quarta-feira, 10 de março de 2021

A TODAS NÓS!!!!

 A TODAS NÓS!!!!

" Que dia é hoje, hmm?!?!" , " O tempo parece que foge e dura o tempo dum cigarro e eu trás dele e não o agarro e vou a pé e vou de carro. Ai ó linda, será que ainda?"
Bom, em duas frases cito dois compositores, músicos e cantores portugueses, homens que iniciaram a sua trajetória nos idos anos 60. Naturalmente, foram exilados num Portugal fascista até 1974. Olharam para a condição feminina, para a sua opressão e força de trabalho e musicaram sem modismo. Obviamente não pretendo dourar a pílula da passagem dos portugueses pelo resto do mundo e sim apresentar a oposição. Gratidones pela compreensão. 🙂
Este texto é dedicado às mulheres e homens portugueses anti fascistas que deram o couro e cabelo para estarmos no lugar de liberdade de expressão que estamos. Então, querid@s e car@s seres human@s de expressão portuguesa cujo o seu território foi colonizado: sentimos muito de verdade, aqueles que dão o couro e cabelo e também observam as reproduções menos coerentes, para não chamar de faxixi, dos demais. os que foram colonizados, ou que se acham colonizados sejam os mesmos os colonizadores convencidos de certezas com resquicios duma pedagogia da época milica. Adiante. Sim, foram, são, somos poucos ( mas havemos de ser mais, eu bem sei como cantava o José Afonso) anti fascistas, anti colonialistas e anti imperialistas. Mas nem por isso somos insignificantes.
Hoje queria e quero homenagear as mulheres portuguesas. A minha mãe, as minhas avós, bisavós, tetravós e tetratetaravós, assim como as minhas queridas amigas portuguesas, e outras que não são amigas e que já foram mas até já nem são - são poucas, uma ou duas mas existem. É que eu sou alérgica à ganância. deselegânçia desgraititunada - sem gratitude, vá, de se dar bem muito rápido sem olhar a quem". Mas mesmo assim eu presto a minha homenagem a todas, sem excepção.
Hoje queria fazer um vídeo cantando o coro das velhas, do Sérgio Godinho, e contar histórias de mistério. assombro e expansão da consciência com dois personagens centrais: Chacha Pança - o barrigudinho que tem uns entendimentos mas na maioria das vezes umas conclusões chachada que fica aquela vontade de rir, dormir e até vomitar de tanto moralismo, preconceito e precipitação. Já o Chico Paco, o ladrão ou assaltante de galinhas... É um caso bastante complexo mas possível de chacoalhar . Primeiro passo: deixar o seu irmão em paz e deixar de sentir com a cabeça debaixo, aquela que joga iogurte azedo e ainda mais azedo quando quer oprimir pornograficamente falando, e prosperar com o privilégio de ser homem branco cis. Eu sei lá entender essas classes sociais brasileiras, já que eu sou estrangeira e ainda não entendi a onda classista na plenitude e assim como as afirmações de masculinidade. Bom, mas devo dizer que muitas mulheres como eu /como nós não procura nem espera um 'macho' (?!?) muito é bom, cheio do sucesso com todas as minas a babarem as seus pés. Isso lembra os clipes do Sidney Magal, mas que não se sustenta. Show off é fake. E aí, Chacha Pança e Chico Paco vão desejar boa sorte para o(s) seu(s) irmão(s) ou é sempre a mesma jogatina desde a mais tenra idade onde a disputa, as metas, a competição abafam tudo o resto com a mediocridade como cereja no bolo? Olhem o efeito literário e cénico da autora a falar para os personagens, tal qual Pirandello; Ihihih
Ai, ai. Mulheres em vias de emancipação admiram outras mulheres e homens em vias de emancipação. Ei Chico Paco, larga a mão de ser ladrão e/ou assaltante de galinhas! Mesmo a galinha mais despenada tem os seus limites. Vai por nós, mulheres em via de emancipação que sacam as tuas manobras cibernéticas. Via, mais uma oportunidade. Agradece pelo seu mano homem que não te pisa ao invés de vosmicê, nicha. Mano esse que pode ser alguém em especifico ou não. Dá-lhe com Pirandello!
Hugs, hugs unt no oportunisme...Diga uma e duas vezes e mil vezes: hacker não sou nunca mais!!!
Acredito que ainda vamos nos rir de tudo isto com inocência, como eu previ desejando a tua inocência mas enganei-me. Enganamo-nos. Eu, o teu, os teus irmãos e amigas. Mas eu chamo a força das minhas ancestrais, das minhas avós para honrá-las e dizer: BUUUUUUHHHH MASCULINIDADE DISTORCIDA E TÓXICA!!!!!
A Piu, uma cidadã portuguesa do mundo a viver no Brasil
Campinas SP 10/03/2021
Crédito: Amanda Dumont




Sem comentários:

Enviar um comentário