa que não se pode transformar em algo, eu deixo ir.'
E foi escrevendo e vivendo fora de molduras ou dentro das suas próprias molduras Muita à frente para o seu tempo ou fruto desse mesmo tempo, procurando-se e perdendo-se, reencontrando-se. Expondo-se em diários intimos. Vivendo uma vida boémia introspectiva, viajou e convidou o leitor a viajar na sua escrita erótica mantendo a delicadeza de não ser ordinária, de não banalizar o que há de comum a todos: o desejo. E escreveu: " Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária. A estabelecer relações ordinárias. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma."
Lá nos anos 60, no furor da contra cultura e de todas as experimentações possiveis e imaginárias, declarou entre a surpresa e assombração mais ou menos isto: Eu não entendo muito bem todos esses relatos de viagens de LSD que os artistas e iuntelectuais fazem. Esses estados de criatividade e de uma outra percepção psiquica que dizem atingir eu tenho atingido sem drogas, numa viagem a mim mesma e aos outros.
Admiro a Anais Nin por isso. Por se ter exposto com poesia, com erotismo, com criatividade e imaginação. Tocou em campos que ainda assustam muitas cabeças e corpos. Uma mulher à frente do seu tempo ou tempo não é cronológico, não é linear?
a piu
Br, 22. Agosto. 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
ALGUMAS CURIOSIDADES
Está provado cientificamente que as moscas que mergulham na sopa vivem muito mais tempo. Sem dúvida! Mesmo quando enxotadas elas permanecem resistentes às sacudidelas. Revestidas de uma fina pelicula impermiável são capazes de voar horas de fio a pavio. Gostam de mergulhar em consomés e outros caldos de requintada substância. As moscas da sopa, apesar de terem um aspecto desgrenhado, são requintadas moscas do mais fino gosto e trato. Quando um gesto amigável é percorrido na sua direção veem pousar no peito da mão e até mesmo no ombro emitindo pequenos sons de deleite.
Apesar do aquecimento global estar em curso foram feitos estudos importantissimo que vieram provar que a humanidade ainda está a salvo. "O mar vai matar a sede do homem!", declarou um agente secreto da ilha de Oxalá. Não foram fornecidas informações de que homem se trata. Porém, foi adiantado que esse homem sedento de vida será contemplado. Não foram adiantads informações acerca do que esse homem será contemplado. Não se sabe se de uma grande viagem a si mesmo ou se de uma grande viagem ao encontro de um outro ser querido, amado e/ou estranho.
Tudo é um mistério. A vida é um mistério, dizem os artistas biólogos defendendo que as sereias existem efectivamente e que vieram para ficar. Umas vezes cantando outras atormentando as noites dos comuns mortais.
Quanto aos dentistas serem ou não carrascos. Não, não são, mas estão na moda. O seu oficio está na moda e é um grande negócio. Se há uns anos atrás eram as botas ortopédicas e outros apetrechos da área, tais como talas, palmilhas e afins, hoje são os aparelhos e as placas dentárias que imperam.
Mas sendo um mistério a vida e sabendo de antemão que as sereias vieram para ficar, as noites e os dias dos comuns mortais irão ser importunadas com os seus cânticos ora doces, ora guerreiros.
Qual a relação, então, das sereias com as moscas na sopa? Qual a relação das sereias e das moscas com a sua possivel aversão aos apetrechos ortopédicos? Mares de mistérios se avizinham nas nossas consciências de comuns mortais.
a piu
Br, 21.08.2013
Apesar do aquecimento global estar em curso foram feitos estudos importantissimo que vieram provar que a humanidade ainda está a salvo. "O mar vai matar a sede do homem!", declarou um agente secreto da ilha de Oxalá. Não foram fornecidas informações de que homem se trata. Porém, foi adiantado que esse homem sedento de vida será contemplado. Não foram adiantads informações acerca do que esse homem será contemplado. Não se sabe se de uma grande viagem a si mesmo ou se de uma grande viagem ao encontro de um outro ser querido, amado e/ou estranho.
Tudo é um mistério. A vida é um mistério, dizem os artistas biólogos defendendo que as sereias existem efectivamente e que vieram para ficar. Umas vezes cantando outras atormentando as noites dos comuns mortais.
