quinta-feira, 21 de julho de 2016

UMA PORTUGUESA EM TERRAS DE BARÃO- quando testemunha a lógica de vassalagem com um dos seus conterrâneos que por acaso (?!) é seu progenitor

Os últimos tempos tem sido conturbados em termos socio politicos. Talvez não haja nenhum momento histórico que não seja conturbado, embora atualmente a crise de valores está na ordem do dia acrescida a uma despolitizaçãozite galopante. Os tempos são de mudança. Mudança planetária, diria. Urge voltar ao coração. ESSE É O PARADIGMA. Escutar o coração percepcionamos intimamente o valor da nossa vida e dos demais. E ISSO NÃO É UTOPIA. É uma prática. Silenciarmos-nos e escutar o coração. Essa prática exercita a escuta efetiva em outros contextos.

Julho é o mês de férias. Férias de "inverno" por aqui e férias de verão além mar. Mês de viagens para quem as pode fazer e mês de visitas para quem as pode ter.

Tem uma praça em Barão que é a praça do Coco. Aos sábados de manhã tem a feirinha e uma programação cultural na rua, além de eventuais encontros de baixo de árvores para se discutir questões politicas e sociais. Ora, numa destas ocasiões de visita do meu progenitor e querido amigo que é, passamos por uma das reuniões do PT, em que se discutia o risco dos movimentos sociais serem, na sequência do golpe, incriminalizados.

Primeiramente, o impeachement foi uma vez mais um cenário de mau gosto, mas desta vez em direto para o mundo. Em Portugal foi passado em direto na tv em tempo integral.... Enfim, já que a Suiça em relação a Portugal tem mais estilo, embora seja um pais desonesto, os brasileiros foram vaiados em parlamento, Posso ainda partilhar que alguém que defenda um golpe anti democrático carece de amorosidade, bom senso e respeito pela vida. Mas posso ainda acrescentar que talvez, em alguns casos, não se trate disso mas duma forte alienação fruto da ignorância.

Mas ao  passar por aquele agrupamento do PT deu-me uma grande preguiça. Eu e o meu progenitor que é é meu companheiro, camarada da vida olhamos um para o outro e seguimos caminho. " Ai porque a nossa faxineira lá na sede tem a consciência disto e daquilo e nós estamos com ela" , falava um petista, !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Cara! O QUE É ISTO! Não há uma consciência de classe e sim um perpetuar de relações de vassalagem, em que a faxineira é peça fundamental neste resquício de colonialismo. Que perguiça com este discurso raso... É RASO! Agora já não estranho as disputinhas entre coxinhas e petralhas...

Primeiramente descalçar a bota secular do colonialismo de senhores e criados. É ou não é? Estou errada ou nem por isso?

Ana Piu
Brasil, 21.07.2016

Assim foi e assim não queremos que continue a ser

Envergar uma bandeira não significa fascismo e sim desejar realmente um país progressista



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