Posso fazer aqui já uma citação só para dar um ar mais que mais áquilo que vou dizer. Pego naquele livro que trouxe lá da biblioteca que primeiramente eu tinha fotocopiado há uns bons anos atrás, só que em versão inglesa e ZÁÁÁÁSSS faço já qui um brilharete do cum escamartilhão. Cito o admirável Eugenio Barba e do seu livro faço um cavalo de batalha: "A Arte secreta do ator, dicionário de Antropologia Teatral". Quingas! E se ainda disser que já tive o prazer de participar em dois seminários do Odin Teatret e do ISTA (International School Theatre Anthropology) faço duplo brilharete.
Pois é, mas como todos nós, aqueles que escolhemos fazer do teatro um estilo de vida, um modo de olhar, ler, interpretar, atuar no mundo sabemos que essa escolha não é um brilharete. Cá no meu entender tudo o que vai fundo não é brilharete. E todos nós, fazedores de teatro, bem sabemos que queremos muito. Se não quiséssemos não escolheríamos. Investimos. Investimos muito na nossa formação para informação daqueles que pensam que é só preciso jeito. Talento. 1% de talento para 99% de trabalho. Muitas vezes passamos dificuldades. Muitas vezes. E agora vou ser arrogante: por vezes parece que estamos a dar pérolas a porcos, que parece que é um favor nós existirmos... Mas depois, quando as salas se enchem, quando a rua é o nosso palco, quando os corredores de hospitais, presídios, campos de refugiados alteram a sua rotina para esse momento de transformação, para esse momento extra cotidiano sabemos tão bem o quanto as almas se enchem. As nossas e do querido e respeitável público.
Porque hoje é dia internacional do teatro, porque os 365 e até mesmo os 366 dias do ano respiramos esta arte. Sonhamos com ela. E mesmo quando o caminho não é claro continuamos lá. Caminhando. Mergulhando. Dilatando.
Viva quem faz da sua vida uma obra de arte! A vida sem arte carece de vida.
(Isto cá no meu entender. Claro!)
pipiripipiu
Brasil, 27.3.2014
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