quarta-feira, 29 de julho de 2015

MMPP (Movimento das Mulheres Palhaças Portuguesas sem fronteiras)


- Agora outra pergunta... Como é que vamos de amores?
- (silêncio introspectivo com base numa semi meditação dilatada ao público com vista a encarar uma essencialidade do ser e do estar num fluxo continuo de auto observação de si e do meio circundante)
- Concorda que a mulher portuguesa ou é casca grossa ou é mosquinha morta no que toca aos assuntos de amor e outras variantes?
- Olhe...Depende dos pontos de vista... Até posso concordar, sim! Visto que estamos mais que exauridas que nos venham comer as papas em cima da cabeça. De vez em quando temos de dar aquele ar de "comigo não fazem farinha"! Mas debaixo dessa casca grossa existe um mundo mais pleno. Veja como a leveza e amor de vez em quando tem de se proteger e preservar para @s mais emancipad@s! Quanto a sermos mosquinhas mortas... Sabe o que é?... É que, secularmente falando, a água benta que temos levado nas ventas mais as fogueiras que tem queimado os nossos impulsos, instintos e criatividade leva-nos a ter um pouco as asas amolecidas. Mais @s mais emancipados rir-se-ão de tudo isso juntamente connosco. Sim, porque rir de nós mesm@s junt@s é libertador. Afugenta medos, preconceitos e falsos amores.
- O que é um falso amor?
- É um amor que não é. Que pensa que é mas não é. Que é mas não é. Que quase poderia ser mas não é porque reproduz a futilidade da aparência e da competição, fruto duma lógica mercantil. Quando nos relacionamos como se fossemos troféus uns dos outros.
- Você marxista?
- Curto mais o Tolstoy e a Rose Wilder Lane.
- Ahhhhhh Interessante! É sempre interessante citar nomes!
- Claro! Marx morreu. Cristo também e eu faço tudo para me sentir bem.
- Uma aparente casca grossa que de vez em quando faz de conta ser mosquinha morta?
-Isso! Uma arara que grita e canta para ganhar forças, pois acredita, nestes tempos em que praticamente está tudo descredibilizado a ocidente, que podemos voar junt@s!
Ana Piu
Br, 29.07.2015


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