terça-feira, 18 de março de 2014

VERDADE INTIMA

É por uma verdade intima que te amo,
Estranho.
Porque não há como desobedecer ao amor ...
Portanto eu te amo na penumbra, soterrando o sentimento com explicações diversas.
E a cada dia que me calo, disfarço e me desfaço...
Do que há pulsando vivo aqui.
Mas confranjo o meu coração porque estreito o peito.

É de uma verdade crua esse meu amor,
Estranho.
E escondo tua existência atrás dos pensamentos
Que pra te ter perto
Me atiram longe.
Congelo em silêncio tua imagem
Mas minimizo rápido o teu sorriso-tela
Como quem mancha os dedos
Na tinta fresca do desejo
E, por medo de uma possível rejeição
Desfigura toda a aquarela.

Marla de Queiroz

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