Eu não disse? Eu não falei que são muitas as mulheres e suas iniciativas para homenagear e agradecer? Podemos começar por lembrar as percursoras, aquelas que num cenário masculinizado e muitas vezes inóspito elas dão o pontapé de saída para se afirmarem enquanto, mulheres, artistas, cidadãs. Falo no feminino, mas acredito que existem pontos em comum com as pessoas homossexuais e trans. Mas estas terão pautas especificas de afirmação. Elas, melhor que ninguém, as defenderão. E quem for solidário à causa que escute ao invés de se apropriar para beneficio próprio como se dum modismo se tratasse. Os direitos dos seres vivos não deveriam ser moda e sim algo que se toma consciência em prole do coletivo sem nunca esquecer quem somos, de onde viemos, por onde transitamos e onde nos colocamos e nos colocam e onde permitimos que nos coloquem fazendo nos respeitar - mesmo quando não é tão evidente, mas vamu ki vamu.
De origem germânica achtung! servia como interjeção chamativa para perigos e paisagens deslumbrantes. Mais a norte, nos países escandinávos,ACHTUNG!! é considerado o espirro oficial dos vikings. Em terras lusas utiliza-se a expressão "Arre!!" quando alguém está arreliado. "Arretung!" é uma espécie de grito de guerra dos trabalhadores da classe precária, que desunidos nunca vencerão.
domingo, 14 de março de 2021
UM GRANDE VIVA ÁS MINAS MANAS!!!!!
Hoje, presto homenagem a Dani Majzoub, Adriana Marques e toda a equipe que torna possível este encontro de mulheres palhaças e circenses do Vale do Paraíba em S. José dos Campos SP, do qual tive a honra de receber o convite de apresentar no primeiro encontro que aconteceu há 3 anos atrás. Muitas mulheres inspiradoras encontrando-se, para juntas serem protagonistas das suas histórias, da sua história, da sua trajetória, do seu riso, do seu humor, da seu virtuosismo e inadequação. Mulheres que se juntam para passarem também umas para às outras como promover, divulgar, vender este trabalho que é uma profissão.
Por circunstâncias da vida, até chegar em território brasileiro para aí viver, nunca necessitei com urgência de vender o meu trabalho pois trabalhava com e para companhias e organizações não governamentais. Tinha, de algum modo, o meu sustento assegurado. Mas como a vida dá muitas voltas e por mais sem chão que uma crise promove ou tenta promover, tenha esta a origem que tiver, fortalece-nos se não sucumbirmos pois coloca-nos na urgência do "agora vai ou racha", preciso de voar com as minhas próprias asas, algumas vezes, solitariamente nem que atravesse extensões imensas até encontrar outros bandos para voar junto. É vertiginoso,mas dá-nos autonomia. Tenho aprendido muito, mas muito mesmo com toda essa rede de mulheres, no caso palhaças, mas também outras mulheres de outras redes e saberes que almejam resgatar a potência de se ser quem é com os seus receios, a superação das suas inseguranças. o auto conhecimento como o pilar, o porto seguro para que não nos deixemos arrastar pela negatividade e pessimismo tão promovido pela lógica patriarcal da escassez e competição.
Cada uma de nós tem o seu valor e valorizar a outra mina e mana traz-nos ainda mais valor, dispensando assim disputas e rivalidades que desnutrem a criatividade. Uma coisa é darmos o nosso melhor e brilhar com isso, outra coisa é não querer que a outra mina mana brilhe e seja feliz nas suas escolhas, concordemos ou não com as mesmas. Honrarmos de coração o trabalho umas das outras, sabendo quando entrar e sair de cena, dando o foco a outra(s) mulher(es) é um posicionamento diria que politico. Para mim, também não deixar os homens de fora, aqueles que verdadeiramente valorizam o feminino e masculino saudável porque entendido e curado, é muito importante.
VIDA LONGA A TODES NÓS!!!!
Um grande abraço da cidade vizinha!!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário