terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

VIVA TODO O MUNDO!


A Vieira da Silva foi uma pintora portuguesa naturalizada francesa em 1956. Plena ditadura fascista em Portugal. Aluna do pintor Léger, foi uma entre muitos artistas estrangeiros que fizeram o Paris artístico do século XX.
França já acolheu muitos refugiados e exilados. Ça va, Charlie? Refugiados, exilados não são desistentes. São resistentes e sobreviventes. Ça va, eruditos e humoristas do.... Oh la vache! C'est chien quando même!
Ontem soube que no Brasil alguns nomes começados por "S" pertencem às classes mais pobres, desfavorecidas. Silva. Santos.Souza. Oooops! O meu pai tem Silva no nome. Oooops! A minha mãe tinha Santos no nome. Ooooops! A minha filha nascida no Brasil é também Souza. Será que tem problema em dizer que é indígena também? Sei lá! Vai saber! Oooops. Ooooops! Ainda estamos nesta cafoniçe? Nesta pirosada em bom português de bairro? Cafooooonaaaa! Breeegaaaa! ESTAMOS EM PLENO SÉCULO XXI, PESSOAL!
Gil Vicente! Help me
Gil Vicente heeeeelp meeeee! Help me!
A Vieira da Silva além de ser mulher numa época tensa e em vias de emancipação, era filha de embaixador, se é que isso tem alguma influência. Talvez tenha, mas não se encerra no status córócócó. José Boaventura Sousa Santos é um sociólogo à maneira. Não? Desconstrói os elitismos acadêmicos. Os pseudo eruditos que não vislumbram para além do seu umbigo. O João dos Santos era um psicanalista que marcou tanto presença com o seu trabalho em França como em Portugal.
Cresci num país supostamente democratizado onde darmos valor uns aos outro é coisa que não se pratica realmente. Pois.... Ufffffff Em adolescente eu sonhei ser pintora. A minha professora de artes da escola disse: "Se quiseres continuar com pintura e desenho eu reprovo-te."
Em suma, venho de um país de castradores e de frustrados. Ahahahahhah Só para rir! Vem cá a ver se eu deixo!
Também passei pela Academia de Belas Artes em Lisboa. A mesma que a Vieira da Silva passou, mas em épocas e com professores diferentes. Ai os que acham que acham que sabem tudo... Mas o teatro dá aquela aconchegada com o público. smile emoticon
Somos nós que temos de reescrever, reinterpretar , recriar a nossa própria História. Recriar a nossa vida sem ais nem uis.
Brasil, 31.01.2015

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