Quanto aos dentistas serem ou não carrascos. Não, não são, mas estão na moda. O seu oficio está na moda e é um grande negócio. Se há uns anos atrás eram as botas ortopédicas e outros apetrechos da área, tais como talas, palmilhas e afins, hoje são os aparelhos e as placas dentárias que imperam.
Mas sendo um mistério a vida e sabendo de antemão que as sereias vieram para ficar, as noites e os dias dos comuns mortais irão ser importunadas com os seus cânticos ora doces, ora guerreiros.
Qual a relação, então, das sereias com as moscas na sopa? Qual a relação das sereias e das moscas com a sua possivel aversão aos apetrechos ortopédicos? Mares de mistérios se avizinham nas nossas consciências de comuns mortais.
a piu
Br, 21.08.2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
ANDAR PELO MUNDO
Ando pelo mundo e não sei nada. Nada de nada. Nado. Navego. Sobrevoou e sou estrangeira na minha terra Assim como também não o sou. E o que é ser estrangeira? É estranhar o que sempre lá esteve? Então quero ser estrangeira, mas também não quero. É bom sentirmos-nos acolhidos nas nossas semelhanças e diferenças. Ando pelo mundo. Repito banalidades e descubro maravilhas em detalhes. Bebo leite dos cactos e beijo com espinhos ainda encravados na boca, na garganta. Vejo misérias e as palavras são como vómitos. Afugento gente. Mas existem valores tão insustentáveis que são como intoxicações alimentares. Atraio quem tenho de atraiar.As atrações são admirações mútuas. Faço por não trair o que há de mais precioso em mim. Principios. Os meus. Partilho-os. Nem sempre são assépticos, por que este mundo não é asséptico. Ando pelo mundo e tantos mundo surgem, revelam-se. Não existe um só mundo. Tantos e tantos mundo para nos aconchegarmos ou dizermos:"Esse mundo não quero! O mundo da exculsão. Da vaidade. Da ostentação. Daqueles que se acham superiores aos restantes. Daqueles que exploram. Daqueles que desvalorizam o próximo para se valorizarem. Isso intoxica-me!'
Ando pelo mundo e ainda tanto mundo para andar, tantos acolhimentos acontecendo e ainda por acontecer. Tanto para conhecer, reconhecer e reinventar.
A piU
Br, 20.08.2013
Ando pelo mundo e ainda tanto mundo para andar, tantos acolhimentos acontecendo e ainda por acontecer. Tanto para conhecer, reconhecer e reinventar.
A piU
Br, 20.08.2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
INTERESSE PELO SIMPLES
Porque estás triste?, perguntou a mulher. Porque deixei a felicidade escapar por entre os dedos, respondeu. A felicidade vai e volta. Existe sempre uma ponta que finge se esquecer de ir embora. Talvez tenhas de pegar essa ponta solta, disse a mulher. Eu não presto, respondeu. Não prestas? Porque não prestas? Porque me embrulho dentro de mim. Desembrulha-te. Isso é fácil, voltou a responder. Mas também é muito fácil falar que passamos a vida embrulhados dentro de nós. Porque não escutas os sinais? Porque tenho medo?, respondeu perguntando com algum assombro. Tens medo de ti? Tens medo do desconhecido ou do que consideras desconhecido? Tens medo de te redescobrires? Tens medo do quê?, sorriu a mulher com um sorriso manso e provocatório. Um sorriso de uma provocação amigável. O olhar de quem respondia e era indagado vagueou por um tempo, depois focou-se e ganhou interesse pelo simples.
a piu
br, 16.08.2013
a piu
br, 16.08.2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
BATUCANDO NO TECLADO ou QUE DORMENCIA É ESSA?
