terça-feira, 10 de novembro de 2015

ANA, COM UM N, PODENDO SE LER DA ESQUERDA PARA A DIREITA COMO VICE VERSA

Nada melhor que ser estrangeiro e ao mesmo tempo morador a curto, médio, longo prazo. Os estrangeiros trazem lufadas de ar, trazem consigo outros ares.
Nada melhor que fazer da vida uma aventura, já que esta por vezes parece um capricho devido aos desafios da subsistência.
Nada melhor que etnografar os que etnografam que se consideram os iluminados mas muitas vezes não enxergam quem ao seu lado está e trazem um olhar de desdém com os que são diferentes, pois "eu não sou eu nem sou o outro. Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio. Que vai de mim para o Outro."#
Nada melhor, mesmo que algumas vezes pouco confortável, em passar por vulnerável. E sê-lo em algumas situações. De passar por lerdinha e bigoduda sem sex appeal devido à nacionalidade que trago num cartão e outro padrão de comportamento.
Nada melhor que distinguir entre sedução e antropofagia, entre erotismo e pornografia, entre amor e ego, entre liberdade e apego.
Nada melhor que estranhar aquelas e aqueles que supostamente defendem amor livre, mas que não passa (passo a expressão e coloco uma bolinha como nos filmes para maiores de 18) "putaria" °.
Nada melhor que questionar.
Nada melhor que ser em vez de parecer.
Ana Piu
Brasil, 10.11.2015
# Mário de Sá Carneiro

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