quinta-feira, 12 de novembro de 2015

UMA ENTRE VÁRIAS RESPOSTAS (série: E cadê os intelectuais? Rindo dos burros nas cantinas universitárias?)

Atelier Composition, 1933 — Man Ray

Agora vamos ao cerne da questão. Antes de tudo adianto que este texto não tem qualquer cunho partidário e ideológico. Sim, é muito importante esta salvaguarda nos dias que correm para não haver equívoco acerca de  sentido de cidadania, de bom som e consciência social.
Ora vejamos, pergunto eu, em tom entre o curioso e o intrigado: uma universidade pública que, sendo pública, é sustentada com dinheiros públicos não tem dever nenhum para com a sociedade? Não há um engajamento? Uma retribuição?

Logo se levantarão uns, perdão!... Não se levantarão e sim do seu refastelado lugar afirmarão: Nós produzimos conhecimento cientifico e não politica! Não somos enm ONGs nem outras entidade competentes com as politicas públicas!
Outros responderão ainda que estão muito ocupados com o Aristóteles, o Kant e no seu doutorado, na sua pós, artigos e congressos.

Agora pergunto, novamente curiosa e intrigada: Para que serve tanto conhecimento financiado com o dinheiro do contribuinte se este continua nas trevas da caverna de Platão? Muitas vezes vivendo em condições insalubres enquanto há salários da boca ficar aberta com uma forte câimbra!

Nesse caso, vou passear o meu cachorrito Pluto pelo bairro e perguntar-lhe olhos nos olhos: " O que é que pensas da vida, pá?! O que pensas disto tudo e da ração que te dou com um um T de trangénico? Sê sincero! Sê sincero! Sou do bem! Não sou do mal, meu cachorrito Pluto!"


Ana Piu
Barão Geraldo, Campinas, Brasil 12.11.2015
pergunta:
" Episódios semelhantes à “moção de repúdio” à Simone de Beauvoir ocorriam esporadicamente em rincões afastados, e logo eram ridicularizados. Hoje, acontecem na Câmara de Vereadores de uma das maiores e mais ricas cidades do estado de São Paulo, no sudeste do Brasil, uma cidade que abriga várias universidades, entre elas a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), uma das mais respeitadas do país. E cadê os intelectuais? Rindo dos burros nas cantinas universitárias? Será? Não era de se esperar mais iniciativas de busca do diálogo, de criação de oportunidades para explicar quem é Simone de Beauvoir e refletir sobre sua obra, ou mesmo a ocupação da Câmara, para produzir reação e movimento que permitisse o conhecimento e combatesse a ignorância? '
Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista.

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