Sentiu as mãos dormentes. Sinais telepáticos. Sentiu também um calor na nuca. Talvez não fosse nada disso. Desses tais poderes telepáticos. Há horas que estava de volta de um teclado. Batucando num trabalho que não lhe dizia diretamente respeito, mas que dizia também. Tudo nos diz respeito quando nos envolvemos, pensou. Tinha o terrível hábito de se lançar de cabeça. Por vezes espencava-se direto no chão. Mas gostava de sentir essa adrenalina. Reconfortou-se por alguém escrever sobre novas esperanças para os loucos e advertindo que era preciso ter cuidado com aqueles caminham dormindo. Voltou a sentir as mãos dormentes. Talvez estivesse dormente. Sobresaltou-se. Tentou-se distrair com o seu cérebro, mas soube-lhe a pouco. O corpo está aí para se deixar levar em altos voos, mesmo que depois se despenque no chão. Mas o corpo está aí e um dia finda. Recordou-se dos mistérios da memória. Teria isso haver com esses tais poderes telepáticos. Sentiu um vazio no estômago e no peito. O formigueiro passou,mais o calor na nuca. Sentiu desalento. O dia também andava um pouco esquizoide. Riu-se de si. Sentiu-se esquizoide também. Voltou a lembrar-se do tal artigo da revista "Eu Sei Tudo": Novas esperanças para os loucos. Segmentou a frase em dois: 'novas esperanças" e "para loucos". Loucos são os que não arriscam, riu-se. Abriu as mãos e procurou novas esperanças. Isso dava-lhe adrenalina. E vida sem adrenalina não tem piada. Sabia que seria loucura achar que sabia tudo, mas que de vez em quando as suas mãos sentiam um formigueiro e a sua nuca um calor. Seria de estar à horas a batucar no teclado e ter de ir lá fora desentropeçer o corpo ou a telepatia existe mesmo. O melhor é aguardar pelo próximo numero da revista "Eu Sei Tudo".
a piu
BR, 14. 08. 2013
a piu
BR, 14. 08. 2013
SILÊNCIO
“... Hemos guardado un silencio bastante parecido a la estupidez ...”
(Proclama insurrecional de la Junta Tuitiva en la ciudad de La Paz, 16 de julio de 1809). (retirado de LAS VENAS ABIERTAS DE AMÉRICA LATINA Por EDUARDO GALEANO)
Um silêncio que não nos comprometa. Um silêncio que, aparentemente neutro, transpira hipocrisia e conivência com aquilo que sabemos, reconhecemos como injusto. Um silêncio paz podre. Um silêncio que nos afasta de nós e uns dos outros. Um silêncio que prefere catalogar quem não se silencia de conflituoso e ingrato. Um silêncio que não é inocente, mas alienado. Um silêncio dos fanfarrões revoltados, revoltosos e pseudo reviolucionários que quando chega a hora da verdade e da solidareiedade emergir!... chiuuuuuu Um silêncio medroso e merdoso para não sobrar para nós e mantermos afincadamente o nosso lugarzinho à luz de um sol doentio de uma amarelo deslavado como manda a tradição. "Porque sempre foi assim! Porque é que há-de ser diferente?"
Ana Piu
14.08.2013
(Proclama insurrecional de la Junta Tuitiva en la ciudad de La Paz, 16 de julio de 1809). (retirado de LAS VENAS ABIERTAS DE AMÉRICA LATINA Por EDUARDO GALEANO)
Um silêncio que não nos comprometa. Um silêncio que, aparentemente neutro, transpira hipocrisia e conivência com aquilo que sabemos, reconhecemos como injusto. Um silêncio paz podre. Um silêncio que nos afasta de nós e uns dos outros. Um silêncio que prefere catalogar quem não se silencia de conflituoso e ingrato. Um silêncio que não é inocente, mas alienado. Um silêncio dos fanfarrões revoltados, revoltosos e pseudo reviolucionários que quando chega a hora da verdade e da solidareiedade emergir!... chiuuuuuu Um silêncio medroso e merdoso para não sobrar para nós e mantermos afincadamente o nosso lugarzinho à luz de um sol doentio de uma amarelo deslavado como manda a tradição. "Porque sempre foi assim! Porque é que há-de ser diferente?"
Ana Piu
14.08.2013
terça-feira, 13 de agosto de 2013
EVA ou BELEZA PARA QUE TE QUERO?
Eve, de Balla Demeter |
Br, 13. Agosto de 2013
COMO UMA FOLHA
suspenso
alguns rasgos aqui e ali
amaciado pelo vento amacia-o
quem move quem?
