Umas vezes Piu
Quero ser micro
E também macro
Na night
Sou light
Uma rural
Fenomenal
Busco a essençia
Na ciência
E no natural
Sem cair demasiado no essencial
Sou moderna
Vivo numa caverna
Sou crua
Banho-me toda nua
Se me bradam com pudor:
“Ai que horror! Ai que horror!”
Olho com desdém
Não devo nada a ninguém
Falaram-me do caminho da luz
Ai Jesus! Jesus!
E
se a minha comarca
For ser anarca?
Que loucura!
Que utopia!
Não lembra nem a uma cotovia!
Gosto muito de animais
Cães, gatos
E outros que tais
Os seus direitos são fundamentais
Mas por vezes (!?) há crianças
que são mortas comos pardais
Vivem como ratos no esgotos
E essas nem sempre nos caem no
goto
Pequenos criminosos
Que constragem a vista
Limpemos, então, a pista
Tem piada tanto fundamentalismo
Quando se esquece o humanismo
Assim como assim dá-nos segurança
um dogmatismo
Que vem lá dum tal de catolicismo
Proferido do sofá
Enquanto se sorve um rajá *
Defendemos sim os animais
Mas já não sei se nós somos
racionais
Ou irracionais
*marca de sorvete nos anos 70 em
Portugal
A piU
Br,12 de Nov. 2012
Imagem:”Flying Princess” de Ricardo
Nunes
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