quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

E por todas as filhas e velhas que apoiam o que é bom e afastam a obediência cega a qualquer super cultura que premie somente a forma
nivelada e deprecie o pensamento... por todas as filhas e velhas que estão se tornando escaladoras cada vez mais astutas de montanhas místicas e que por vezes percorrem caminhos acidentados... por aquelas que cada vez mais põem alma no que dizem, e pelos animais, águas, terras e céus... pelas que mantêm caldeirões cada vez mais fundos, que são a lente
que amplia a luz do farol, que se erguem como terra firme, onde antes não havia terra... por aquelas que estão inflamadas com o desejo de
ensinar e de aprender, pelas que estão apenas descansando para poder se levantar com prazer mais uma vez... por essas flores noturnas cuja fragrância tem um efeito profundo e prolongado, muito embora os botões estejam ocultos...
(...) pelas filhas e velhas que sempre se interessam mais em ser amorosas do que em estar com a "razão"... Por elas... que se deem conta de como sua vida é preciosa, de como, apesar de quaisquer imperfeições, elas são exatamente os baluartes, as pedras de toque, as notas fundamentais, os
paradigmas necessários.
Clarissa Pinkola Estés, A CIRANDA DAS MULHERES SÁBIAS
Ser jovem enquanto velha, velha enquanto jovem, Rocco 2007

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