é o vento que o move ou é ele que move o vento?
como uma folha de árvore
mas suspenso no ar
quase como por magia
um coração folha
folha de papel por escrever sobre letras apagadas
folha de árvore esperando anichar-se numa enraízada árvore
para que do alto possa sentir o vento bater
e suspenso, seguro possa dançar
porque suspenso suspende o rasgo?
tantas palavras em ão
que são grandes e delicadas são
destituidas da moral da religião
ganham outra dimensão
uma revelação?
uma dimensão maior que diz respeito ao coração
revelando paixão, perdão, compaixão, admiração, outra vez perdão, mais uma vez paixão, intuição, compreensão, uma vez e outra compaixão, suspensão, paixão, ai que lá vem o perdão, compreensão, fixação (oooops), solução, coração, pulsação, ão, ão, ão, ão, ão
miauuuuuuuu
pipiripupiu
a piu
10 Agosto de 2013
PENSAMENTOS VESPERTINOS DOMINICAIS
A Clarice pintava as unhas dos pés
e as das mãos também
A Clarice trazia dentro de si um enorme vazio
A Lispector não gostava de dar entrevistas porque pintava as unhas à Clarice
A Lispector considerava-se uma pessoa normal, comum, mortal
A Lispector trazia a morte dentro de si e tornava-a viva através da escrita
A Clarice e a Lispector são fruto das insanidades impostas por guerras, perseguições e fugas
A Carmen tinha um sorriso largo
Mira a Miranda que é roliça
Não mires a Carmen que está submissa
Ao seu esplendor
Passa noites fechados num quarto com dor
Passa os dias como cobaia dos avanços da medicina psiquiátrica
Pobre Carmen que empobreceu com a riqueza do seu exterior
Será que para nos transcendermos precisamos de sofrer?
Aquele meu amigo, de gestos generosos, limpa a bosta de um estábulo como limpeza espiritual. Uma tarefa precisa.
Uma semana retirado do mundanismo do dia a dia
Alegria (?), agonia, silêncio
Não somos nada e somos todos. Somos matéria. Somos espírito. Somos bosta. Somos ar. Somos água límpida. Somos água turva. Somos monstros. Somos grandes. Somos monstros frágeis. Somos grandiosamente monstruosos. Somos fogo que aquece. Fogo que queima. Fogo que destrói. Somos mar. Mar de amor, de horror, de dor, de sabor. Somos odor. Somos também paz.
Será que para nos transcendermos precisamos de sofrer ou existem outros caminhos? Caminhos percorridos nos veios de uma folha que baila ao vento...
(esta última frase soa mesmo aquela "poesia" vespertina domingueira de sarau do grupo recreativo de São José de Sericaia mas fica assim. Gosto da imagem, apesar do cliché)
a piu
11.Agosto.2013
PONTOS DE VISTA
- Tu acreditas no amor?
- Nesse gajo, pá?
- Nesse gajo pá? É assim que tratas o amor?! Por gajo?
- Se ele acreditar em mim eu acredito nele.
- Como é que ele pode acreditar em ti se o tratas por gajo?
- É que eu gosto de relações informais.
- Ahhhh!... tou a ver...
a piu
11. Agosto. 2013
ALGUNS EXEMPLOS DE CONVERSAÇÕES FLUENTES
- A menina quem é?
- Eu sou eu.
- O seu nome.
- Lili.
- Chama-se Lili?
- Sim.
- Bom. Tá bem. É filha de quem?
- Do meu pai e da minha mãe.
- Vá. Facilite.
- Sou filha de Marie e de John.
- Aaaaah bom! Marie e John quê?
- Quer saber se são importantes?
- Sim.
- São muito importantes para mim. (........) Quer saber se são importantes importantes?
- Claro!
- Agora não me apetece... Sabe como é? Nós, os aristocratas, somos caprichosos. Somos un petit negligé. Temos um savoir faire capriché. Não me leve a mal.
A piU
12.08.2013
DICAS PARA DAR NAS VISTAS
1. Corra para o seu calhambeque, de preferência empoeirado a dar ares de on the road.
2. Tenha um pneu ligeiramente vazio para que a possibilidade de furar seja maior
3. Pare num subida e deixe o carro ir abaixo. Aliás, assuma que ele vai abaixo sempre que para numa subida e dê daquelas acelaradelas de impestar o espaço com fumo e ruído. Pode sempre argumentar que apesar de poluente é uma atitude de sustentabilidade perante a indústria automobilistica.
