E a moradora de rua com um bebé nos braços e uma menina de quatros disse, bem na frente do banco; "Vocês excitam-se com as mudanças de governo. É chique sair a rua pelos direitos dos trabalhadores e de todos e todes. Ser da oposição é mais que demais demais.Entre um lugar comum e uma vulgaridade e banalização. Chego a acreditar que essa verdade rapidamente passa a ser um carnaval onde só os machos são promíscuos e punem as fêmeas de serem aquilo que elas apenas são- MULHERES-em que algumas alienadas aderem ao síndrome oficial da gostosice global e vão em histórias nada a ver, da menininha boazinha independente mas só um pouco, da mulher livre dentro dos padrões de não virar a mesa porque isso não é iluminado, tampouco sociável e aceitável,e quem não é iluminado é desprezível e quem grita e tem fome é um coitado que ' desculpe não posso dar.... Não tenho aqui!' Porque dar e doar transporta-me ao medo, porque não posso..., convenço-me.. Mas quando é para partilhar a panela não chega, pois só há espaço para os melhores ou para alguns os politicamente interessantes, com status, pseudo status e bajuladores. Porém, minha bela esquerda gourmet abaronada, quando vocês nasceram muitos outros já tinham nascido, morrido, renascido, ido e vindo e voltando ao lugar onde vocês ainda queriam chegar, uns nem voltaram. Torturados e mortos defenderam direitos de justiça, liberdade e igualdade que para que hoje se reduz-se a uma selfie e um estado de rede social. Outros ainda, muitos conscientes, rezam, oram, conectam-se em silencio com o O TODO, mas a merda do egocentrismo meritocratico galerico panelistico de salão de arte de há dois séculos ainda está impregnado. Grata pelo seu sorriso paternalista de' não tenho nada a ver com isso e boa sorte!' ou nariz em pé por achar que é merecedor dum campeonato desleal, algum olhar vai-se cruzar com o meu.' Falou a mulher com um bebé na mão e uma menina de quatro anos numa rua qualquer da sua cidade.
TOCA RAÚ!!!!!!
A Piu
Campinas SP 10022021
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