"Quando Siddartha deixou o palácio do pai e foi à procura da última verdade. passou seis anos estudando filosofia e vivendo uma vida ascética numa gruta perdida nas montanhas. Mas nenhuma iluminação surgiu. Conforme passava o tempo, Siddartha começou a se despertar e ficar confuso sobre o que deveria fazer. Um dia ele ergueu os seus olhos e viu a estrela d'alva, cujos os raios penetram no interior do seu ser, e ele, então, encontrou esclarecimento. Ele deixou a gruta e começou a viajar pelo mundo para tornar sua experiência conhecida, e outros pudessem dividir a liberdade que ele agora gozava.
Você pode ter olhado para as estrelas milhares de vezes. Mas, subitamente, você vê uma estrela de uma nova maneira, que conduz a esse tipo de entendimento que é uma experiência total. Esta é a ação de ver: reagindo a esta ação, você se descobre e o outro é revelado a você."
(Eugenio Barba em conversação com atires do ISTA de Bonn, 1980)
in Barba e Savarese "A arte secreta do ator, dicionário de Antropologia Teatral", Editora UNICAMP, São Paulo. Campinas, 1995
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