4. Dê a volta ao quarteirão e faça uma travagem na curva de fazer os pneus chiarem, pois há um carro está a sair do estacionamento.
5. Não tendo música no carro pode sempre cantar em altos berros levantando as mãos do volante.
6. Caso a gasolina estiver na reserva, o que é sempre conveniente, encontre uma estratégia "convincente" para parar e esperar que alguém venha ajudar. Pode ser que algo misterioso aconteça!....
a piu
12. agosto de 2013
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
TO BE AVE RARA OR TO BE AVE RARA. NÃO HÁ SOLUÇÃO? ou SOU UMA AVE RARA COM UMA CRISTA PUNK LIGHT FREAK FASHION
Definitivamente eu sou uma ave rara. Talvez não tão diferente de todas as outras aves que se espassarinham por aí. Mas ao fim de todo este tempo de existência que até parece longo mas que até curto fico sempre abismada, admirada, estupefa(c)ta, e até mesmo expectante de saber se algum dia terei esse jogo de cintura. Refiro-me exatamente aquele lema do "Rei morto, rei posto". Enfim, aquele espaço de luto relacional que efusivamente é preenchido com outro alguém para que o silêncio não se instale. Muito menos a solidão! Esse monstro de mil cabeças. Também fico assaz admirada, abismada, estupefa(c)ta e até mesma indagativa, interrogativa, meditativa no poder de sedução em canône. Talvez sofra do síndroma de patinho feio, mas outro dia dei de caras com uma sugestão de página de relacionamentos amorosos. Quase quase uma gargalhada explodiu do peito, mas fiquei tão "oh messa! quem me sugeriu uma coisa destas?! A mim, uma old fashion que gosta de olhar as pessoas nos olhos?" Enfim, também considero curioso aquela onda "As pombinhas da Catrina que andaram de mão em mão foram ter à quinta nova ao pombal de São João. Uma é minha outra é tua, outra é de quem a apanhar/ pegar"
Sei lá! As redes sociais podem ser uma grande loucura. Uma espécie de cada tiro, cada melro. Uma amiga aqui há uns dias falava no seu mural que uma famosa (Princeless?) dedicou uma música a alguém que nem tinha twiter e que um monte de pessoal se sentiu atingido pela dedicatória. Vai daí que fiquei feliz em pôr a Mafalda a rir com o exemplo das Pombinhas da Catrina, acrescentando que uma coisa é nós confessarmos a paixão que sentimos a alguém e posteriormente dedicar-lhe uma música mesmo sem a identificar publicamente. Outra é confessarmos paixão a uma equipa de futebol ou não confessarmos a ninguém e lançamos o tiro para o ar e depois logo se vê. Eu não sou deste tempo ou então não sou deste mundo. ehehehe Se a pessoa está interessada em alguém foca-se. Não? Ou então... Não sei... Já não sei nada. Acho que vivemos todos num grande bidé, mas com uns pudores muito loucos que é de nos entregarmos realmente. Mas depois dispomos-nos ao lado mais disparatado que há em nós. Descartamos-nos uns dos outros com uma facilidade e preferimos amores mornos para não nos queimarmos. Somos todos uins grandes palhações! eheheh Sei lá! Yo que sei? Yo soy una... Una... Una ave rara como tantas outras.
Bom fim de semana! :) ;)
A piU
Br, 9 de Agosto de 2013
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
JURAMENTO DE BANDEIRA
Os prematuros, Botero |
Mulher- Alô! Sim! Sim! Aceito a proposta! Acabei de terminar a minha relação, decidi ser celibatária a partir de hoje para poder integrar a vossa empresa! Não, não tenho filhos, pois bem sei que caso tivesse e me separasse seria muito dificil a nível profissional e até mesmo amoroso. Não, não me relaciono com mulheres. Não me relaciono com ninguém a partir de hoje, como lhe disse anteriormente renego toda e qualquer relação para poder dedicar-me a tempo inteiro à vossa empresa.
