sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

DESENHANDO E ESCULPINDO (série: CHEGA DE VIOLÊNCIA! homenagem a todas as Marias Zamoras do mundo e já agora Mários Zamoros

Cristina Córdova


De longe, de perto esboçamos, desenhamos, colorimos. Damos forma. Idealizamos. Damos vida ao nosso sentimento mais profundo e maior.  O Amor.

Ninguém deseja um barba azul para a sua vida. Ninguém. Só que eles existem. E quem nunca conheceu um que atire a primeira pedra em bruto ou esculpida! Somos chamadas e chamados de ingénuas e ingénuos quando junto de nós se abeira um Dom Juan ou uma Dona Juana. E nós, por motivos e idealizações várias, enredamo-nos nas barbas azuis de um ser qualquer sinistro. Além de encantadores num primeiro momento não acreditamos que estes possam existir e agir de forma tão nefasta.

Porém, não nos podemos silenciar mais. Nenhuma vitima é merecedora dessa condição! Nenhuma, sem exceção! E se nos aproximarmos realmente, percebemos que esses Dom Juans e Donas Juanas repetem sempre o mesmo padrão de comportamento com outras possíveis e potenciais vitimas.  Logo, olho vivo e pé ligeiro! Mais vale prevenir que remediar! Mas nem sempre é evidente! Por isso temos de estar sempre muito atentos e atentas uns aos outros. Não nos negligenciarmos porque a vida e os seus compromissos não nos permitem afinar a sensibilidade.
Esses Dom Juans e Donas Juanas precisam de serem estancados nos seus impulsos. E quem sabe dum acompanhamento profissional, onde a pessoa se encontre. Um acompanhamento que não o encharque em medicamentos, mas que seja terapeutico o suficiente para voltar ao seu centro, ao seu equilíbrio. Porque ninguém tem o direito de tirar o equilibrio ao outro e todos temos o dever de levar a vida na ponta dos dedos.


Ana Piu
Brasil, 27.02.2015

in memoriam a Maria Zamora



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