hoje, mesmo agora, agorinha mesmo descobri que por estas bandas não se usa a palavra politicamente correta para cego: invisual. Resultado: levei com três pontos de interrogação. ??? Tomaaaaa! E eu a querer usar o meu linguajar prosaico.
Pois, pois, ora, pois, pois, as palavras têm um peso uma consistência, um odor consoante o modo como as usamos. Hoje escutei a palavra: gostossissima. Imaginei que ao chamar a alguém de gostossissima a a palavra contida de peso, textura e forma se dissipe no ar de tão superlativa que é. De olhos arregalados e mãos estendidas com pequenos tremelicares nas pontas dos dedos a boca profere: gostossiiiiiiissimaaaaa. E palavra dissipa-se no ar assim como o corpo alma alvo de tal adjectivo, quem sabe elogioso.
Meu querido diário, hoje voltei a escrever com C: facto, contracto, tacto e acto, como sempre escrevi sem acordos ortográficos, nem diplomáticos. Hoje escrevi com aquela minha essência mutável. Olhei para esta imagem com duas escadas em forma de C. Olhei e observei com a minha visão umas vezes quase invisível outras subindo a descidas das escadas para fugir da cegueira a que posso estar consignada se a atenção se dissipar no aaaaaaaar.
piripipiu
Br, 21.3.2014
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