A piU
Br, 5 de Agosto de 2013
MARIA NINGUÉM
Maria Ninguém era um alguém que preferia aparecer como Maria Ninguém. Quando alguém se abeirava de Maria Ninguém, sendo esta ninguém ela poderia sentir quem era esse alguém que ao seu lado, à sua frente,, um pouquinho afastado era ou poderia ser. Maria Ninguém era alguém, mas posicionando no lugar de ninguém poderia sentir qual o valor que cada um dava a si e ao outro. Maria Ninguém era como um livro de folhas em branco por escrever, quem mais atento estivesse descobriria o prefácio, e até pequenas letras na contra capa. Maria Ninguém era Maria Ninguém pois procurava-se a cada instante. Maria Ninguém procurava quem se procurasse e não quem se achasse. Para Maria Ninguém quem se achasse cheio de si, das suas riquezas conquistadas, perdia a oportunidade de enriquecer. A oportunidade de se enriquecer. Maria Ninguém era alguém que procurava outros alguéns que se procuravam umas vezes, se encontrando e se achando nessa procura outras continuando. Maria Ninguém procurava continuidade na longa jornada de atravessar desertos, mares, tempestades, florestas luxuriantes, florestas de asfaltos. Maria Ninguém não trazia consigo cartões de visita. Ia sendo. Descobrindo-se, descobrindo, deixando descobrir, permitindo-se descobrir. Talvez a únicas coisas que Maria Ninguém tivesse medo fosse da solidão e da morte que esta gera. Do ridículo não tinha medo. Tampouco tinha medo do erro, do beneficio da dúvida. Gostava do ridículo. Gostava do erro, da fabilidade. Gostava de tudo isso. porque era humano. Profundamente humano. Animalmente humano. Vivo. Ser vivo.
a piu
Br, 5. Agosto de 2012
PENSAMENTOS DE FINAL DE SEMANA ou BALANÇO INTROSPECTIVOS DESTA TRAQUITANADA TODA
Descobri! Conclui!Duvidei! Confirmei! Toda e qualquer forma de ostentação de conhecimento para marcar uma diferenciação entre o meu sujeito e os restantes são perpetuações de relações hierárquicas numa lógica terceiro mundista. Essa lógica também ocorre em lugares supostamente desenvolvidos. Aliás! É desses lugares que vem essa classificação: países como desenvolvidos, países em vias de desenvolvimento e terceiro mundo. Desses países supostamente desenvolvidos que surge essa lógica. Esta minha conclusão, que pretende ser humilde porém com a devida consciência da sua inconveniência, ganha volume com o encontro há uns anos atrás com o antropólogo Vitor, indio da aldeia Baikairi no Estado do Matogrosso. " Eu quero estudar para ser um dos porta vozes do meu povo. Quero lutar com as mesmas "armas do branco". Isso mesmo Vítor, para nos defendermos e defender os nossos interesses temos que estar por dentro, nem que seja para transitar entre a distância e a aproximação. Em suma, enquanto a educação e a sua qualidade não estiver ao alcance de todos há que driblar. Enquanto o poder hegemónico criar diferenciações verticais, de cima para baixo, quem "em baixo estiver" tem de aprender a defender-se com as mesmas ferramentas para afirmar as suas ferramentas que são fruto de uma identidade própria.
A piU
Br, 4. Agosto. 2013
LES ILLUMINÉS ou LE RIGOR DE LA TRADUCTION
Je suis dans mon lit/ Bebo um litro de suco/sumo
Je touche ma tête et je suis fachê/ Toco a minha testa e coloco sobre ela uma faixa
Je doit être moi même/ Doi, moi, mesmo assim
Ma tête est confuse/ a minha testa está confusa
Qu'est que je doit faire?/ O que doí fazer?
Paris est romantique, mais c'est pas pour moi/ Paris é romântico mas moí, desgasta
A piU
Br, 4 de Agosto de 2013
E NÓS, HOJE, AQUI AGORA?
