Eu cá sou o Matateu! Sou um camafeu! Um mafarrico muito rico! Sou fidalgo! Algo sobrenatural eu sou! Mateteu Camafeu que deambula no breu. Comigo ninguém se mete. Minha esposa é a Suzete! Uma majorete que conheci nos tempos de menino e moço entre uma cerveja e um tremoço. Sou muito nobre. Sou rico e não sou pobre. A mim ninguém me engana. Mão de ferro e nem um berro. De peito feito levo tudo a eito. Não dou confiança e a minha louça é de faiança. Sofro do coração e no meu dedo levo o brasão. Não suporto nem uma falha de toda essa escumalha. Sou bastante natural quando chega o Natal. Sou intemporal. Tenho um poder paranormal. Sou amigo do meu amigo, mas ninguém se meta comigo.
A piu
Br, 12.12.12
Imagem: Caricatura em Óleo
Francisco de Goya - Pintor espanhol (1746-1828)
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