Como foi já foi escrito antes, este espetáculo " Ar Dulce Ar" foi criado pela necessidade de colocar em cena, através da linguagem de palhaçaria, situações verídicas de ambas as atrizes palhaças ( Geni Viegas e Ana Piu) . Situações essas que tem a ver com relações abusivas e violência contra a mulher, que infelizmente é muito recorrente. Mais do que possamos imaginar.
Este trabalho foi dirigido pelo Leo Tonon a convite da Geni. Penso que é igualmente válido e importante um homem que iniciou a vida com uma mãe, que seguiu as suas orientações sexuais que somente a ele lhe dizem respeito, dirigir este trabalho. Por momentos eu achei que este espetáculo seria sobre relações abusivas para ser mais abrangente. Porém é bem especifico dentro desse tema. É SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E POR CONSEQUÊNCIA CONTRA AS NOSSAS FILHAS.
No entanto hoje escreverei sobre essa fina linha que separa uma versão ou mais de outa(s) versões da histórias. Aí adentramos pela questão das relações abusivas, que tem a ver diretamente com relação de poder. Falamos assim das relações abusivas no geral.
Ao longo desta minha breve mas alguma existência de vida, eu tenho aprendido a não tomar partido logo ou somente duma parte. É importante silenciarmos-nos e também, caso sintamos solidariedade e tenhamos coragem, para nos dispormos a ajudar no que podermos dentro das nossas capacidades. A mim já me aconteceu ser amiga dum casal, onde em primeira mão era e sou grande amiga do sujeito como irmãos e a sua (ex)companheira que conheci depois vir se queixar dele. Como mulher escuto e acolho as dores da sujeita, mas eu também conheço o sujeito e sei quais as suas virtudes e algumas das suas fraquezas. Como também sei que muitas mulheres manipulam. Assim como homens e outros generes. Também já tive a oportunidade inqualificável de vivenciar uma situação com uma " amiga " e ex parceira de trabalho que conhecia há relativamente pouco tempo , que difamou um parceiro profissional meu, por ser homem e por ser estrangeiro. Alegou que este a assediou. A minha primeira reação foi defende-la. Fui tirar satisfações com ele e entendi perfeitamente o lugar dele e revi-me no preconceito do qual ele foi aalvo por ser estrangeiro e por os eventuias mal entendidos de comunicação por virmos duma outra sociedade e cultura. Todavia essa sujeita não gostou que o fizesse. Resultado: falou um monte de impropérios e ainda tentou igualmente me difamar. Se conseguiu ou não, pouco importa. Cada um tem a sua consciência.
Resumindo e concluindo: não é por ser noss@ amigo de curta ou longa data, man@ que vamos tomar partido total da sua versão. Por vezes a pessoa está com a sua mente confusa, outras vezes ela exagera porque tem algum interesses por detrás que nós não sabemos. Interesse esse que muitas vezes nem ela sabe o que é. Age por necessidade que olhem para ela, de reconhecimento com base numa inveja que ela sente e não sabe lidar, com base numa frustração sua, com algo que ela carrega de gerações suas anteriores que até ela desconhece. Não sabemos, mesmo quem nos é mais intimo!!!
No entanto ficarm@s atentos e tentarmos ser o mais justo possível duma forma não violenta. Para mim alguém muito especial é alguém que se dispõe a se colocar no lugar d@s outros sem deixar de considerar e até amar quem deu mancada. Por vezes ambas as partes deram mancada, nem que seja porque uma não se retirou a tempo. Alguém especial é alguém que se move pelo Amor.
Sempre acredito que viver é muito precioso para nos determos em intrigas e conflitos e que recorrer a autoridade terá ou teria de ser uma última instância. Eu nunca recorri a nenhuma autoridade judicial e desejo do fundo do coração que todos aqueles que caminham de mente um tanto ou quanto confusa e confundem os demais se sentem diariamente, pelo menos 5 minutos, e respirem fundo em silêncio. É REVOLUCIONÁRIO CONHECERMOS NOS A NÓS PRÓPRI@S E ESCOLHER AGIR COM A NOSSA MELHOR VERSÃO!
Beijos e abraços e até ao próximo texto
A Piu
Campinas SP 01/03/2020
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James Ensor. A Intriga, 1890 |
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