Tem a Seraphine, a Camille, a Francoise, a Olga, a Marie, a Maria, a Mariana Alcoforado, tem a Joana, a Simone, a Rita, a Elis, a Paula, a Rego, a Vieira, a Da Silva, a Hilda, a Hilst, a Lispector, a Clarice,Tem quem nem o nome será lembrado na História. Tem aquelas cujo nome será lembrado, mas com lacunas de memória. Tem as pensadoras, as amantes, as musas, as sonhadoras, as apaixonadas, as enlouquecidas por nunca poderem ter sido na plenitiutude o que desejam ser e eram realmente. À Paris, une village trés chique, que tem a o glamour que tem pelo fluxo de estrangeiros. Porque é mesmo assim! Os lugares crescem e ganham relevância pela diversidade. Ah pois é! O estrangeiro assusta, porque aparentemente diferente, mas os seus questionamentos, a sua energia que brota por não estar na zona de conforto é o tsunami que vem enriquecer o lugar. Quer se queira quer não. Bahhhh oui! Ecoute le monde! À Paris, que para alguns ainda é um deslumbramento à século XIX, tem o museu d'Orsay, o Museu Picasso, o Museu Rodin e outros tantos museus que fazem as maravilhas dos turistas como dos amantes e praticantes das Artes.
Mas quem está por detrás de Picasso, de Rodin? Que mulheres são essas que enlouqueceram, se suicidaram em função de relações com seres considerados geniais? Que preço tem essa genialidade a tocar a insanidade? Quem são essas mulheres, que por serem mulheres foram abafados pelo preconceito e os preceitos de épocas históricas especificas? Quem é essa Simone de Beauvoir que nunca teve filhos e foi emancipada? Quem é essa Anais Nin emancipada mesmo para os dias de hoje? Quem somos nós? Homens, mulheres que hoje deambulamos pela contemporaneidade louca e conservadora, a dar ares de emancipada que de maneira geral ainda castiga as mulheres por serem mulheres, que as castiga por terem filhos, que as castigas por serem ou quererem ser autónomas, que as castigas porque ainda vivemos numa lógica judaica-cristã com discurso diabolizante que a religião muçulmana é opressora. E nós? Nós, os ocidentais em pleno século XXI, não nos oprimimos mas de modo politicamente correto quase a estalar para o escancarado'
Váááá! Num vem qui num tem!
A piU
Br, 4 Agosto 2013
imagem: Camille Claude, escultora, amante e assistente de Rodin, internada num hospício durante 30 anos até à morte
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
CÂNTICO DOS DESVENTURADOS
Eu sei que vou continuar
Por toda a minha vida eu terei de contiuar
A cada despedida eu vou te amar (mau!! começa a festa)
Desesperadamente (que chatice! não dá para amaciar a coisa?)
Eu sei que eu vou te amar (momento sincero e solene)
E cada verso meu será pra te dizer (idem)
Que eu sei que vou te amar (idem)
Por toda a minha vida (chiça! que sina! com tanta gente no mundo! Nãããã a minha vida não é isto! Tenho de me focar!)
Eu sei que vou chorar (sim, chorar faz bem à alma)
A cada ausência sua eu vou chorar (mas não é preciso exagerar!)
Mas cada volta sua há de apagar (vai na volta não há volta a dar. bom, estando o céu por cima da cabeça e a terra debaixo dos pés, sendo que a terra é redonda. Nunca se sabe o dia antes de amanhã)
O que essa ausência sua me causou (agora fico calada que isto é sério)
Eu sei que vou sofrer (outra vez?! Não quero ser canonizad, nem santificada! Sou de carne e osso! E o meu coração é bio degradável! Decidi! Vou me tornar budista! decidi!)
A eterna desventura de viver (sim, ser desventurada faz parte do glamour de qualquer palhaço que se preze, neste caso palhaça)
A espera de viver ao lado teu (maaan esperar eternamente deixa a pessoa roxa! Não quero ser uma personagem do Garcia Lorca!)
Por toda a minha vida, eu sei que vou viver, tropeçando aqui e ali. Mas fazer o quê? A vida é assim mesmo! Porque não? Agora vou dar uma volta bilhar grande e acabar com esta canção.
a piu
Br, 2 de Agosto. 2013
Por toda a minha vida eu terei de contiuar
A cada despedida eu vou te amar (mau!! começa a festa)
Desesperadamente (que chatice! não dá para amaciar a coisa?)
Eu sei que eu vou te amar (momento sincero e solene)
E cada verso meu será pra te dizer (idem)
Que eu sei que vou te amar (idem)
Por toda a minha vida (chiça! que sina! com tanta gente no mundo! Nãããã a minha vida não é isto! Tenho de me focar!)
