segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A PROPÓSITO DO BRECHT QUE HOJE FAZIA ANOS

"Those who don't know the truth are dummies, but those who know the truth, and call it a lie are criminals."
Bertold Brecht

"Aqueles que não conhecem a verdade são bobos, mas aqueles que conhecem a verdade, e chamá-la de uma mentira são criminosos."
Bertild Brecht


O que é verdade para outros não é bem para outros, mas contra factos não há argumentos. Tudo bem, existem pontos de vista, percepções várias, sensibilidades diversas mas há acontecimentos que aconteceram ou que acontecem. Não há como renegá-los. O que leva a um silenciamento que em última análise é um compactuar com o inaceitável? O que é inaceitável? A violência é inaceitável. E o que é violência? Tirar a dignidade ao outro, dar um murro em vez de estender a mão. Segregar em vez de incluir? Isso é violência. Ou alguém sente-se confortável em ficar de fora? Em ser desprezado e muitas vezes maltratado?

Existem vários tipos de violência. Quando nos deparamos com a mesma é tão avassalador que por vezes preferimos fingir que nada se está a passar, que é tudo uma invenção de quem se acha vitima. Tudo um devaneio. Porém, a violência está lá como uma agulha fina de uma qualquer seringa que se esconde na mão fechada. Ninguém vê. Ninguém quer ver. Porque implica implicarmos-nos e isso pode ter consequências. O desconhecimento, o conhecimento parcial, a cobardia, o egoismo são aspectos de uma mesma fase da moeda. Todos nós temos medo. Saudável, diria. Porém, que medo não queremos escolher viver, perpetuar?
Em última análise pergunto: Não nos sabermos colocar no lugar do outro, não sermos solidários, não desejarmos o melhor para todos nós é o quê?

A Na Piu, a doninha fedorenta (denominação carinhosa que o meu pai me dava em criança. Descobri que além de divertida cai-me bem. Doninha Fedorenta ao vosso dispôr)

Brasil, 10.2.2014


Iben Nagel na personagem de Kattrin, Odin Teatret/ Dk




"Mãe Coragem "hiena no campo de batalha",que é a única que não aprende nada com a guerra, mantêm-se indiferente a realidade ao seu redor. Mesmo perdendo seus 3 filhos, continua nas estradas com seu comércio cada vez mais escasso, e cada vez mais apegada a carroça.
Kattrin, a filha muda, é morta quando mesmo sem voz "fala" a favor de uma causa, ao tocar o tambor para salvar uma cidade, enquanto os camponeses mantêm-se calados, por medo ou por egoísmo, e rezam e ela resolve agir, o que diverge do seu comportamento durante toda obra, é perceptível, sempre, que ela tem um é sensível e que não gosta de ver os outros sofrerem, porém neste momento abre mão de sua vida em prol da cidade. " (fonte wikipédia)

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