segunda-feira, 7 de março de 2016

TEMOS MESMO DE FALAR UNS COM OS OUTROS

É... o corpo feminino está cercado de tabus... Parece que há um retrocesso na tal da revolução sexual. Uma coisa que transita entre o moralismo e o pornográfico...E nos países latinos é um vê se te avias. A mulher "tem de bater pala" às depilações, aos cabelos pintados porque envelhecer é um "Ai jesus!". O Brasil, por ser um país jovem ( não um território jovem; é um território habitado ancestralmente, porque antes de 1500 já viviam muitas civilizações por aqui. Ou não é?) tem uma obsessão com o corpo e o medo de envelhecer. Eh pá! Até dá preguiça a pessoa tentar apaziguar essa noia alheia, fruto da sociedade do fast food, da imagem, da aparência! Eh pá, deixem-me da mão!  Chiça penico chapéu de coco! ihihih
Como é que o amor é possível?
Como é que não é possível?
que mais importa:
a história de um amor?
ou um amor na História?
na estória?

30/3/71

Barreno, Maria Isabel, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa "Novas cartas portuguesas", Circulo do Livro, Sp/ Lisboa 1974.

" Há realmente preconceito masculino com mulheres independentes, financeiramente, sexualmente e afetivamente?" Na verdade nunca tinha pensado nisso... Mas se a pergunta é feita é porque de algum modo poderá haver. De facto, a solidão não é muito bem vista, assim como a liberdade e a autonomia podem criar desconfiança. Mas ainda acrescento na pergunta: há realmente preconceito masculino e de outras mulheres cujo objetivo é casarem-se para não ficarem sós. Mesmo que não se casem, preferem dar umas voltinhas com o suposto garanhão que chamam de machista mas vão lá, porque mais vale um garanhão à mão que passarem uma noite na "solidão", a sós consigo mesmas encontrado no fluxo da respiração o que faz e não faz sentido para as suas vidas.

Por vezes tenha a sensação que há homens que querem romper com o machismo secular, mas há mulheres que continuam a comparar o seu empenho como "fêmeas", pois morrem de medo não se sentirem desejadas, mesmo que seja por um garanhão em que elas próprias colocam-se nesse lugar de relações abusivas, de abuso de confiança. Por outro lado, quantas mulheres independentes financeiramente já foram parasitadas, bancaram a vida de garanhões? Talvez seja esse o preconceito. Tipo do estilo:" Ai é? És independente? Então vou viver às tuas custas!" Quantas de nós já passou por essa experiência? Moral da história: mais vale só que mal acompanhada ou prefiro comer um naco de pão do que engolir ossos duros de roer.


Sem comentários:

Enviar um comentário