Eu sei que vou chorar (sim, chorar faz bem à alma)
A cada ausência sua eu vou chorar (mas não é preciso exagerar!)
Mas cada volta sua há de apagar (vai na volta não há volta a dar. bom, estando o céu por cima da cabeça e a terra debaixo dos pés, sendo que a terra é redonda. Nunca se sabe o dia antes de amanhã)
O que essa ausência sua me causou (agora fico calada que isto é sério)
Eu sei que vou sofrer (outra vez?! Não quero ser canonizad, nem santificada! Sou de carne e osso! E o meu coração é bio degradável! Decidi! Vou me tornar budista! decidi!)
A eterna desventura de viver (sim, ser desventurada faz parte do glamour de qualquer palhaço que se preze, neste caso palhaça)
A espera de viver ao lado teu (maaan esperar eternamente deixa a pessoa roxa! Não quero ser uma personagem do Garcia Lorca!)
Por toda a minha vida, eu sei que vou viver, tropeçando aqui e ali. Mas fazer o quê? A vida é assim mesmo! Porque não? Agora vou dar uma volta bilhar grande e acabar com esta canção.
a piu
Br, 2 de Agosto. 2013
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
QUEM AMARROTOU A PRATA DO MEU BOMBOM?
Olhou para o bom bom. Bom bom bonito debaixo da fina prata vermelha. Era aquele que tinha escolhido da caixa de mil bom bons coloridos. Ficaria guardado para um momento especial.
As pratas dos bom bons esticadas cuidadosamente com a ponta do dedo para não se rasgarem. A prata do bom bom guardada entre as folhas do livro. Daquele livro que trazia sempre consigo para se degustar em breves ou longas passagens. Voltar ao mesmo livro. Surpreender-se a cada chegada. Viajar nas palavras já percorridas e degustar lentamente aquele bom bom com recheio de rum.
Quem amarrotou a prata daquele bom bom que tinha escolhido com carinho para degustar lentamente entre breves e longas passagens, daquele livro que a fazia sonhar num mundo mais possivel e respirável?
Um vácuo no peito. Pacientemente, com a ponta do dedo, foi esticando aquela prata, amaciando os vincos, as dobras. Depois guardou perto de uma das suas passagens preferidas, entre as folhas, frenética e cuidadosamente sublinhadas e rabiscadas.
Um fiozinho de rum colou a ponta de um dos dedos a um outra ponta de outro dedo. Saboreou cuidadosamente a ponta dos dedos para que estas não se grudassem à fina prata. Cuidadosmaente, evitando que se voltasse a amarrotar.
Queria que aquele sabor de chocolate e rum se mantivesse entre o céu da boca e o palato e que a memória desse sabor não desaparecesse nunca.
a piu
Br, 1. Agosto. 20013
As pratas dos bom bons esticadas cuidadosamente com a ponta do dedo para não se rasgarem. A prata do bom bom guardada entre as folhas do livro. Daquele livro que trazia sempre consigo para se degustar em breves ou longas passagens. Voltar ao mesmo livro. Surpreender-se a cada chegada. Viajar nas palavras já percorridas e degustar lentamente aquele bom bom com recheio de rum.
Quem amarrotou a prata daquele bom bom que tinha escolhido com carinho para degustar lentamente entre breves e longas passagens, daquele livro que a fazia sonhar num mundo mais possivel e respirável?
Um vácuo no peito. Pacientemente, com a ponta do dedo, foi esticando aquela prata, amaciando os vincos, as dobras. Depois guardou perto de uma das suas passagens preferidas, entre as folhas, frenética e cuidadosamente sublinhadas e rabiscadas.
Um fiozinho de rum colou a ponta de um dos dedos a um outra ponta de outro dedo. Saboreou cuidadosamente a ponta dos dedos para que estas não se grudassem à fina prata. Cuidadosmaente, evitando que se voltasse a amarrotar.
Queria que aquele sabor de chocolate e rum se mantivesse entre o céu da boca e o palato e que a memória desse sabor não desaparecesse nunca.
a piu
Br, 1. Agosto. 20013
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